quarta-feira, agosto 15, 2007

UMA HISTÓRIA DE AMOR ou DE (S) ENCONTROS - 9

Ela, sempre em Lisboa,
entre casa e escritório

Em Lisboa, tudo se passava aparentemente mais lenta e subtilmente. Menos operação e acções de campanha.

Ela já insinuara aos decididores, ou aos que tal se julgavam, a proposta da reunião e da viagem que lhe convinha para o "tricot", ou para a teia que urdia.

Ficou à espera que "os chefes" lhe viessem pedir que fizesse o que ela teria de fazer para que o seu plano se realizasse.


Em trânsito (ele),
e os dois em Lisboa

Na viagem de regresso, depois na estadia em Lisboa, em casa, nos encontros e nas reuniões, em todos os momentos, com notas, horários e gráficos, em pedaços de papel logo depois destruídos, ele avançava com o plano estratégico.

Com escondido gozo, lá a ia avisando – "que chatice, mais uma..." – de coisas que congeminara no imaginativo labor conspirativo:
· do convite para colóquio na associação de emigrantes;
· que seria precisamente no fim-de-semana que se seguia ao que deveria ser o "dia deles", o do 20° aniversário;
· pelo que teriam de adiar a ideia do fim-de-semana que viria compensar a falta do jantar;
· no entanto, na semana fatídica não iria no voo de 2ª – "pobre compensação...", acrescentava com ar pesaroso;
· partiria no voo de 4ª, para, pelo menos, poderem acordar ao lado um do outro no dia em que deveriam jantar juntos “se não fosse o azar que se costuma dizer ser dos Távoras…”.

2 comentários:

Maria disse...

Tinha tanta piada se ele viajasse para Lisboa e ela para Bruxelas....
... Cruzar-se-iam no ar, a 10 mil metros de altitude...

Agoro mesmo estou a sorrir só com a idéia...

Anónimo disse...

Morno, morno, morno...
Mas isto é interactivo ou não é?