domingo, agosto 19, 2007

UMA HISTÓRIA DE AMOR ou DE (S) ENCONTROS - 12

Entrementes, em Lisboa
ela continuava no seu tecer…

Ela regalava-se com o sucesso da sua “teia”.

Os “chefes” já estavam à espera da sua resposta para a proposta (deles!) de ir à reunião de Roterdão, por causa de uma encomenda relacionada com aquele porto monstruoso.

E tinham acertado, entre chefias, que o que convinha mesmo - como vieram a propor-lhe sem saberem como tinham sido bem manipuladas… - era precisamente na quinta‑feira daquela semana que estava no centro das suas manobras e contra‑manobras.

Que gozo!

Ele,
nos meandros da sua “conspiração”

Ele, pelo seu lado, já avisara o Partido das decisões que tomara quanto a viagens. E pediu ao gabinete de Lisboa que lhe marcasse para aquela semana algumas entrevistas e reuniões que estavam pendentes, porque não valia a pena ir a Bruxelas uma vez que não haver razão de trabalho que justificasse a deslocação.

Teve alguma dificuldade em convencer os camaradas, por causa da “massa” das diferenças relativas às indemnizações de viagem que os deputados daquele partido entregavam como regra militante, mas o interesse das entrevistas e reuniões – e a sua convincente argumentação – prevaleceu.

4 comentários:

Maria disse...

Leio-te a ouvir um "chorinho". Ou seja, "uma delícia".

Ela tece, ele trama (é assim que se chama, mesmo, no "knitting" (falta-me a palavra em português, perdoa).

Um àparte: era mesmo bom que as pessoas todas soubessem como funcionamos, o que é a AECOD, como funcionam os parlamentares etc.....
.... para não porem tudo no mesmo saco.
Sabes que quando eu digo como funcionamos, me olham com um olhar de interrogação?

Estou "quase" a ver o fim....

Um abraço

Anónimo disse...

E todas as oportunidades devem servir para o dizermos. Não somos melhores nem piores... temos de ser diferentes!
Gosto da "trama".

Quanto ao "fim"... do folhetim não há só um. Mas isso é outra história!

Maria disse...

Ocorreu-me agora: "fazer malha".

GR disse...

Importante também dizer que os deputados comunistas são os que mais fazem propostas, estudam os dossiers, estão no terreno a adquirir conhecimento para que as suas reivindicações tenham mais consistência quando são discutidas, por fim o dinheiro vai para a AECODE (Associação dos Eleitos Comunistas e Outros Democratas).
Gosta de ver os “outros” deputados a fazerem o mesmo!!! Os lugares bem ficavam vagos!

Mas “ele” não desiste, é um lutador persistente!

GR