quinta-feira, agosto 23, 2007

UMA HISTÓRIA DE AMOR ou DE (S) ENCONTROS - 17

A falsa partida
ou a partida em falso

Ele sorriu… mas só quando chegou ao elevador…

E sorriu à ideia de como ela iria ficar furiosa quando ele não atendesse o telefone em Bruxelas.

Para mais, já não seria a tempo para, furiosa, poder ir a uma sessão de cinema da tarde!

Ele “sabia”, ainda, que a única "vingança" que ela tentaria seria a de procurar alguns amigos livres para irem jantar. Também já demasiado tarde.

De qualquer modo, mesmo que encontrasse alguém disponível para esse jantar, isso obrigá-la-ia – ele conhecia-a… – a ir a casa mudar de roupa. E, quando entrasse em casa, teria a surpresa de o encontrar, refastelado no sofá. Para irem, os dois!, ao habitual jantar de comemoração...

Assim começou, ele, um dia normal de trabalho em Lisboa, como os tinha por vezes, com almoço pelo meio, um dia daqueles sem nada que mereça ser contado.

No entanto, para o contar desta história, vale a pena acrescentar que ele fez dois telefonemas:
· um, para ela, a uma certa hora, e com o cuidado de lhe dizer que tinha chegado bem, como se tivesse mesmo chegado a Bruxelas e ao Parlamento.
· outro, para o restaurante do costume, reservando mesa.
Tudo ao cronómetro!

4 comentários:

Maria disse...

Até agora está perfeito. Sorte a dele, pois os telefones de há 20 anos não mostravam os números que chamavam, senão ela teria percebido que o número era local.
Mas como vai ele saber que tem que ir ao aeroporto impedir que ela embarque, se ela está calmamente em casa a fazer a mala (digo eu) e ele calmamente nas reuniões por aí?
Talvez ele lhe mande flores... (de Bruxelas....)
Mas se já está a almoçar, vôo será por volta das 14.00 ou 14.30...

Não escrevo mais, até tinha pensado apagar o comentário, pois estou eu a fazer o desfecho da estória....
Esta minha mania de pensar prático...

Fico à espera.
Abreijos

Anónimo disse...

Seria tão fácil, maria!
E a vida é fácil? Poderá a ficção sê-lo?
Apesar da inter-acção (e de algumas ajudas que já me deste) não me parece que o narrador vá alterar o fio da meada, tão enrolada já ela está.
Quanto aos telefones, esta história, numa das suas fases (já são tantas e tantas as versões...) jé teve um sub-título: no tempo em que os telemóveis não falavam...
Aproxima-se o fim... da I parte!
Pois então... abreijos como dizia o outro.

gotico disse...

Maria.... realmente é necessário muito cuidado com as surpresas.
Mas acho que valeu apena.
Esa bloggo-novela esta a ficar cada dia mais cativante.

GR disse...

Muito bem visto Maria, os telefones não mostravam os números!
Bem faço eu! Não faço surpresas, nem gosto delas!
Tanto trabalho, tanta ansiedade e vão desencontrar-se?
Se virmos numa outra perspectiva, “ela” e “ele” estão perante uma demonstração de amor! Nada é impossível, não há barreiras para poderem estar juntos!

GR