quinta-feira, novembro 01, 2007

Dia do bolinho, sempre!

A GR, no seu comentário ao post abaixo, levou-me a ir ver o que, sobre este dia especial, coloquei neste blog.
Está lá uma fotografia e um pequeno texto, e quase me comovi ao ver, na foto, caras que ainda agora por aqui passaram em grupo a gritar ó tia! dá bolinho?! com menos dois anos, e menos não sei quantos centimetros e quilos.
Depois, fui aos comentários de então e não resisto a reproduzir este (com tratamento gráfico de minha autoria):

Pedro Gonçalves disse...
As bruxas ficam nos livros e de lá não as tiro.
Às abóboras junto broa e carne grelhada.
O resto... enfio no bolso e saio a assobiar com o saco ao ombro
e o passo apressado.
O bolinho não espera.
2/11/05 12:45
.
G'anda Pedro! Obrigado

11 comentários:

GR disse...

Um comentário muito bonito.
Nostalgico mas, cheio de poesia!

GR

Fernando Samuel disse...

Cá pelos meus lados, a conversa é outra. Mas também faz recordar (bons?) velhos tempos.
Ainda agora tocou a minha campaínha, fui abrir e vi e ouvi um garoto douzaninho, dizer-me com voz de há não sei quantas décadas: «Pão por Deus»

Justine disse...

Exactamente, para os meus lados era também assim que se dizia.As crianças juntavam-se, e excitadas avisavam os pais e familiares "vamos pedir o pão por deus", e com essa cantilena corriam toda a aldeia.

Anónimo disse...

Na minha terra nunca houve a tradição do bolinho, neste dia, ia-se ao cemitério vestido de negro.
Hj, acho qua alguém bateu á minha porta cedo, não sei a que a horas, mas a minha cadelinha que comigo estava deu sinal....mas juro, depois deste mês e meio terrível de escola, eu só quero dormir, desaparecer, fugir, suicidar-me, assim fugir a este calvário de vida (que a drª Milu me " oferece" ao fim de 30 anos de carreira). Peço desculpa pela amargura mas sinto 1 enorme frustração,ãndo exausta, acho que cada vez sou pior professora....estou no limite....
Um beijo para a Drº M. José, Dr. Sérgio e para o nosso querido Mounty.

zemanel disse...

aqui em Torres Novas, não vi ninguém a pedir os bolinhos.
Ora abóboras!

Anónimo disse...

Ora vivam todos. Os das terras do "pão por deus", os daqui, da terra do "ó tia! dá bolunho?", os das terras que terão outras tradições e não esta.
Mas permitam-me uma saudação especial para a "maria", a quem fui encarregado de dizer - em nome dos três por ela saudados - que temos sentido a sua falta. Apareça que isto de ministras e quejandas "bruxas" (parece que hoje também é o dia delas...) só se aguenta com todos a apoiarmo-nos e com muita solidariedade.
Abraços

João Filipe Rodrigues disse...

Ainda me recordo de, com os meus amigos de infância, bater às portas dos vizinhos e pedir "Pão Por Deus".
Aqui na capital, penso que já morreu essa tradição, a minha campainha nem tocou.
Se aqui não tivesse vindo nem me lembrava que há décadas atrás andava a repetir a mesma frase "Pão Por Deus".

Rosa dos Ventos disse...

À abóbora além da broa junto feijão branco, rego com azeite e acompanho com bacalhau assado ou simplesmente azeitonas!
Uma delícia!
Afinal não dei bolinho a ninguém mas recebi-o...
Da minha irmã que é a melhor irmã do mundo!

GR disse...

Maria,
A minha irmã é também prof.. Anda diferente! raiva e amargura, tristeza e exaustão.
O desalento invadiu a alegria e o orgulho da profissão que sempre abraçou.
Disse-lhe que não pode ficar assim abatida, a bruxa desumana da Lulu, não pode levar avante o que preconizou, a destruição dos docentes!
Claro que a minha irmã, já não ouve, nem quer saber de ninguém! Está tão diferente!
Maria,
Deite cá fora a sua raiva e grite bem alto, diga mal de tudo! Mas é não se deixe abater!
Pelo que temos lido, é uma mulher lutadora! Está a passar por uma crise, do sofrimento provocado pelo regime de direita deste (des)governo.
Todos juntos, iremos ver aquela monstra na rua, assistiremos à queda do regime socratiano!
Na luta da democracia precisamos muito de todos, sobretudo de Mulheres como a Maria!
Um forte bj, solidário.

GR

Anónimo disse...

A Filipa está aqui ao meu lado e cheia de saudades de não ter andado pelas ruas da Ordem a pedir o pão por deus. Outo bolinho. Ela e a miudagem do lugar.
Parece que afinal há mais gente a correr as campainhas atás de merendeiras. E que boas que elas são.
Há um ano também o Zé andou por lá atrás do pão por deus. (bem, apenas pela rua da avó, que ele ainda é pequenino)

Ricardo

Sérgio Ribeiro disse...

Ó meus caros (todos!)
O dia do bolinho chegou ao fim. Foi, mais uma vez, giro, muito giro.
E por aqui, pela aldeia, pese a instalada influência religiosa, não se fala em "pão por deus" mas é... "o bolinho". E pronto!
E fiquei muito contente por ter contribuido para que, no hóquei, no escalão de "benjamins", no final tivesse havido bolinho para todos, os que jogaram por Ourém e os que jogaram por Tomar. Com as famílias a acompanhar. Foi... outra coisa.
E, já agora, completo o comentário com o comentário que a d. Justine fez no post anterior, até porque sinto que, nesta tradição, há muito pai que se revê nos filhos, e neles rejuvenesce, e faz força para que a tradição não se perca.
Mas isto são os meus olhos...