segunda-feira, maio 19, 2008

19 de Maio de 1954 (e 19 de Dezembro de 1961)

em memória para duas homenagens
Catarina Eufémia,
assassinada a 19 de Maio de 1954 gravura de José Dias Coelho,
assassinado a 19 de Dezembro de 1961

20 comentários:

samuel disse...

E se não se tivesse interrompido o reinado fascista, teriam o mesmo fim os cantores e poetas que os cantavam.

Anónimo disse...

Quando se festerja o 25 de Abril, muita gente tem tendência para, esquecer estes, e outros barbaramente assassinados, só porque tiveram a coragem de ser COMUNISTAS!

Sal disse...

Excelente gravura de José Dias Coelho para um tão marcante acontecimento.
Digo-te o mesmo que já disse noutro blogue, que me custa mesmo muito saber que ainda há fascistas assassinos à solta. Para eles o 25 de Abril não devia ter sido "brando".
Ainda no outro dia quando fui vender o Avante! vi uns quantos ex-pides sentados nos bancos do rossio, em Viseu. Constatar que esta gente anda por aí revolta-me.

Viva Catarina. Viva a Liberdade.

beijinho para ti

Anónimo disse...

Outro mito. Quase lendário. Catarina Eufémia, segundo a autópsia, não estava grávida quando foi morta. E também não pertencia ao Partido Comunista Português.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_Eufémia

Anónimo disse...

Cara Sal,

Sendo que tem 33 anos e ainda consegue reconhecer tantos ex-pides à solta por Viseu, é obra! Eu diria mais que são visões. Mas é preciso continuar a acreditar.

Sérgio Ribeiro disse...

Este oportuno é, no mínimo, pusilânime. Indigna-me esta postura.
Neste post, que é o que se está a comentar, não se diz que Catarina Eufémia era militante do PCP, não se diz que ela estava grávida. O oportun(ist)o vem dizer que a autópsia não sei quê e que ela não sei quantos. E baseia-se na wikipédia. Pois quem queira aperceber-se do quilate deste "interlocutor" que leia a tal wikipédia que, não sendo a "fonte sagrada" da informação, não nega, antes pelo contrário!, confirma e com pormenores, que Catarina Eufémia foi assassinada, a frio, pela GNR, numa manifestação de trabalhadores rurais, nem que tivesse um filho ao colo quando foi assassinada. E isso é que, a meu ver, justifica a homenagem à sua memória, vítima do fascismo e da violência fascista.
Quanto ao facto da Sal ter 33 anos (bem informado, com o ficheiro em dia, o sr. senhor "oportuno"), e ter visto "tantos ex-pides" (ela escreveu "uns quantos, o que é bem diferente e mostra a deshonestidade deste "oportuno"), não ponho em dúvida as suspeitas da Sal pois ele há por aí tantos à solta... alguns ex-, hoje pelos 50 e muitos anos e acima dessa idade mas cheios de saúde, reformados e felizes da vida, e alguns talvez candidatos a sê-lo... se tivessem oportunidade.

samuel disse...

ó oportuno
esse deve ser o nickname mais mal escolhido do ano :)))
Quanto a Catarina e outros que se sacrificaram durante o tempo da ditadura, sabiam que estavam a lutar pela liberdade de todos, mesmo dos que mais tarde os haviam de desrespeitar, como você.
Mesmo assim, lutaram.

Justine disse...

E se nós déssemos atenção apenas às coisas importantes, como é esta homenagem, ilustrada com a força da gravura do JDC?

Os oportunismos não merecem a perda do nosso tempo.

GR disse...

Esta gravura de José Dias Coelho, também ele covardemente assassinado pela PIDE, é lindíssima.

GR

GR disse...

A semana passada assisti a um debate sobre a efeméride de Humberto Delgado.
Um dos participantes (bem escolhido para estar na mesa) branqueava o seu passado (conhecido por muitos de nós). Dizia ele que tinha lutado contra o fascismo, o facto de ter sido da Legião Portuguesa, era só para ganhar algum dinheiro. Continuava; também tive a sorte de ter como patrão um PIDE “por sinal muito boa pessoa” também só o era para ganhar mais algum”. Os ex-PIDES, neste momento já não têm vergonha. Os Arquivos da Torre do Tombo estão prestes a serem abertos.
Muitos vão ver como temos razão, ao chamar ex- PIDES a esta corja.

Para a Sal sempre integra, lutadora e corajosa, um Cravo de Abril.

Para ti Sérgio um bj

GR

Sal disse...

Caro oportunista, perdão, oportuno:
Não perca tempo. Venha a Viseu que eu mostro-lhos. A não ser é claro, que seja um deles, habituado a estar por lá pelos bancos em frente à Camara Municipal.. São conhecidos de todos os meus camaradas, que não têm 33 anos como eu, mas 50 e tais e quase iam morrendo quando lhes incendiaram a sede do partido.. Por isso lhes conhecem tão bem as caras...
A verdade é chata, não é? Mas toma-a lá, que é de graça.

Beijinho para ti, Sérgio.

Anónimo disse...

Virus:

Vocês pararam mesmo no tempo.
A seita do partido dos censuras (não fazem mais nada que censurar) leem os mesmos livros à 40 anos, dizem o mesmo à 40 anos, etc, etc..
Abra os olhos e olhe para a frente.
Deixem-se de saudosismos e de censuras e mostrem soluções, caminhos e alternativas ou não passaram de meia-duzia de funcionários publicos a debitar bitaites.
Em vez de censurar, criticar e mal-dizer aprenda a construir. Já basta a sua miseravel participação na assembleia municipal (sempre no papel do coitadinho subsidio-dependente). Já basta ter deixado morrer um espaço cultural em Ourem. Já basta ter assinado a sentença de morte de uma associação desportiva local relevante só por mera arrogância e um orgulhoso exarcebado.
Ó homem olhe para a frente e deixe-se de mesquenhices.
Chiça.....

Manuel Veiga disse...

pois é! haja alguém que lembre... em circuito fechado!

abraço

Anónimo disse...

Ó anónimo, há a sem agá e com acento grave? Há, ai há, há, só à tua conta há uma data deles que deviam ter agá e ficaram à espera dele. Ah! ah! ah! É o que faz ter tido maus professores primários ou ter-se ficado por ser pré-primário para sempre. Só mesquenhices--- não li o resto...

Anónimo disse...

Sérgio, o Armando pediu-me para escrever isto ... "não ligues ao cobarde!"

Um abraço

Campaniça

Sérgio Ribeiro disse...

Obrigado, Campaniça, obrigado, Armando. Aos dois escrevo porque Vocês se apercebem - porque são Amigos! - que um fulano como eu não fica indiferente a baixezas destas. Que o magoam, apesar de só merecerem desprezo. Sabem que chamar miserável a uma intervenção na AM em que somos 1 no meio de 39 e temos ums postura digna, séria e que dá muito trabalho, é miserável; que atirar a pedrada da subsidio-dependência é de quem tem telhados de vidro e atira pedras às telhas "à portuguesa" dos outros; que agredir com a acusação de ter deixado morrer um espaço cultural que se manteve vivo contra tudo e contra muitos, com desmedido sacrifício, e que, incluso, esse espaço não morreu, magoa e é ignóbil;dizer que assinei a sentença de morte de um clube quando nesse clube, com os companheiros que me acompanham, se "arrumou" a casa, conseguiu prestigiar a terra, se aumentou a actividade, levou a cabo o processo de conseguir o estatuto de utilidade pública, movimenta centenas de jovens, se abriu mais duas modalidades e mais muitos escalões etários em várias modalidades, se consegue chegar a três campeonatos nacionais, o que nunca tinha acontecido, sei lá... é apenas e só maldade. E cobardia, como diz o Armando, que faz "mossa" por assim comprovar que... há gente assim. Mas essa "mossa" apenas dura uns curtísimos minutos (e um tempo de desabafo)... para que as lutas (as pequenas e as grandes) continuem.
E isto tudo a propósito (!?) de uma muito sentida memória para uma homenagem a dois assassinados, a quem tiraram a vida pela sua luta para que TODOS vivessem melhor. Incluindo esses que são do mesmo estofo dos assassinos e seus mandantes.

Anónimo disse...

Sérgio:

Essa gente não merece o tempo que perdeste a escrever a resposta. Aproveitam-se do facto de isto ser um espaço público, assinado, assumido e disponibilizado por quem, como tu, não tem medo da verdade, para venenosamente te atacarem com o nível invertebrado que os caracteriza.
Mas compreendo a razão por que o fizeste (dar a resposta).
Estaremos cá todos para atirar com a verdade aos focinhos desses gajos (desculpa os termos).
Um abraço

Fernando Samuel disse...

Cheguei tarde (afazeres profissionais...)
Excelente homenagem a Catarina: a escolha, pelo Sérgio, da gravura do Zé Dias Coelho.

(de facto aquele oportuno comentarista, está cheio de razão: a Catarina nem estava grávida nem era militante do PCP: quem o disse foi o médico que fez a autópsia, em 21 de Maio de 1954... A pide confirmou apenas a primeira conclusão do médico - e, ao que parece, a conclusão do médico tinha sido tirada, antes, pela pide... faço-me entender?)

Anónimo disse...

Caro Sérgio Ribeiro
O seu a seu dono: o desenho não é de José Dias Coelho mas da sua companheira, Margarida Tengarrinha.
Um abraço.

Maria disse...

Confesso que, pela primeira vez, li os comentários todos. Não costumo fazer antes de comentar, seja em que blogue for.
Também não vinha comentar este post, nem os outros que estou a ler e de outros dias, porque estive ausente.
Mas subiu-me uma raiva daquelas... e embora sabendo que não deixarias de responder à provocação barata e ordinária que te fizeram, não podia deixar de te dar, aqui, um enorme abraço. Por seres quem és. Como és. Muito obrigada, Sérgio!