sexta-feira, dezembro 19, 2008

A ouvir a morte desceu à rua

em Peniche - Foto de António Sérgio Galamba

12 comentários:

Anónimo disse...

O egocentrismo em todo o seu esplendor...

Maria disse...

De facto, é só para quem percebe. Ou viu. Ou viu e também ouviu...

Um abraço enorme, Sérgio

Anónimo disse...

Aa recordações vividas dolorosamente.

Mas, há gente tão estúpida e presunçosa que julga os outros por si mesma. Não sei se me
indigno se os lamento. Como diria a minha avó "deixa-os, são tão poucachinhos de espírito".

Boas férias e cá ficamos à espera da vossa resportagem.

Abraços

Campaniça

Sérgio Ribeiro disse...

Consegui passar por aqui. Para, neste dia tao especial em que um camarada foi assassinado ha 47 anos, trazer de novo aqui um sentimento muito muito profundo. Talvez egocentrico, tao fundo no centro do meu ser...
Para o partilhar! Havera quem o compreenda, havera quem o nao compreenda... Paciencia! Mas quem isto nao compreende e aproveita para tentar agredir, podera compreender alguma coisa da vida, da morte, da luta... dessas coisas?

Ja esqueci o comentario, mas a vida roubada pelo fascismo no dia 19 de Dezembro de 1961 nunca esquecerei enquanto estiver vivo e lucido.
Obrigado, Maria, obrigado, Campanica

cristal disse...

Felizmente há sempre memórias que não se apagam porque vão cada vez mais fazendo parte da memória colectiva... graças àqueles que, como tu, vão trazendo as memórias das dores na carne viva, para a tona da comunicação que vamos tendo a cada dia, apesar de todas as mordaças, cada vez mais forte e mais viva. Boas viagens

Anónimo disse...

a ignorância, por volta das 11horas em 2008, bateu à porta de um parvo... quem leu, garante que tal propriedade específica de um ser, muito ao jeito de metamorfose cerebral, transformou o tolo em estúpido.



a morte, por volta das 20 horas em 1961, desceu à rua...quem por lá passou, garante que sentiu o desnascer de um camarada, a perenidade da resistência, a vergonha da injustiça, a luta como forma de vida.

um abraço fraterno

Anónimo disse...

Tens que proibir a entra a falsos canídeos!
Exactamente... Os canídeos verdadeiros merecem o nosso respeito!
Bela foto do Galamba, pela tua expressão adivinha-se o teu pensamento.
Obrigado por recordares, como descreves no teu livro, a morte do camarada José Dias coelho como podias ter sido tu ou outro dos muitos que o fascismo, barbaramente assassinou, ser comunista em 2008 ainda é um acto heróico.
Abraço forte camarada Sérgio.

GR disse...

Passei por aqui, porque já estou com saudades.

(Parabéns Galamba)
Nesta fotografia está retratada a angústia de uma recordação que te acompanha há, 47 anos e para sempre recordarás.
A pide roubou para sempre,
a vida de um Resistente, militante comunista, um jovem artista que pintava o futuro com as cores da esperança.
A ti,
Resistente, militante comunista, deram-te para sempre o vazio, a dor desse dia, 47 vezes sofridos e tantos outros terás que sofrer revivendo.

Quem não entende esta tua (nossa) dor, não sabe o que é ser Solidário.
Amanhã é outro dia e, o Sol raiará para todos nós!

Um bj fraterno e solidário,

GR

O Puma disse...

Os cães

não sabem

nem sonham

Deixai-os ladrar

Antonio Lains Galamba disse...

foi um belo dia. cheio de recordações e projectos. umas muito dolorosas, de momentos cruéis. de camaradas assassinados. mas que nos legaram a liberdade. mais que nunca, hoje faz sentido recordá-los.
abraço camarada. e olha que essa tristeza é força. sei que o sabes. sabemos todos!

samuel disse...

A minha "contribuição" para o momento desta fotografia foi um momento muito bom.
Tão bom, que estou tentado a ter apenas pena do anónimo das 11:08, que não viu, não sentiu, não sabe do que está a falar... mas mesmo assim fala... coitado!

Abraço

Sérgio Ribeiro disse...

Amigo Samuel,
A tua contribuicao para esta foto (logo, para este post!) foi fundamental. Imperdoavel nao a ter referido. Mas, depois desse dia, ja te ouvi outras vezes, sempre com a mesma emocao, e estas ligado a este episodio e ao poema e cancao que o conta como o Zeca.
Obrigado e um grande abraco daqui, de longe mas sempre perto.