sexta-feira, dezembro 18, 2009

Notas cariocas - 8

  • Fala do homem que foi escravo em Parati, a representar o papel de guia turístico como trabalhador independente por conta de outréns:

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Trouxeram-me de longe, de outros rios, do outro lado, pelo rio grande.
Aqui cheguei, a Parati, naquela casa fiquei. E morri.

(…)
Hoje, sou livre. Diriam…

Mas seria livre alguém enquanto no mundo

– não importa onde, e aqui –

houver quem seja escravo,

ou tenha de vender horas de vida como sua mercadoria?

Poderia?


  • De Copenhaga procuro notícias.

Reúnem-se os maiorais, a ver se ainda algo conseguem salvar… ou a fazer de conta que algo salvaram. Em O Globo, encontro notícias. Em que, naturalmente, Lula é o centro.

E sê-lo-á mesmo, multiplicando contactos. Com Sarkosi antes de chegar Obama. Com o primeiro chinês. Do encontro entre estes (dois dos BRIC) aproveito a síntese: “as responsabilidades são conjuntas, mas diferenciadas!”

3 comentários:

aferreira disse...

-Que bom, é saber que estás em sítios mais quentinhos...mas sempre sempre na luta por um Mundo cheinho de Sol brilhando para todos nós.

Um grande abraço

aferreira

samuel disse...

Melhor seria que tivessem feito uma cimeira em que participassem negociadores... em vez de negociantes.

Abraço.

Márcia disse...

OI Sérgio,
Paraty sem sombra de dúvida é linda, a parte turística (seu centro histórico e as praias). Contudo a miséria desta cidade é enorme, há ainda comunidades Quilombolas, Caiçaras e os índios.
Dizer-se livre neste modo de produção é até cômico, senão trágico, mas em Paraty a desigualdade é ainda maior.