terça-feira, outubro 19, 2010

3 notas - esta é a 3ª

2. No seu percurso histórico, o capitalismo, depois de um arranque de crescimento e dinamismo, como é próprio da vida, qual ela seja, em que se desenvolveram as forças produtivas e a classe operária, começaram as surgir problemas, houve tropeços nas contradições, tiveram de ser dados passos atrás.
Tudo passou a ser muito mais complicado quando, a cada passo atrás que o capitalismo teve de dar por suas dificuldades ou por imposição da luta de classes, fincou o pé no chão, e o passo atrás ficou assente e apenas com a “saída” de andar… para trás. Ou de marcha atrás, ou virando as costas ao futuro.
Não se está a pretender fazer História, nem nada parecido com isso!, estão apenas a passar-se apontamentos a limpo, em que se detectam sentidos de movimentos muito complexos mas com vectores identificáveis. Aliás, há que insistir que, nos avanços e recuos da História, podem os sistemas – modos de produção e formações sociais – parar, recuar, retomar caminhos mas nada se repete e o movimento da História no seu todo é, para arranjar uma imagem, helicoidal.
Dando um salto para a frente, ou para dentro do nosso tempo tão limitado e que está a ser intensamente vivido agora e aqui, este Orçamento de Estado é um passo atrás, como o foi o PEC III, e o PEC II, e o PEC I. E agora o dilema que se quer impor é este: ou o orçamento ou o caos!
A actuação dos mandantes do poder, as suas pressões, com excursões de poder financeiro fardado de banqueiros, se despudorada, tem a virtude de ser reveladora de quem manda em quem. Os mercados, essa entidade esotérica ou eso(his)térica dá ordens aos executores que estes, cheios das suas manigâncias e cont(h)abilidades a que… eleitor oblige, executam.

6 comentários:

Anónimo disse...

Pelo contrario, o Comunismo vai de vento em popa. Basta ir a Cuba e Coreia do Norte para ver no que deu.

José Rodrigues disse...

Diz o Ulrich com uma grande lata:"há um fascínio sobre os lucros dos bancos".Pudera,é sempre e engordar meia dúzia de parasitas...em nome do "interesse nacional".Já está aí um anónimo muito viajado.Quem lhe terá pago as viagens?A embaixada dos EUA que também já dá palpites sobre o orçamento?

Abraço

Sérgio Ribeiro disse...

X - se você não fosse tão... anónimo, o que é que gostaria de ser?

José Rodrigues - Realmente é preciso lata. As tuas perguntas ao X são muito pertinentes! E, já agora, qual é o oftalmologista do gajo?
Abraço

Fernando Samuel disse...

De como as coisas complexas, quando certeiramente explicadas se tornam simples...
Um abraço.

Anónimo disse...

O anonimato é um direito dos indivíduos na defesa da sua privacidade absoluta, legítimo e apenas condenável se adquire características de delação em relação a alguém. Por isso o facto de um indíviduo se apresentar como anónimo não significa que se confunda a árvore com a floresta. Há anónimos e anónimos assim como há Ségios e Sérgios.

Graciete Rietsch disse...

Para mim, de uma maneira simplista, o capitalismo nasceu quando a palavra "nosso" foi sustituída pela palavra "meu".
Depois o desejo de ter, as necessidades de trocar, a criação de mercados e o aparecimento de uma nova classe mercantil, a burguesia, foram criando atritos entre produtores e comerciantes cada vez mais ávidos de bens materiais o que conseguiam à custa do desprezo e exploração do produtor ou seja do operário. Veja-se os problemas trazidos pela máquina a vapor que devia ser um auxiliar do trabalhador e só criou desmprego e revolta. Daí que a luta de classes tivesse um papel essencial nas conquistas dos trabalhadores. O desenvolvimento helicoidal de que falas foi evoluindo até que hoje está transformado numa aberrante concentração de poderes e capitais num número mínimo de seres.
Acho que já dise muita asneira para concluir que a luta de classes é fundamental na evolução social e o seu papel só diminuirá quando se atingir o verdadeio comunismo.
Acho que falei demais, sem qualquer rigor mas foi o que me saiu como consequência da revolta imensa que estes PEC me criam.
Desculpa os meus potapés na Economia e na História,mas trata-se de uma maneira muito simplista e emotiva de analisar os problemas. Nada de científico.
Entretanto engrossemos as manifestações contra esta política comandada por mercados e VIVA A GREVE GERAL.

Um beijo.