domingo, outubro 17, 2010

Reflexões lentas - A situação e a fatalidade

Todos os momentos são históricos. Porque são a história que se faz. Mas há momentos mais históricos que outros. Este é um deles!
Os interesses estabelecidos e que predominam por forma a controlar a política, por mais aparência de democrática que esta tenha, desencadearam uma violentíssima campanha de "informação" - ideológica! - por forma a fazerem as gentes, as massas, ter uma avaliação da situação que coincida com as tomadas de posição que lhes convém. Que servem esses interesses.
Para estas circunstâncias que são as nossas, há explicações teóricas, há muita dilucidação do funcionamento do modo de produção e da formação social. Mas há um "ambiente" que prevalece, que "faz a cabeça" de muita e muita gente.
Que esta política é má para o viver dos povos hoje e depois, que o orçamento de Estado é um desastre social, não só é consensual como é afirmado e confirmado pelos que praticam e defendem esta política, pelos que elaboraram (satisfazendo, pouco a pouco, as ordenes dos "patrões") e querem que seja aprovado este orçamento.
Porquê? Porque a defesa do que realizam, propõem ou aceitam é... indefensável!
Então? Dir-se-ia que não se percebe... mas o "ambiente" explica. O que náo tem defesa é inevitável, é uma fatalidade. Tem de ser. Não há alternativa!... diz o "ambiente" criado.
HÁ ALTERNATIVA!
Está é escondida, não se deixa comunicar o que permita vislumbrá-la e, menos ainda, comprová-la, ou apenas tal se consente por forma a que fique como mero desabafo ou protesto inconsequente.
A luta contra a inevitabilidade da situação, e contra a fatalidade do que (COMO SE SABE!) NÃO a resolve, é difícil, é dura, mas é - ela também! - histórica.
VIVA A GREVE GERAL a 24 de Novembro.

7 comentários:

Justine disse...

É preciso "avisar a malta" de que há alternativa...
Esta, a tua, é uma das maneiras possíveis de o fazer!

Graciete Rietsch disse...

" É preciso avisar toda a gente
Dar notícia, informar, prevenir"

É preciso também eliminar os fantasmas que impedem as pessoas de pensar. Mas como?
Há forças muito poderosas a impedi-lo, mas ninguém parará a luta.

Viva a Greve Geral.

Em força nas manifestações.

Um beijo.

A CHISPA ! disse...

Reflexões por fazer!

A direcção pequeno burguesa( pelas politicas que defende)do PCP, mandatou o operário J.de Sousa fazer as seguintes declarações:

"Não queremos que o governo caia,mas antes que faça uma ruptura com as suas politicas"

Como se o Governo e a burguesia capitalista que o sustenta, tivessem outra forma para resolver e solucionar a crise a seu favor,que não seja tomar as medidas de austeridade que estão a tomar.
É por demais evidente e qualquer dirigente ou Partido Comunista tiraria a conclusão que qualquer "ruptura" a haver,ela só poderá e terá que necessáriamente passar, ao contrário do que a direcção do PCP sugere,(neste caso pela voz de J.de Sousa)pela luta dos trabalhadores contra a politica anti-social e anti-laboral e por consequência contra o próprio governo,o que pode implicar,caso a luta se radicalize, possivelmente a queda do governo.Por isso estamos com a Greve Geral e desejamos que a luta continue até à derrota total das medidas do governo.

Assim torna-se forçoso concluir que a direcção do PCP, quando pretende evitar a queda do governo(porque é disto que se trata, quando se faz uma afirmação destas) e com isso evitar males maiores para o país (entenda-se para a burguesia capitalista, porque a crise é sua)terá que forçosamente conciliar com tal politica e deixá-la passar,o que quererá dizer que não vai estar disponível e a radicalizar a luta para depois de 24 de Nov.,aliás como aconteceu em situações anteriores e particularmente com os recentes PECs I e II.

Assim chama-mos os militantes, em especial os de origem operária e os mais esclarecidos ideológicamente a manter a sua vigilância em relação às atitudes politicas que a sua direcção venha a assumir.
Chama-mos ainda a comparar esta atitude assumida em relação ao governo, com as atitudes que os dirigentes da UGT tomaram, quando afirmaram que "estavam contra as medidas de austeridade, mas que não estavam contra o governo"

Bem haja e boa capacidade de critica para a reunião do CC a realizar este fim de semana.

A CHISPA!

samuel disse...

Há sempre outro caminho...

Abraço.

Pata Negra disse...

Olha! Eu não percebo quase nada do que leio e, provavelmente, do que digo.
Mas percebo que há alternativa e digo que no dia 24 de Novembro vou estar com todos aqueles que estão comigo!
Um abraço de armas na mão

trepadeira disse...

Pode ser um bom começo.
Um abraço,
mário

Medronheiro disse...

É preciso que a comunicação social deixe que se conheçam as alternativas!