quinta-feira, outubro 14, 2010

Ainda o Prémio Nobel... agora, o da Economia

Estava na minha pesquisa (lenta) sobre os laureados com o Prémio Nobel da Economia deste ano - dois estado-unidenses e um cipriota - quando, ao ler o avante! de hoje (ainda fresquinho...). me vejo poupado de muito trabalho pela Anabela Fino, com a sua síntese e comentários, aqui... em A talhe de foice.

Estes nobelizados são investigadores aturados da forma de tornar a mercadoria força de trabalho numa mercadoria igual a qualquer outra e o seu mercado num mercado igual a qualquer outro, em que os desempregados são "mercadoria em stock"!

Outros economistas houve, e há, que estudam a partir da concepção da força produtiva trabalho como a criadora de valor - porque acrescenta utilidade (ou seja, valor de uso...) às outras forças produtivas que passa a incorporar - com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas (também em evolução), e da procura, através dos instrumentos e objectos de trabalho que vai criando para dispensar o trabalho vivo de tarefas que o trabalho "cristalizado" nesses objectos e instrumentos possa realizar, de proporcionar ao ser humano cada vez mais tempo livre nos antípodas (sociais) do desemprego. O que só será possível em outras relações de produção que não aquelas em que vivemos.

7 comentários:

Ricardo disse...

É o banco central Sueco (responsável pela atribuição do dito prémio) a ser coerente para com o paradigma dos bancos centrais do poder dominante. Corresponde à evolução do pensamento social-democrata. Nem o keynes escapa.

Justine disse...

Exactamente!!

Graciete Rietsch disse...

Também li o "A talhe de foice" e recomendei a sua leitura a pessoas amigas.
A política de atribuição dos prémios Nobel está bem expressa no Orçamento de Sócrates( e de quem mais?).

Um beijo.

Pata Negra disse...

Ninguém lhes escapa, nem o Nobel, nem o Sócrates, nem o Papa! Mas hei-de escapar eu, tenho ali uma panela, ponho o dinheiro dentro dela, vem o cobrador de impostos não vê nada - boa noite caro senhor vá cobrar para outra estrada!
(inspirado em história antiga, via oral e sem papéis - com ela também um abraço sem nóbeis)
(como poetita aqui fica esta rimazita)

Antuã disse...

Mais um Prémio Ignobel.

samuel disse...

Quando analistas, economistas, empresários (e até dirigentes de clubes de futebol) têm o descaramento de chamar aos seus trabalhadores "activos da empresa"... temos o caldo entornado...

Abraço.

João Valente Aguiar disse...

Gente paga a peso de ouro para legitimar a exploração e o desemprego.

Abraço