terça-feira, fevereiro 28, 2012

Eu vou ser como a toupeira

Às vezes, apetece tanto!... ouvir o Zeca.

 

Eu vou ser como a toupeira
Que esburaca
Penitência, diz a hidra
Quando há seca
Eu vou ser como a gibóia
Que atormenta
Não há luz que não se veja
Da charneca

E não me digas agora
Estás à espera
Penitência diz a hidra
Quando há seca
E se te enfias na toca
És como ela

Quero-me à minha vontade
Não na tua
Ó hidra, diz-me a verdade
Nua e crua
Mais vale dar numa sarjeta
Que na mão
De quem nos inveja a vida
E tira o pão

3 comentários:

samuel disse...

Grande disco!

Tive a honra de participar na fazedura de partes deste trabalho, em casa do Zeca... e a infelicidade de não poder ir a Madrid participar na gravação do disco.
Disco que alguns "iluminados", à época, acharam fraquinho...

Abraço.

jrd disse...

Continuar a esburacar, é preciso!

Graciete Rietsch disse...

É preciso cavar fundo e destruir o que anda escondido nos abismos.

Um beijo.