Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Sobre os fogos florestais que fustigam o país, e face a questões colocadas por diversos órgãos de Comunicação Social, o PCP assinala o seguinte:
Segunda 3 de Setembro de 2012
Estes incêndios mostram uma vez mais à evidência a falta que faz uma política 
de prevenção estrutural da floresta e consequente, bem como a valorização dos 
rendimentos dos produtores florestais. Para o PCP, qualquer ideia de reposição 
das áreas ardidas por monocultura florestal, seja de pinheiro, seja de 
eucalipto, e que o Governo já admitiu, é errada.
1. Em primeiro lugar, o PCP transmite uma palavra de solidariedade para com 
as populações afectadas e particularmente para as vítimas e as suas famílias, 
que vivem horas de grandes dificuldades e desespero. Uma palavra também de 
apreço e confiança para todos os que se encontram no combate aos incêndios em 
curso.
2. Sendo ainda cedo para fazer um balanço global, e assinalando que este é o 
primeiro ano em que o dispositivo de combate a incêndios (DCIF), implementado em 
2005, enfrenta um ano de seca extrema e incêndios florestais desta dimensão (o 
incêndio do Algarve é um dos maiores registados desde que há estatística), os 
problemas verificados com o DCIF, nomeadamente no combate a incêndios florestais 
de grande dimensão, como refere o Relatório da ANPC sobre o de Tavira/Algarve, 
mostram a necessidade de uma avaliação rigorosa sobre a suficiência dos meios, a 
organização das forças e a estratégia de combate. Neste quadro, é necessário 
continuar a aprofundar a análise, para sinalizar todos os problemas e decidir 
das medidas a tomar. 
3. Mas estes incêndios mostram uma vez mais à evidência a falta que faz uma 
política de prevenção estrutural da floresta e consequente, bem como a 
valorização dos rendimentos dos produtores florestais, o que, manifestamente, 
continua por concretizar. O recente corte de mais de 150 milhões de euros para 
investimentos na Floresta, no quadro da reprogramação do PRODER, é um sinal 
muito negativo neste sentido. Por outro lado, para o PCP, qualquer ideia de 
reposição das áreas ardidas por monocultura florestal, seja de pinheiro, seja de 
eucalipto, e que o Governo já admitiu, é um erro que é preciso 
atalhar.
 

 
3 comentários:
Quantas vezes o PCP já não alertou os sucessivos governos sobre esta tragédia. O fogo vai destruindo a nossa reduzida Fauna e Flora,arruinando as populações e até tirando vidas.
O governo esquece como mal trata os Bombeiros e queceria o país sem eles?
Bjs,
GR
E já houve mortos incluindo, um em Ourém, além dos bombeiros que são os verdadeiros soldados da Paz.
Um beijo.
A raiva a crescer-nos por dentro, como um fogo, pois tantos destes dramas poderiam ser evitados! E a tristeza, a enorme tristeza...
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