quinta-feira, setembro 13, 2012

Por uma questão de rigor...

... quando uma taxa que era de 11% passa para 18%, essa taxa não sobe 7%, sobe 7 pontos percentuais!, a taxa foi acrescida de 63,6% [(18-11)/11%]!
Insisto: o acréscimo da "taxa social única" a pagar pelos trabalhadores, para compensar a descida da que será paga pelos "empregadores", é de 63,6%. E é a medida mais "estranha" que um governo poderia tomar. Só por revanchismo cego. Como dizia Honório Novo na Assembleia da República, aquele ministro ouve falar em trabalhadores e... puxa logo da pistola. E dá cada tiro nos pés! 

3 comentários:

Ricardo O. disse...

Numa análise em linha com uma reflexção que passei a texto há alguns anos - em que defendia que uma alterantiva para o financiamento da segurança social seria através de uma nova taxa sobre os lucros das empresas - esta pretensão do Governo PSD/CDS e da troika de agravar em 63,6% a contribuição dos trabalhadores para a segurança social e reduzir 23,4% a contribuição do patronato (a TSU), ao contrário do que o governo afirma não é neutra, do ponto de vista da carga fiscal/contributiva.

Ao passar a TSU de 23,5% para 18% do salário bruto, o governo pretende reduzir esta «contribuição» em 5,5 p.p. do mesmo salário bruto. Aos trabalhadores agrava a sua contribuição em 7 p.p. do mesmo salário.

Ou seja, do ponto de vista agregado irá verificar-se uma transferência de 1,5 p.p. do valor total das remunerações dos trabalahdores para os rendimentos que resultam da apropriação do trabalho.

Isto resulta porque, do ponto de vista colectivo e em tese o «bolo» da segurança social será rendimento dos trabalhadores. Digo em tese porque a utilização/gestão dos fundos da segurança social aproximar-se-á de facto de rendimento a transferir hoje e nos próximos anos para os trabalhadores (sem emprego, reformados, em baixa por doença, etc.) quanto mais forte for a luta dos trabalhadores e favorável a correlação de forças.

Para além do roubo individual aos trabalhadores, a todos os trabalhadores, as alterações nas contribuições para a segurança social representam um roubo ao povo português, ao trabalhador colectivo português.

Olinda disse...

E ainda haverâ trabalhadores a votarem nestes fascistas?

Graciete Rietsch disse...

A matemática é uma grande ciência. Esclarece, com exatidão, a barbaridade deste Governo ao aumentar a TSU dos trabalhadores de 11% para 18%.

Um beijo.