quinta-feira, maio 22, 2014

A União (?) Europeia e as eleições para o Parlamento Europeu - 4












GMR
  • A crise da Europa e a crise na U.E..
Muito se tem escrito, e mais se tem falado, de crise. Ela seria do euro, da União Europeia, da Europa, de civilização. Mas poucos (para o que preciso era) têm dito que a crise é do capitalismo, enquanto modo de produção e sistema social baseado num determinado tipo de relações sociais. Ou melhor: alguns, e algumas vezes, o terão dito e, nalgumas delas, codificando para escapar à antiga censura e demais repressão ou às novas (e sempre espúrias) censuras e demais repressão. Assim o fez, por exemplo, Abel Salazar, quando em 1942, com o estímulo e apoio de Bento de Jesus de Caraça, publicou na Cosmos A Crise da Europa.   
  • Dir-se-ia que a questão da crise do/no capitalismo está nas relações sociais predominantes que o sistema impõe, na sua crescente contradição com a vida, e nas formas capciosas de  ultrapassar esta contradição, criando ou antecipando novas e mais irredutíveis contradições. Estará - usando economês, ao que se espera acessível... - na divisão internacional capitalista do trabalho (DIcT), em que a força de trabalho é mercadoria (com o constrangimento da correlação de forças na luta de classes), tomando expressões adaptadas ao tempo (histórico) e aos "arranjos" no espaço. Por isso se dirá que a tal "crise da Europa" (que não é "da Europa" mas, agora, da União Europeia) é provocada pela forma como o sistema capitalista, neste tempo, procura organizar o espaço europeu numa divisão internacional europeia do trabalho (DIeT).
  • Para isso, se criou, no continente, entre as Estados-nações que o compõem, um agrupamento que vai alargando e aprofundando, com um centro e uma periferia, com as suas competências (ou não-competências) próprias. não a repetir a História mas a aproveitá-la, e usando fórmulas e "esquemas" do tempo do colonialismo e do neo-colonialismo, e servindo-se da "armadilha da dívida externa"
    dos anos e práticas coloniais, agora "facilitada" (e mais danosa, até suicidária) pela demência da dimensão do capital-dinheiro fictício e creditício. Estratégia que, na "Europa", ou seja, na União Europeia, depressa transformou os ditos Estados membros da coesão económica e social (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha) em PIGS (traduzível por porcos... e como tal tratados). 

Sumário

(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
                  Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
                   Passo decisivo… para quê?
                   A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
                   A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
                   As saídas nacionais num quadro global
                   As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
                   As várias candidaturas e “arranjos”
                   A composição do PE
 Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente

3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Eu também acho que a crise é culpa do capitalismo desesperado pela agonia do fim dos seus dias(que não será tão cedo, infelizmente)
Também aproveito para te dizer que já li o livro que me ofereceste, de que gostei bastante, mas que me criou certas dificuldades.É a minha ignorância em relação à ECONOMIA.
De qualquer maneira foi muito útil a sua leitura.
Um beijo.

Olinda disse...

Ê verdade.E ê deste jugo colonial das grandes potencias europeias,que temos de nos libertar.Acredito no poder dos povos,que hao-de reconhecer os opressores.Tenho dûvidas se a histôria serâ uma ciencia,mas que nos ensina muito,isso ensina.Penso que o capitalismo,nos estâ a arrastar para uma situacao muito perigosa.

Um beijo

Antuã disse...

Eles pretendem matar-nos.