terça-feira, junho 03, 2014

CRÓNICA2 (mas não última)

Valerá a pena (vale sempre, se a alma não for de reduzidas dimensões…) fixarmo-nos no momento da chegada da regata.
Da embarcação que arribou à meta em 1º lugar, saltou logo aquele que vinha à proa e, tal como o homónimo que de Assis também seria, ainda com o pé na beira-mar desatou a falar aos peixinhos e às avezinhas e a todos os animais que o quisessem (ou não) ouvir. A troar, cheio de prosápia, vitória e boas novas e “novo ciclo” (ou circo?…).
Dali partiram, ele e os seus, e mais os mais próximos, e mais os nem por isso, para um hotel qualquer, ou sítio parecido, para beberem as taças de champagne devidas aos vencedores, e para erguerem os braços e dedos e se darem muitos abraços uns aos outros.
No entanto… no entanto com latentes e crescentes dúvidas porque, esquecidos de olhar para trás na hora da meta, pouco cuidaram dos avanços sobre os que os seguiram. E menos ainda teriam cuidado do que ainda estava para dar à Costa, após o termo da regata. Mas podiam, ou deveriam ter tido esse cuidado, ou se calhar cuidaram e, por isso mesmo, se quiseram antecipar aumentando com estereofonia o que lhes faltava em rigor e certeza de (ou do) sucesso. O facto é que nada travou o intragável, perdão, o intravável ou intratável. Aliás, para os mais desconfiados, tudo isto não passa de uma grande (en)cena(ção).
Depois do que veio acostar, esperava-se a cartada a jogar por quem deixou de se sentir seguro. E, logo além, quis mostrar as suas primícias, perdão, primácias, perdão, primárias. Cujas, pelo menos, nos fazem a todos especar para ver se se percebe o que são, ou o que serão se forem alguma coisa.
Iremos – todos! – ser convidados a votar para escolher quem deverá ser o candidato a primeiro-ministro pelo PS? É isto?
E eu a julgar que não se votava para primeiro-ministro, que, constitucionalmente, apenas se votava para os candidatos do meu distrito a deputados na Assembleia da República!

Em que País vivo eu?! Ou, prefiro…, em que país vive certa gente deste País?! Sim porque se coincide o país deles com o País nosso, dá-me cá uma tristeza que vou para Pasárgada.

2 comentários:

Antuã disse...

Realmente não eleição para 1º. ministro, mas estes querem imitar os seus patrões americanos seja como for.

Graciete Rietsch disse...

Que história tão bem contada, até porque tão bem mostra quanto aquela gente é ridícula, para além de tudo o mais. Parabéns.

Um beijo.