segunda-feira, abril 20, 2020

GLOBALIZAÇÃO E LUTA DE CLASSES - 12

continuação:


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3.     Portugal está, como é seu destino (geográfico e histórico), no meio das encruzilhadas.

O 25 de Abril tem só (!) 46 anos, o que, até como idade de humanos, é ser jovem. E resiste como salto e projecto.

Apesar das sucessivas revisões (7), a nossa Constituição permanece privilegiando opções de base, sufragadas por esmagadora maioria (só o CDS votou contra): independência nacional, garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, valorização do trabalho e dos direitos dos trabalhadores, coexistência do sector público, do sector privado e do sector cooperativo na organização económica, subordinação do poder económico ao poder político democráticO (embora na teoria a prática seja outra ou vice-versa). E tem a sua classe operária e de todos os trabalhadores organizada num partido firme na sua ideologia. Com 100 anos de luta

Neste País que é o nosso, se o que acontece aqui não nos pode ser indiferente, também não o é para o mundo. E o PCP está a viver um ano de particular importância por ser de Congresso ordinário, assim dispensando o congresso extraordinário que, sem este congresso ordinário que se aproxima em condições de enorme dificuldade, poderia justificar-se dado o momento histórico, como todos o são igualmente mas este é-o particularmente. 






No contexto que se desenha, depois de uma fresta que foram os BRICS enquanto países emergentes (agora integrando um Brasil à deriva a juntar à heterogeneidade), estamos a viver um momento (e nunca é mais que um momento) de globalização por emergência, que não terá sido provocada desde o início mas é aproveitamento descabelado cavalgando uma crise que se aproximava à desfilada. Em que a correlação de forças sociais será determinante e, nela, a luta de classes a vários níveis.

(...)

1 comentário:

Olinda disse...

Verdade,grandes tumultos sociais vão ser uma certeza a nível global.Bjo