quinta-feira, maio 21, 2020

Um dia assim...

do quase-diário:


21.05.2020

Há muitos anos, em 1972, alimentei uma crónica semanal no Record, a que dei o título genérico de Às 5ªs, feira.

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Lembrei-me delas – como tantas vezes, e de tantas coisas – me lembro, nesta 5ª feira ao folhear o avante!.

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Tanta coisa mudou!

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E tanto me parece desaproveitado... para que mude mais e melhor.

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Como em quase todas as 5ªs. feiras, a vontade de transcrever, de divulgar, de comentar: o que escreve o Jorge Cadima, a Anabela Fino, o Manelito Rocha, o Correia da Fonseca.

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E o acerbo espinho de não ter concretizado o que, nesses tempos de há quase 50 anos, era um sonho a realizar: vir a ser como André Wurmser do L’Huma, com o seu inigualáve! mais…, mas no avante!...
 















(...)

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Entretanto, neste dia, em que acordei voltado para coisas destas… em vez (ou por causa?) da reunião de ontem da Concelhia do PCP, deu-me para ir buscar a fotografia que tanto me agradou na Diagonal, a revista do Sector Intelectual do Porto, e elucubrar sobre ela e sobre os tempos.


É uma foto (para mim) lindíssima, do período revolucionário, da “revolução das revoluções”, que vivi na minha juventude de militância, com a Mãe do Gorki, o Serioja da Vera Panova, a Djamila do Aitmatov… e a música.

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E hoje?

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Teremos de ser… “neo-realistas”?, que recusar o “romantismo” dos homens (e mães!) novos?

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… mas não!, o neo-realismo foi contributo indispensável para a revolução que continua por fazer, que sempre estará por acabar, que só parece perdida quando se esquece que o homem novo (sim, o homem novo, em luta pela sua felicidade consciente e madura, sempre inacabada) se constrói com os homens e mulheres que somos e como somos… e capazes de nos construirmos novos, DE NOVO e sempre.

1 comentário:

Olinda disse...

Extraordinária foto,com muita expressividade.Uma moldura bem a jeito para um texto bem assertivo.Bjo