A introdução do PEC está envolta numa campanha de ”relações públicas” que impressiona (quem a detecta) pelo descaro (e mais impreeeionaria se se soubesse o custo...). Aliás, este Governo caracteriza-se pelo uso e abuso das técnicas de promoção de imagem, de aparência, em substituição da informação e do esclarecimento.
Não vou pegar na “ponta” de ir ou não haver aumento de impostos – por mais se pagar ou menos se deduzir, e quem – mas em dois pormenores que estimo relevantes.
- Trata-se do documento como se ele já existisse, a partir da sua elaboração pelo Governo e da sua apresentação aos partidos políticos e às ditas forças sociais. O que não é verdade. O documento só existirá depois de aprovado na Assembleia da República! Conta o PS, que sustenta o governo, que não é de maioria absoluta, com o ovo antes de ser posto, certo das abstenções com que o PSD e o CDS-PP o viabilizarão. Decerto que sim. Mas... Mas, sendo um documento para a continuidade da política de direita de que há 34 anos são co-responsáveis, parece que o CDS-PP ainda quer mais. E o PS, sem estados de alma que o seu nome justificaria, cederá o que preciso for.
- Não se poupa a comunicação social em nos informar que o PEC (que ainda não existe!) foi recebido com aplausos pela OCDE, U.E. e outras instâncias supranacionais. O verbo aplaudir foi escolhido e tem sido usado e abusado. Porque está nos títulos (vários) mas não nos textos. Nos textos estão os verbos receber, acolher – o que é bem diferente - e a afirmação de que considera “estar Portugal no bom caminho”. Pudera! O governo português está – como lhe é habitual – a cumprir escrupulosamente as determinações e as terapêuticas. Mas há que contar com os portugueses que não são nem governo, nem dirigentes do PSD, nem do CDS-PP…
7 comentários:
Mas o cozinhado já está preparado, por isso se atrevem a dizer que este PEC É uma espécie de Salvador.
E o CDS? Ele bem sabe o que quer e sabe também que será atendido
Beijos.
Os partidos da direita (PS, PSD,e CDS) sabem muito bem o que querem.
O governo agacha-se. Nós erguemos o punho sempre e quando for necessário.
Abreijos.
Há a liberdade de agredir a Liberdade e a esse crime chamam Liberdade.
-Eu não digo: eles sabem o que querem.
-Eu direi que eles, Ps,d/cds sabem bem o que os seus senhores desejam e como lhes satisfazer as necessidades e vontades.
-Depois fico um pouco intrigado, porque sinto que ainda não conseguimos romper toda esta cadeia de mentiras e aldrabices sobre o PEC. etc. $ tal. - Se não cumprimos o pec,_ cai o Carmo e a Trindade etc. & tal... pois os mercados os credores as agências de rating etc. $ tal…
O pessoal sabe, ou deveria saber que estes foram os mesmo, a quem o BCE e outros organismos Estatais do género; há uns meses atrás, lhes injectaram quantidades astronómicas de dinheiro, dinheiro propriedade do povo! - Obrigando os Estados a empenharem o futuro dos seus Povos. Para salvarem o sistema financeiro capitalista - o tal Mercado as tais agências de rating .
- Aqueles que ontem se serviram e hoje ainda se servem dos dinheiros dos Povos para salvar os seus senhores da ruína financeira da falência.
- Querem hoje, e no futuro, obrigar O Povo/credor , a pagar duas vezes e com juros as dívidas do capital financeiro a que hoje com grande lata, chamam - O Mercado - ontem falido…hoje credor por obra e graça já não sei bem de quem se nossa se deles.
Desculpem qualquer coisinha mas, estou fulo!
Este Programa de Estabilidade e Crescimento - PEC - elaborado pelo Governo de José Sócrates mais do que um documento político é uma ferramenta elaborada para transmitir uma imagem de Portugal para o Exterior.
Alguns portugueses, (não direi todos, uma vezes que a desinformação é hoje um fenómeno de dimensões incomensuráveis) sabiam desde a adesão à política económica comum e à moeda única que algum dia teríamos que pagar a factura dos benefícios comunitários; estamos a começar a pagar e palpita-me que ainda a procissão vai no adro... estas medidas que os socialistas querem agora ver discutidas no Parlamento, não visam a melhoria efectiva da realidade económica e social portuguesa mas tão somente o cumprimento de imposições vindas de fora. Temos que ter consciência que este barco não vai chegar a bom porto e que estas medidas não vão conduzir o nosso país a dias melhores. A responsabildiade primária deste Programa é do PS, mas será também de todos aqueles que optem pela sua viabilização com o argumento vão e oco de que temos o dever de patriotismo, temos a obrigação de defender a imagem de Portugal lá fora. Este não é um argumento, é uma desculpa!
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