quinta-feira, janeiro 31, 2013

Pois... e as "conversas em família", agora com o Pedro!...

...o do facebook!

Isto é (mais) um escândalo revelador de patranhas

Ao ver os cabeçalhos dos jornais, depara-se com este verdadeiro escândalo. A actividade económica agoniza, as pequenas e médias empresas estão carentes de financiamento, o Estado justifica o ataque ao "estado social" - saúde, educação, transportes, cultura - por lhe faltarem 4 mil milhões de euros... e 3 bancos (um deles do Estado) devolvem, num só dia, 3 mil milhões de euros de que dispõem, por empréstimo de há ano e meio, do BCE dos srs. Draghi e Vitor Constâncio, ao juro de 1%.


É bem caso para se afirmar (avante! de hoje)

"... opções de classe, determinadas pelos interesses de grupos económicos e financeiros que sucessivos governos defenderam ao longo de anos e anos."

“Questões de moral” – 5


No tempo de Marx, e dos clássicos antecedentes, a economia era a Economia Política (pelo menos os conhecedores de alemão assim o dizem). E assim se percorreram décadas e séculos com as duas palavras umbilicalmente ligadas mesmo quando a “economia” de texto poupava a segunda. Subentendia-se que se falava do que assentava sobre um tripé por vezes semelhando mesa de pé-de-galo
necessidades, recursos, trabalho.
Com o correr do tempo e as dinâmicas sociais, começou a distinguir-se, na Economia, com ou sem Política, as Finanças Públicas, indispensáveis para que o todo funcionasse. No processo de cientificação desta área do conhecimento, ela começou por se (tentar) libertar da tutela do Direito e da da Contabilidade - como registo de variações patrimoniais. Em Portugal, e disso posso falar porque vivi, a Escola do Quelhas, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), ganhou, com a reforma de 1949, o estatuto universitário, e só mais tarde apareceu a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1953), e muitos anos depois a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (1972), com um complexo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa também criado em 1972.
Neste(s) caminho(s), o ensino da economia passou por etapas que não tenho a pretensão de caracterizar mas de que deixo discutíveis notas. Para além do marginalismo, das "pontes" do neo-clássico com o keynesianismo, nota-se a crescente importância dos métodos quantitativos e o enfraquecimento e esquecimento da vertente necessidades, bem como a constante marginalização e centrifugação do marxismo, com excepção de períodos curtos… e de alguns docentes excepcionais.
A gestão monetarizada dos recursos ganhou foros de cientificidade, imune à consideração das necessidades a satisfazer, o que se transforma numa questão moral, e sendo ignorada uma racionalidade económica existente desde sempre e inerente à inserção do ser humano no meio de que colhe e transforma os recursos.
Ilustrando esta evolução, o ISCEF passa rapidamente por Instituto Superior de Economia (ISE) para logo acrescentar e Gestão (ISEG), e nascem proliferamente escolas de gestão e gestão em escolas. Com o resultado que se conhece, de se confundir economia com gestão e gestão com negócios.
Não é por acaso que, no avante! da semana passada, dois artigos em  actual (de José Casanova e de Vasco Cardoso, e por outras formas) colocavam a questão pertinentemente, num caso sobre a gestão da EDP, que pouco tem a ver com a produção e fornecimento de electricidade e muito com a acumulação de capital monetarizado, e a gestão bancária que apenas tem a ver com esta acumulação, em total especulação desmaterializada (D-D’).
E pode acrescentar-se (como se fará em próximos textos) a ilustração da gestão nas áreas de alimentação, vestuário, habitação, transportes, saúde,  educação, cultura, banca, armamento, tráficos de vária ordem, como “neutra”, apenas avaliada (avaliados os gestores dela intérpretes… e assim remunerados) por essa acumulação de capital monetarizado cada vez mais desmaterializado, e por isso idêntica para todas elas e a todos os níveis

avante que hoje é 5ª feira

 

Um desfile de protesto pelas ruas do Porto deu início à nova campanha nacional do PCP, intitulada «Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda». Foi ao final da tarde do dia 24 que muitas centenas de pessoas se concentraram na praça da Batalha e desfilaram até à Rua da Santa Catarina, num protesto contra o aumento do custo de vida, que neste início de ano afecta o povo português de forma inaudita.

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Relatório de Desenvolvimento Humano 2013

Relatório de Desenvolvimento Humano 2013


O Relatório de Desenvolvimento Humano próxima - "Ascensão do Sul: progresso humano em um mundo diversificado" - será publicado em março de 2013. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 examinará a profunda mudança na dinâmica global que está a ser impulsionado pelas potências rápido crescimento do mundo em desenvolvimento - e as implicações desse fenômeno para o desenvolvimento humano.

China já ultrapassou o Japão como segunda maior economia do mundo, tirar centenas de milhões da pobreza no processo. A Índia está ativamente remodelar o seu futuro com criatividade empresarial e política de inovação social. O Brasil se tornou um outro motor de crescimento para o Sul, enquanto a redução da desigualdade em casa através de programas de combate à pobreza que são emulados em todo o mundo. Turquia, Tailândia, África do Sul, México, Indonésia e outros países em desenvolvimento dinâmicos também estão levando os atores no cenário mundial de hoje, oferecendo lições políticas importantes e valiosas novas parcerias para o Sul como um todo, incluindo países menos desenvolvidos de hoje.

Está a fazer falta!

A CRISE - práticas e discursos - Universidade Popular do Porto


Que dizer disto?


terça-feira, janeiro 29, 2013

Tem de se lhes mostrar que a política e a democracia são coisas muito sérias

Saem uns mini istros para aguentar quem?

 

Passos Coelho está a fazer uma mini remodelação governamental. De saída podem estar cinco secretários de Estado.
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Resposta a este "bluff"?

António Costa vai avançar para uma candidatura à liderança do PS, e será recandidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, apurou o Expresso

Notícias Relacionadas

assim se descredibiliza a política,
se indignifica a democracia. 

Pode chegar-se a ditaduras
por cansaço e desinteresse 
de quem tem, na verdade,
o PODER: 
o povo, as gentes!


O "erro do FMI" - um bom contributo para o esclarecimento


Mail amigo fez-nos chegar este esclarecedor artigo. Transcrevemo-lo, com os agradecimentos a quem no-lo enviou e a quem o escreveu:

O erro do FMI abalou a confiança nos “ajustamentos” — Anis Chowdhury

Alguns dos mais inclinados para aceitar os baixos multiplicadores orçamentais do FMI tinham uma determinada “ideia fixa”, refere-nos Chowdhury, “ideia que permanece ainda”. Jean-Claude Trichet, quando presidente do Banco Central Europeu, e grande parte dos membros do ECOFIN (reunião dos 27 ministros das Finanças da União Europeia) ficaram profundamente influenciados pelas opiniões expostas pelo economista de Harvard Alberto Alesina em abril de 2010.
Estávamos ainda no período inicial da crise das dívidas soberanas na zona euro. Nesse momento crucial, os políticos europeus e os banqueiros centrais retiraram a ideia de que, em regra, a austeridade era expansionista e de que os ajustamentos eram bem-sucedidos. Conclusão apressada que ia contra a própria evidência da investigação de Alesina, que apontava apenas para sucesso em 19% dos 107 eventos estudados em países da OCDE entre 1970 e 2007 e para 25% em que se verificou efetivamente expansão posterior. É este o intervalo de “probabilidade que a experiência histórica sugere”, alerta Chowdhury.

As diferenças de contexto

Um estudo do académico Adam Posen realizado para a Comissão Europeia em 2005 – antes da crise – concluía que 50% dos casos de sucesso de programas de austeridade “foram acompanhados por uma política monetária expansionista que permitiu ao crescimento ser sustentado”. Além do mais, recorda Chowdhury, há um conjunto de fatores complementares que são decisivos, e nomeadamente o contexto.
Os episódios estudados por Alesina e muitos outros académicos aconteceram em períodos, desde 1970, em que não ocorreu nenhuma grande crise financeira e económica global e em que não se observava a simultaneidade de programas de ajustamento em países que são parceiros comerciais e partilham inclusive a mesma moeda. “Ajustamentos estruturais ou as chamadas políticas de reformas pró-crescimento não são muito eficazes quando as mesmas políticas são aplicadas nos principais parceiros comerciais. Neste caso, não há procura que compense durante a fase de declínio, o que acaba por agravar o declínio por todo o lado. Ora isto ainda fica mais agravado quando as autoridades monetárias – os bancos centrais – por medo da inflação mantém políticas de contração”, conclui o economista.

Quem responde pelos erros?

O erro do FMI ficou famoso em outubro passado quando Olivier Blanchard, conselheiro económico do fundo e diretor do Departamento de Investigação, reconheceu no “World Economic Outlook” que o multiplicador orçamental era muito mais elevado do que se pressupôs no desenho dos programas de gestão da crise das dívidas soberanas nos países da zona euro, onde o FMI interveio integrado na troika.
“Não foi dito que as estimativas eram derivadas de uma metodologia informal. Pelo contrário, foi dada a impressão de que se tratavam de estudos rigorosos confirmando resultados empíricos de que os multiplicadores orçamentais eram mais pequenos”, prossegue este economista nascido no Bangladesh, que, em setembro passado, contestou a robustez da evidência empírica da convicção da “austeridade expansionista” na “Economic and Labour Relations Review”. Antes da Austrália, Chowdhury já lecionou em vários pontos da Ásia e da América do Norte e é membro do Center for Pacific Basin Monetary & Economic Studies, do Banco da Reserva Federal de São Francisco.
O erro do FMI foi entretanto “esquecido” e sobretudo acantonado na ideia de que se tratou de um “erro técnico” separado das políticas em que se inseriu. Chowdhury é particularmente crítico desta postura: “Não é possível separar os erros técnicos das políticas mais amplas. Quem é que assume a responsabilidade dos erros?”.
O economista asiático discorda da estratégia de gestão da crise das dívidas seguida pela troika, tanto pelo FMI como pelos europeus: “Não seguiram o melhor caminho. Deveriam ter começado com um plano de alívio da dívida em vez de imporem mais empréstimos com a condicionalidade dos ajustamentos estruturais. Querer fazer reformas profundas durante uma recessão é como pedir a uma pessoa que se está a afogar para aprender a nadar, em vez de a salvar primeiro”.

No entanto, insiste-se!,
citando:
"não é possível separar os erros técnicos
das políticas mais amplas."

Não será demasiada cera para tão ruim defunto?

Numa das minhas (raras) incursões pelo facebook, vi-me envolvido (sem me envolver...) num turbilhão a propósito da recente morte de Jaime Neves. As suas promoções, as suas condecorações, o seu estatuto de "heroi nacional" ofendem, na verdade, quem  de Pátria e herocidade tem outros conceitos.
 Ainda se poderia compreender que, por espírito de corpo (militar), se vangloriasse quem, para além de militar, foi responsável e protagonista de episódios que se tornaram históricos pela crueldade e desumanidade. Mas os civis que estiveram a recato da guerra colonial e/ou dos seus horrores, e que a presidentes da República chegaram, não têm qualquer desculpa ou justificação para apagar os massacres de Tete e tudo o mais com a borracha do 25 de Novembro, assim heroicizando quem estaria disposto a trazer para Portugal o que protagonizou em Moçambique. E que outros, com bem mais ajustada heroicidade, evitaram não embarcando em aventuras e provocações.
Estarei a fazer o que pode ser tomado como velada ou não explícita crítica, ao gastar, também aqui, tanta cera com tão ruim defunto? Talvez, mas não resisto a ir aos arquivos da memória e a deles retirar um episódio da minha vida de editor (em parceria, e modesta, com outros bem mais editores que eu): a edição do livro de Alice Nicolau, na Prelo Editora-colecçãodocumentos, de Estes massacres que nos vêm do Vietnam. Esta foi uma forma de resistir à censura, ao fascismo, à guerra colonial, aos massacres que nos vinham, ou estavam para vir, de muito mais perto de nós, embora a muitos milhares de quilómetros.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

São uns desconfiados! ...


A equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal está intrigada com a queda de rendimentos declarados às Finanças pelos empresários em nome individual e pelos contribuintes nos dois últimos escalões do IRS – que ganham acima de 66 mil euros por ano.

se não tivesse as consequências que se sabe
dava para gargalhar!...

TANTA HIPOCRISIA

"Feios, porcos e maus" - E. Scola

No sapo:















O Ministério da Economia e do Emprego garantiu hoje ao Diário Económico que a lei que aprova o pagamento de metade dos subsídios em duodécimos não tem qualquer lapso. A questão foi levantada depois de ouvidos vários especialistas em direito laboral.

Notícias Relacionadas


"Questões de moral" - 4

E dizia ele, o dito senhor Karl Marx nos seus manuscritos de 1844, que 
«...a antítese entre Moral e Economia Política é em si mesma apenas aparente; há uma antítese e igualmente não há antítese. A Economia Política exprime à sua própria maneira, as leis morais.
A ausência de exigências, como princípio da economia política, é atestada da forma mais chocante em sua teoria da população. Há homens em demasia. A própria existência do homem é puro luxo, e se o trabalhador for "moralizado" , ele será económico ao procriar. (Mill sugere louvor público aos que se mostrarem abstêmios nas relações sexuais, e condenação pública aos que pequem contra a esterilidade do matrimónio; não é essa a doutrina moral do ascetismo?) A produção de homens afigura-se uma desgraça pública.
O significado da produção com relação aos ricos é revelado no que tem para os pobres. No alto, sua manifestação é sempre requintada, disfarçada, ambígua, uma aparência; nas camadas inferiores, ela é crua, franca, sem rodeios, uma realidade. A necessidade áspera do trabalhador é fonte de muito maior lucro do que a necessidade requintada do abastado. As moradias em porões de Londres dão mais aos senhorios do que os palácios, i. é, elas constituem maior riqueza no que toca ao senhorio e, assim, em termos económicos, maior riqueza social.
Assim como a indústria se reflecte no refinamento das necessidades, também o faz em sua rudeza, e na rudeza delas produzida artificialmente, cuja verdadeira alma é a auto-estupefacção, a satisfação ilusória das necessidades, uma civilização dentro da barbárie grosseira da necessidade. As tavernas inglesas, são, portanto, representações simbólicas da propriedade privada. Seu luxo desmascara a relação real do luxo industrial e da riqueza com o homem. Elas são, pois, adequadamente, o único divertimento dominical do povo, pelo menos tratado com brandura pela polícia inglesa. »

E se, numa outra tradução se pode retirar, simplificando, que 
«a moral da economia política é o ganho, o trabalho e a poupança, a sobriedade…», 
a actividade económica (da economia política) veio tornando-se uma actividade de gestão de recursos para acrescer esses ganhos (para uns) à custa do trabalho e da poupança, da austeridade (para outros).
Mas... gestão de que recursos? Dos directos?, dos que a natureza faculta e os seres humanos colhem e transformam incessantemente para satisfação das suas necessidades materiais, sejam elas "refinadas" ou "rudes"?

... a ver vamos.

OUTRA INFORMAÇÃO - Novos planos dos EUA para desestabilizar governo cubano


O "programa de democracia para Cuba" promovido pelo governo americano é uma “atividade operacional” que requer “continua discrição” sob vários "planos de transição" que Washington considera em seus esforços contra o regime do presidente Raúl Castro, segundo documento oficiais estadunidenses divulgados nesta segunda-feira (21) no National Security Archive. 

Por David Brooks*, no La Jornada

Os escritos oficiais divulgados nesta segunda foram apresentados diante de um tribunal como parte de um processo judicial promovido por Alan Gross, um funcionário do governo estadunidense preso em Cuba em 2009 por tentar transferir, de maneira clandestina, equipamentos de comunicação para Cuba. Gross e sua esposa Judy entraram com uma ação no ano passado contra a Agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento Internacional (Usaid) e o Desenvolpment Alternatives Inc (DAI), este último foi seu empregador quando foi preso na ilha e é um dos principais aliados da Usaid, acusando-os de não ter conseguido prepara-lo, treiná-lo e supervisioná-lo adequadamente sobre os perigos das atividades para as quais foi enviado para a ilha.

Os textos foram apresentados diante do tribunal pela DAI na semana passada. Um deles, marcado como "confidencial", revela que uma reunião entre o DAI e a Usaid, em agosto de 2008, funcionários do "Programa para a Democracia em Cuba" e Planos de Contingência relatam à empresa que "a Usaid não está informando aos cubanos como ou porque eles precisam de uma transição democrática, mas que a agência quer fornecer a tecnologia e os meios para provocar a faísca que poderia beneficiar a população", e que o programa tinha a intenção de “estabelecer uma base de onde os cubanos poderiam ‘desenvolver visões alternativas do futuro”. 

No mesmo documento mostra que “o governo dos Estados Unidos tem entre cinco e sete diferentes planos de transição” para Cuba e que o programa não contempla a redação de outro. Acrescenta que "não é um projeto de análise, mas uma atividade operacional"

De acordo com outro documento, a convocatória da Usaid para propostas de empreiteiros para o programa em Cuba, datado em 2008, diz que o “objetivo principal do governo dos Estados Unidos é acelerar a transição pacifica (em Cuba) para uma sociedade democrática e orientada ao mercado, para prestar assistência humanitária e apoio à sociedade civil. Desenvolver e, se for permitido pelas circunstâncias legais, ativar planos para lançar uma plataforma programática de resposta rápida que atenda aos interesses da Usaid para tomar e coordenar uma presença programada na ilha". 

Os documentos divulgados pelo National Segurity Archive, uma organização independente de investigação dedicada a dar transparência às atividades da política exterior do governo americano, também incluem comunicados entre a Usaid e a DAI sobre os programas e propostas de Gross para transportar computadores, telefones celulares e sistemas de comunicação via satélite com para ilha. 

Nos escritos figura o testemunho de um executivo da DAI diante do tribunal em torno a denuncia civil dos Gross, no qual afirma que os funcionários da Usaid "enfatizaram" que o programa em Cuba tinha "riscos", particularmente "em termos de construção da rede necessária de promotores da democracia e dos direitos humanos em Cuba". (Os documentos podem ser vistos no site do National Security Archive: www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB411/ ). 

Peter Kornbluh, analista da National Segurity Archive encarregado do programa sobre Cuba, entre outros, comentou que durante uma reunião que manteve com Gross em novembro de 2012, em Cuba, o americano insistiu em que “minhas metas não são as mesmas que as do programa que me enviou", e pediu ao governo de Barack Obama para negociar e resolver seu caso com as autoridades cubanas, entre outras questões bilaterais.

Kornbluh considerou que a decisão do DAI de apresentar esses documentos diante de um tribunal tem um tom chantagista contra o governo americano. Em sua solicitação diante do tribunal para que o caso seja descartado, a empresa afirma que "está profundamente preocupada porque o desenvolvimento da história, neste caso, todo o conteúdo, poderá criar riscos significativos para os interesses de segurança nacional, política externa e direitos humanos do governo dos EUA”. Ou seja, segundo Kornbluh, trata-se de um aviso ao governo de que se ele não intensificar seus esforços para liberar Gross, o caso legal poderia revelar ainda mais detalhes dos programas de intervenção americana na ilha. 

Para o advogado José Pertierra, especialista em assuntos jurídicos e políticos na relação Estados Unidos – Cuba e envolvido na questão jurídica dos cinco (cubanos presos nos Estados Unidos, que realizavam atividades antiterroristas para Havana na Flórida), "esses documentos confirmam que a coisa toda é parte de um plano para desestabilizar Cuba clandestinamente" e, ao mesmo tempo, verificar que "Gross é culpado do que é acusado”

Em entrevista ao La Jornada, Pertierra disse que este é apenas o início de uma série de documentos que virão à luz pública demonstrando que "isso não é simplesmente para fortalecer uma pequena comunidade judaica em Cuba, mas para estabelecer uma rede alternativa de dissidentes operado em torno dos interesses dos EUA". O advogado sublinhou que "isso é ilegal em Cuba e em todos os países do mundo, nenhum governo soberano aceita que uma potência estrangeira esteja envolvida em atividades domésticas, cujo objetivo é promover a mudança de regime." 

Pertierra concluiu que "oxalá, por rações humanitárias, liberem Gross. Como, por razões humanitárias, os Estados Unidos libere os Cinco. Claro que os dois casos não são os mesmos. O que é argumentado aqui está certo: “o programa de Gross pretende desestabilizar Cuba; os cinco não eram para desestabilizar os Estados Unidos, mas estavam trabalhando para prevenir atos de terrorismo contra Cuba lançados e patrocinados pelos Estados Unidos”.

David Brooks é jornalista mexicano correspondente do La Jornada nos Estados Unidos

(Tradução: Leo Ramires, do Portal Vermelho 
em vermelho)

domingo, janeiro 27, 2013

Há "coisas" que não se deviam banalizar...



Gostei desta
obrigado, Cid!


Para este domingo (e para todos os domingos)

A manifestação dos professores - informação complementar


Aqui, pelo anónimosecxxi, verificou-se tardiamenete que a informação deixada sobre a grande manifestação dos professores ficara incompleta e, até, possibilitando eventuais leituras ambíguas.
É que, aqui, foi dito que ".... nem os porcos impediram...", e para quem não tenha estado lá, ou não tenha visto a televisão à noite poderia pensar que se estava a escrever em sentido figurado e que "os porcos" seriam alguns agentes contra-manifestações ou pró-manifestações outras que não aquela que foi (e tão grande foi) que tivessem procurado perturbá-la. 
Não. Aqueles porcos a que aqui se fazia referência eram literalmente porcos, suínos  bácoros, recos. Eram uns pobres animais que vinham (eventualmente) para um matadouro e que tiveram um acidente, espalhando-se às centenas (os muitos que sobreviveram) pela A1, criando um caos no trânsito que, com alguma estranheza, se prolongou até à noite.
Disso fomos testemunhas no nosso regresso a casa, já passava das 21 horas, e vimos a reportagem já em casa, instalados no sofá da televisão, com mais "tempo de antena" que a manifestação dos professores, como hoje de manhã a "primeira" do DN...

sábado, janeiro 26, 2013

Uma grande manifestação dos professores!

Fui a Lisboa por duas razões. Uma muito pessoal e aniversariante. 
Mas a de ter estado, professor reformado, nesta manifestação, teria sido suficiente. Ter-me-ia dado, de novo, a grande satisfação de ter sido mais um. Activamente solidário. Em luta.


... nem os porcos impediram 
que esta fosse uma grande manifestação!
A luta continuaRÁ!

"Questões de moral " - 3

Tendo-me servido de Manuscritos de 1844 do jovem Marx - não para enfileirar com aqueles marxólogos que, para diminuirem a influência de Marx o seccionam em vez de procurarem encontrar a unidade dialéctica de um pensamento que não termina com a sua morte física, em 1883, mas por ter, então, 25/26 anos -, guardo, como trampolim para estas questões (de moral) a frase de que a economia política, "se bem que se dê o ar de procurar a bem-aventurança terrestre, é na realidade uma ciência moral, a mais moral das ciências".
No entanto, assim será numa asserção de "moral" diversa da que é do senso comum, que tem uma valoração... moral, ética. Até porque, como também escrevia Marx, com muita ironia, se perguntassem à Economia (da família da Política) se as suas regras de comportamento se adequavam a esse senso comum da moral, ela mandaria os interpelantes irem falar disso com as "primas", a dona Moral e a dona Religião, que ela, a Economia tinha as suas próprias regras e "essas coisas" de valorações morais eram de outras jurisdições. 
Claro que as ditas "primas" corroborariam, solidárias, mostrando-se, aliás, muito disponíveis para atenuar os efeitos eventualmente perversos (moralmente...) das leis da Economia, com as suas "boas acções", a caridadezinha que lhes serve de razão de ser enquanto amparo para os desfavorecidos da Economia, ou os "vencidos da vida" que não tertúlia de escritores e intelectuais. 
No entanto, há nestas formulações muitos equívocos. O primeiro - porque é o que salta para as teclas... - é que, ao falar-se de Economia (da família, ou ramo, da Política), se pode, sobretudo nos tempos de hoje, esquecer, ou intencionalmente confundir, a Economia Política com a Finança Pública que, ainda que irmãs entre si, não são gémeas e deveriam complementar-se e não substituir-se. Acresce que a Economia Política, se de alguma mana é gémea, é da Economia da Empresa, e tanto que os amadores (e beneficiários) de confusões até as querem tratadas da mesma maneira, quando são muito diferentes, e o macro-objecto da Economia Política nunca pode ser assimilado, ou mesmo assemelhado, aos micro-objectos da mana Economia da Empresa.
Por outro lado, em nome do ramo (ou da ascendência da Política), há que dizer que a Economia tem a sua moral, falando mesmo Marx, em traduções fieis, da economia política da moral. Ou seja, há uma moral da Economia Política, e esta tem uma moral que é a sua. Como definiram os seus teóricos clássicos e os neo que os continuaram. De que Marx fez a crítica, que os que se querem marxistas têm a obrigação de continuar.
Ah!, e não vale endossar para as "primas" responsabilidades que são suas, da Economia e das relações de forças sociais em que se concretiza.
Mas estas serão questões (de moral) a tratar em reflexões próximas.

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Uma coisa que ouvi...

... na televisão, enquanto almoçava num restaurante:

"... se bem que isto seja deles é o nosso trabalho que está aqui!"

Levantei a cabeça do prato e das notas com que vou acompanhando as refeições que faço só.
Uma cara de mulher, de trabalhadora. Que sabia o que dizia!
O tema era as destruições feitas pelo mau tempo em algumas instalações industriais.

Uma notícia e uma pergunta - Reestruturação hospitalar no Oeste

Uma notícia e uma pergunta a merecer resposta:
na sexta-feira
Parlamento vota reestruturação hospitalar no Oeste
por Agência Lusa, publicado por Helder Robalo

A Assembleia da República tem agendada para sexta-feira a votação de dois projetos de resolução e a discussão de uma petição contra a reorganização de serviços hospitalares na região Oeste e o fim de valências hospitalares em Alcobaça.
A petição foi entregue em abril pelos Utentes de Saúde dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré, que exigem a manutenção dos serviços do hospital de Alcobaça, nomeadamente a sua urgência básica. Os mais de nove mil subscritores alertam para o aumento do risco de vida para doentes de Acidentes Vasculares Celebrais, enfarte do miocárdio e politraumatizados e das despesas de deslocações para irem a consultas e exames. Os peticionários referem que "está em causa a manutenção do Serviço Nacional de Saúde" para 72 mil habitantes, a qual pode abrir caminho ao setor privado da saúde. Se Alcobaça deixar de ter a urgência básica, os utentes querem passar a estar referenciados pelo Hospital de Santo André, em Leria, que fica a 20 minutos de distância. O Partido Socialista apresentou, em outubro, um projeto de resolução a recomendar ao Governo a suspensão da reorganização dos cuidados hospitalares na região. No documento, os deputados Odete João, João Paulo Pedrosa, Basílio Horta, Carlos Zorrinho, Marcos Perestrello, Nuno André Figueiredo e Acácio Pinto afirmaram que a reestruturação proposta para o Oeste "assenta exclusivamente em critérios contabilísticos e financeiros, sem salvaguardar o direito à saúde" e sem conhecer os impactos para a população. Os socialistas recomendam ao Governo que inicie um período de discussão pública, de modo a adequar as respostas às necessidades e anseios das populações. Um outro projeto de resolução deu entrada este mês na Assembleia da República e é subscrita pelos deputados do Bloco de Esquerda João Semedo, Pedro Filipe Soares, Helena Pinto, Cecília Honório, Catarina Martins, Mariana Aiveca, Luís Fazenda e Ana Drago. No documento, os bloquistas defendem a manutenção das valências do hospital de Alcobaça e a referenciação dos seus utentes pelo hospital de Leiria, bem como a manutenção do hospital de Alcobaça no Serviço Nacional de Saúde. Para o Bloco de Esquerda, os 15,9 milhões de euros da poupança estimada pelo Ministério da Saúde com esta reestruturação "prejudica muito as populações, que se verão afastadas do acesso a diversos serviços de saúde fundamentais e de proximidade".
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PORQUE RAZÃO ASSUMIRAM OS DEPUTADOS DO PS POSIÇÃO CONTRÁRIA QUANDO DA ANÁLISE DA REESTRUTURAÇÃO DO 
Centro Hospitalar do Médio Tejo, 
QUE TÃO PREJUDICIAL TEM SIDO PARA AS POPULAÇÕES?
publicado por usmt

Entrevista a Arménio Carlos na antena 1

«O secretário-geral da CGTP considera que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) “não é feito ingenuamente, nem é um relatório técnico, como alguns querem fazer crer”
Arménio Carlos acusa o governo de decidir o corte de 4 mil milhões de euros sem dialogar com os parceiros sociais, fragilizando o diálogo social e pondo em causa o “funcionamento da democracia”.

Há um ano na liderança da central sindical, Arménio Carlos afirma que Cavaco Silva tem que credibilizar o exercício da Presidência da República, porque a Constituição não pode estar ao serviço dos credores. O sindicalista refere ainda que, na reunião que teve com o chefe de Estado, Cavaco Silva lembrou mais uma vez que a Constituição não está suspensa. 

Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Arménio Carlos é questionado se sente um alívio pela saída de João Proença da liderança da UGT e responde que “isso não é relevante”. Arménio Carlos explica que nunca foi apresentado ao futuro líder da UGT e recusa fazer juízos de valor em relação a Carlos Silva, porque uma coisa é o que ele diz e outra é o que fará.»

"O PR e a Constituição?
Se não está suspensa
é para cumprir..."
Excelente (como o resto)!


Ilhas de um arquipélago

Um ser humano é uma ilha.
E cada vez mais o pode ser,.ilha e isolado das outras ilhas que são os outros, em razão de se sentir isolado por cortado das vias de comunicação que são produto do trabalho de todos, e de que alguns, como classe social, se apropriaram. E gerem ao serviço dos seus interesses.
Mas, sendo ilhas, somos arquipélagos. Cada vez mais. Porque temos essas vias de comunicação que para nós produzimos - as estradas, os barcos, os aviões, o domínio das "ondas", marítimas e aéreas. E, quando nos faltam estas vias, ficamos isolados, ilhas ausentes de arquipélagos. Perdidos, esquecidos do que fomos. Das velas, dos candeeiros de petróleo... dos "tam-tans" e sinais de fumo que são as raízes da "net" e de coisas dessas.
Porque a comunicação se nos tornou imprescindível. Para que, ilhas, sejamos arquipélagos. Não para que, ilhas, mais ilha nos sintamos. Quase em desespero.

Olá!, VIVAM. 


Dar a volta!
À ilha?
Não!,
 ao arquipélago.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

"Laboratório de ideias"



 

avante! - índice


Editorial
  
ÁLVARO CUNHAL

Opinião
  
A ocultação do PCP e da luta consequente – algumas notas   
Actual
   O País aguenta uma banca privada?
  
Gestão de excelência
  
E não querem mais nada?  
Crónica Internacional
  
Mais uma guerra imperialista  
A Talhe de Foice
  
Mais sinais
Em Foco
    
Vida, pensamento e obra: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro
   
Pensamento e exemplo que nos acompanham nos combates do presente e do futuro
   
Honrar o exemplo de vida e de intervenção
  
«Tomemos nas nossas mãos os destinos das nossas vidas»
  
Entrada ao piano
  
Canções com história
  
Poesia insubmissa
  
A voz dos mineiros
  
A nossa voz
  
Jovens com talento
  
Vozes ao alto!
  
Juventude é fonte de novas energias
  
Uma terra sem amos!
  
 Moita divulga legado de Álvaro Cunhal

  
PCP
  
 Convergência e unidade
  
Conhecer e dar a conhecer
  
Por um governo patriótico e de esquerda
  
O Partido dos trabalhadores
  
Desfile-protesto do PCP
  
Lá como cá, longe da realidade
  
Comunistas organizam-se nas empresas municipais
  
Breves

  
Trabalhadores
  
Segue a luta nos transportes
  
Professores voltam à rua
  
Vitória anima luta na Kemet
  
Protesto firme da Frente Comum
  
Jornalistas contra restrições
  
Inter-Reformados reafirma opções de luta
  
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Assembleia da República
  
Devolver ao País o que é do País
  
Demissão e eleições antecipadas
  
Não à fantochada
  
Faça-se justiça!

  
Nacional
  
Governo não quis ouvir os inquilinos
  
Novo Conceito Estratégico: um gigante com pés de barro!
  
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Europa
  
O custo da desigualdade
  
Regressão laboral
  
A chantagem da Renault
  
Grécia precisa de mais financiamento
  
O papel da social-democracia em Portugal e na UE
  
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Internacional
  
Perigosa deriva militarista
  
FARC suspendem trégua unilateral
  
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Serviços secretos portugueses assassinaram Amílcar Cabral

  
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