...o do facebook!
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Isto é (mais) um escândalo revelador de patranhas
Ao ver os cabeçalhos dos jornais, depara-se com este verdadeiro escândalo. A actividade económica agoniza, as pequenas e médias empresas estão carentes de financiamento, o Estado justifica o ataque ao "estado social" - saúde, educação, transportes, cultura - por lhe faltarem 4 mil milhões de euros... e 3 bancos (um deles do Estado) devolvem, num só dia, 3 mil milhões de euros de que dispõem, por empréstimo de há ano e meio, do BCE dos srs. Draghi e Vitor Constâncio, ao juro de 1%.
É bem caso para se afirmar (avante! de hoje)
"... opções de classe, determinadas pelos interesses de grupos económicos e financeiros que sucessivos governos defenderam ao longo de anos e anos."
“Questões de moral” – 5
No tempo de Marx, e dos clássicos antecedentes, a economia era a Economia Política (pelo menos os conhecedores de alemão assim o dizem). E assim se percorreram décadas e séculos com as duas palavras umbilicalmente ligadas mesmo quando a “economia” de texto poupava a segunda. Subentendia-se que se falava do que assentava sobre um tripé por vezes semelhando mesa de pé-de-galo
– necessidades, recursos, trabalho.
Com o correr do tempo e as dinâmicas sociais, começou a distinguir-se, na Economia, com ou sem Política, as Finanças Públicas, indispensáveis para que o todo funcionasse. No processo de cientificação desta área do conhecimento, ela começou por se (tentar) libertar da tutela do Direito e da da Contabilidade - como registo de variações patrimoniais. Em Portugal, e disso posso falar porque vivi, a Escola do Quelhas, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), ganhou, com a reforma de 1949, o estatuto universitário, e só mais tarde apareceu a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1953), e muitos anos depois a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (1972), com um complexo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa também criado em 1972.
Neste(s) caminho(s), o ensino da economia passou por etapas que não tenho a pretensão de caracterizar mas de que deixo discutíveis notas. Para além do marginalismo, das "pontes" do neo-clássico com o keynesianismo, nota-se a crescente importância dos métodos quantitativos e o enfraquecimento e esquecimento da vertente necessidades, bem como a constante marginalização e centrifugação do marxismo, com excepção de períodos curtos… e de alguns docentes excepcionais.
A gestão monetarizada dos recursos ganhou foros de cientificidade, imune à consideração das necessidades a satisfazer, o que se transforma numa questão moral, e sendo ignorada uma racionalidade económica existente desde sempre e inerente à inserção do ser humano no meio de que colhe e transforma os recursos.
Ilustrando esta evolução, o ISCEF passa rapidamente por Instituto Superior de Economia (ISE) para logo acrescentar e Gestão (ISEG), e nascem proliferamente escolas de gestão e gestão em escolas. Com o resultado que se conhece, de se confundir economia com gestão e gestão com negócios.
Não é por acaso que, no avante! da semana passada, dois artigos em actual (de José Casanova e de Vasco Cardoso, e por outras formas) colocavam a questão pertinentemente, num caso sobre a gestão da EDP, que pouco tem a ver com a produção e fornecimento de electricidade e muito com a acumulação de capital monetarizado, e a gestão bancária que apenas tem a ver com esta acumulação, em total especulação desmaterializada (D-D’).
E pode acrescentar-se (como se fará em próximos textos) a ilustração da gestão nas áreas de alimentação, vestuário, habitação, transportes, saúde, educação, cultura, banca, armamento, tráficos de vária ordem, como “neutra”, apenas avaliada (avaliados os gestores dela intérpretes… e assim remunerados) por essa acumulação de capital monetarizado cada vez mais desmaterializado, e por isso idêntica para todas elas e a todos os níveis
avante que hoje é 5ª feira
Um desfile de protesto pelas ruas do Porto deu início à nova campanha nacional do PCP, intitulada «Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda». Foi ao final da tarde do dia 24 que muitas centenas de pessoas se concentraram na praça da Batalha e desfilaram até à Rua da Santa Catarina, num protesto contra o aumento do custo de vida, que neste início de ano afecta o povo português de forma inaudita.
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Relatório de Desenvolvimento Humano 2013
Relatório de Desenvolvimento Humano 2013
China já ultrapassou o Japão como segunda maior economia do mundo, tirar centenas de milhões da pobreza no processo. A Índia está ativamente remodelar o seu futuro com criatividade empresarial e política de inovação social. O Brasil se tornou um outro motor de crescimento para o Sul, enquanto a redução da desigualdade em casa através de programas de combate à pobreza que são emulados em todo o mundo. Turquia, Tailândia, África do Sul, México, Indonésia e outros países em desenvolvimento dinâmicos também estão levando os atores no cenário mundial de hoje, oferecendo lições políticas importantes e valiosas novas parcerias para o Sul como um todo, incluindo países menos desenvolvidos de hoje.
O Relatório de Desenvolvimento Humano próxima - "Ascensão do Sul: progresso humano em um mundo diversificado" - será publicado em março de 2013. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 examinará a profunda mudança na dinâmica global que está a ser impulsionado pelas potências rápido crescimento do mundo em desenvolvimento - e as implicações desse fenômeno para o desenvolvimento humano.
China já ultrapassou o Japão como segunda maior economia do mundo, tirar centenas de milhões da pobreza no processo. A Índia está ativamente remodelar o seu futuro com criatividade empresarial e política de inovação social. O Brasil se tornou um outro motor de crescimento para o Sul, enquanto a redução da desigualdade em casa através de programas de combate à pobreza que são emulados em todo o mundo. Turquia, Tailândia, África do Sul, México, Indonésia e outros países em desenvolvimento dinâmicos também estão levando os atores no cenário mundial de hoje, oferecendo lições políticas importantes e valiosas novas parcerias para o Sul como um todo, incluindo países menos desenvolvidos de hoje.
Está a fazer falta!
Que dizer disto?
- Política
-
Política
-
Política(Rádio Renascença)(...)Que dizer disto, ou a isto?Talvez... nada!Mas é difícil resistir a um certo incómodo e náusea quando se tem da palavra "política" um outro conceito, dele derivando obrigações éticas, de exemplo para os cidadãos que todos somos.Por isso... não se diz mais nada. Assiste-se. Quase incrédulos.
terça-feira, janeiro 29, 2013
Tem de se lhes mostrar que a política e a democracia são coisas muito sérias
Saem uns mini istros para aguentar quem?
Passos avança com mini remodelação no Governo (Económico)
Passos Coelho está a fazer uma mini remodelação
governamental. De saída podem estar cinco secretários de Estado.
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Resposta a este "bluff"?
Costa avança para o PS e para Lisboa (Expresso)
António Costa vai avançar para uma candidatura à
liderança do PS, e será recandidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa,
apurou o Expresso
Notícias Relacionadas
assim se descredibiliza a política,
se indignifica a democracia.
Pode chegar-se a ditaduras
por cansaço e desinteresse
de quem tem, na verdade,
o PODER:
o povo, as gentes!
O "erro do FMI" - um bom contributo para o esclarecimento
Mail amigo fez-nos chegar este esclarecedor artigo. Transcrevemo-lo, com os agradecimentos a quem no-lo enviou e a quem o escreveu:
O erro do FMI abalou a confiança nos “ajustamentos” — Anis Chowdhury
Por Jorge Nascimento
Rodrigues em 28 Janeiro 2013
“O erro do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi importante. A
confiança com que os resultados eram apresentados jogou um enorme papel para
convencer os decisores políticos para mudarem de uma política de estímulos para
a consolidação orçamental, ainda que alguns decisores fossem provavelmente mais
inclinados ideologicamente a aceitá-lo do que outros”, afirma Anisuzzaman
Chowdhury, professor de Economia da Universidade de Sidney Ocidental, na
Austrália, e um dos académicos muito críticos da chamada “austeridade
expansionista”.
Alguns dos mais inclinados para aceitar os baixos multiplicadores orçamentais
do FMI tinham uma determinada “ideia fixa”, refere-nos Chowdhury, “ideia que
permanece ainda”. Jean-Claude Trichet, quando presidente do Banco Central
Europeu, e grande parte dos membros do ECOFIN (reunião dos 27 ministros das
Finanças da União Europeia) ficaram profundamente influenciados pelas opiniões
expostas pelo economista de Harvard Alberto Alesina em abril de 2010.
Estávamos ainda no período inicial da crise das dívidas soberanas na zona
euro. Nesse momento crucial, os políticos europeus e os banqueiros centrais
retiraram a ideia de que, em regra, a austeridade era expansionista e de que os
ajustamentos eram bem-sucedidos. Conclusão apressada que ia contra a própria
evidência da investigação de Alesina, que apontava apenas para sucesso em 19%
dos 107 eventos estudados em países da OCDE entre 1970 e 2007 e para 25% em que
se verificou efetivamente expansão posterior. É este o intervalo de
“probabilidade que a experiência histórica sugere”, alerta Chowdhury.
As diferenças de contexto
Um estudo do académico Adam Posen realizado para a Comissão Europeia em 2005
– antes da crise – concluía que 50% dos casos de sucesso de programas de
austeridade “foram acompanhados por uma política monetária expansionista que
permitiu ao crescimento ser sustentado”. Além do mais, recorda Chowdhury, há um
conjunto de fatores complementares que são decisivos, e nomeadamente o
contexto.
Os episódios estudados por Alesina e muitos outros académicos aconteceram em
períodos, desde 1970, em que não ocorreu nenhuma grande crise financeira e
económica global e em que não se observava a simultaneidade de programas de
ajustamento em países que são parceiros comerciais e partilham inclusive a mesma
moeda. “Ajustamentos estruturais ou as chamadas políticas de reformas
pró-crescimento não são muito eficazes quando as mesmas políticas são aplicadas
nos principais parceiros comerciais. Neste caso, não há procura que compense
durante a fase de declínio, o que acaba por agravar o declínio por todo o lado.
Ora isto ainda fica mais agravado quando as autoridades monetárias – os bancos
centrais – por medo da inflação mantém políticas de contração”, conclui o
economista.
Quem responde pelos erros?
O erro do FMI ficou famoso em outubro passado quando Olivier Blanchard,
conselheiro económico do fundo e diretor do Departamento de Investigação,
reconheceu no “World Economic Outlook” que o multiplicador orçamental era muito
mais elevado do que se pressupôs no desenho dos programas de gestão da crise das
dívidas soberanas nos países da zona euro, onde o FMI interveio integrado na
troika.
“Não foi dito que as estimativas eram derivadas de uma metodologia informal.
Pelo contrário, foi dada a impressão de que se tratavam de estudos rigorosos
confirmando resultados empíricos de que os multiplicadores orçamentais eram mais
pequenos”, prossegue este economista nascido no Bangladesh, que, em setembro
passado, contestou a robustez da evidência empírica da convicção da “austeridade
expansionista” na “Economic and Labour Relations Review”. Antes da Austrália,
Chowdhury já lecionou em vários pontos da Ásia e da América do Norte e é membro
do Center for Pacific Basin Monetary & Economic Studies, do Banco da Reserva
Federal de São Francisco.
O erro do FMI foi entretanto “esquecido” e sobretudo acantonado na ideia de
que se tratou de um “erro técnico” separado das políticas em que se inseriu.
Chowdhury é particularmente crítico desta postura: “Não é possível separar os
erros técnicos das políticas mais amplas. Quem é que assume a responsabilidade
dos erros?”.
O economista asiático discorda da estratégia de gestão da crise das dívidas
seguida pela troika, tanto pelo FMI como pelos europeus: “Não seguiram o melhor
caminho. Deveriam ter começado com um plano de alívio da dívida em vez de
imporem mais empréstimos com a condicionalidade dos ajustamentos estruturais.
Querer fazer reformas profundas durante uma recessão é como pedir a uma pessoa
que se está a afogar para aprender a nadar, em vez de a salvar
primeiro”.
No entanto, insiste-se!,
citando:
"não é possível separar os erros técnicos
das políticas mais amplas."
Não será demasiada cera para tão ruim defunto?
Numa das minhas (raras) incursões pelo facebook, vi-me envolvido (sem me envolver...) num turbilhão a propósito da recente morte de Jaime Neves. As suas promoções, as suas condecorações, o seu estatuto de "heroi nacional" ofendem, na verdade, quem de Pátria e herocidade tem outros conceitos.
Ainda se poderia compreender que, por espírito de corpo (militar), se vangloriasse quem, para além de militar, foi responsável e protagonista de episódios que se tornaram históricos pela crueldade e desumanidade. Mas os civis que estiveram a recato da guerra colonial e/ou dos seus horrores, e que a presidentes da República chegaram, não têm qualquer desculpa ou justificação para apagar os massacres de Tete e tudo o mais com a borracha do 25 de Novembro, assim heroicizando quem estaria disposto a trazer para Portugal o que protagonizou em Moçambique. E que outros, com bem mais ajustada heroicidade, evitaram não embarcando em aventuras e provocações.
Ainda se poderia compreender que, por espírito de corpo (militar), se vangloriasse quem, para além de militar, foi responsável e protagonista de episódios que se tornaram históricos pela crueldade e desumanidade. Mas os civis que estiveram a recato da guerra colonial e/ou dos seus horrores, e que a presidentes da República chegaram, não têm qualquer desculpa ou justificação para apagar os massacres de Tete e tudo o mais com a borracha do 25 de Novembro, assim heroicizando quem estaria disposto a trazer para Portugal o que protagonizou em Moçambique. E que outros, com bem mais ajustada heroicidade, evitaram não embarcando em aventuras e provocações.
Estarei a fazer o que pode ser tomado como velada ou não explícita crítica, ao gastar, também aqui, tanta cera com tão ruim defunto? Talvez, mas não resisto a ir aos arquivos da memória e a deles retirar um episódio da minha vida de editor (em parceria, e modesta, com outros bem mais editores que eu): a edição do livro de Alice Nicolau, na Prelo Editora-colecçãodocumentos, de Estes massacres que nos vêm do Vietnam. Esta foi uma forma de resistir à censura, ao fascismo, à guerra colonial, aos massacres que nos vinham, ou estavam para vir, de muito mais perto de nós, embora a muitos milhares de quilómetros.
segunda-feira, janeiro 28, 2013
São uns desconfiados! ...
FMI suspeita que ricos estão a fugir ao fisco (SOL)
A equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal está intrigada com a queda de rendimentos declarados às Finanças pelos empresários em nome individual e pelos contribuintes nos dois últimos escalões do IRS – que ganham acima de 66 mil euros por ano.
se não tivesse as consequências que se sabe
dava para gargalhar!...
TANTA HIPOCRISIA
"Feios, porcos e maus" - E. Scola
No sapo:
O Ministério da Economia e do Emprego garantiu
hoje ao Diário Económico que a lei que aprova o pagamento de metade dos
subsídios em duodécimos não tem qualquer lapso. A questão foi levantada depois
de ouvidos vários especialistas em direito laboral.
Notícias Relacionadas
- Erro na lei impede subsídio de férias de ser pago em duodécimos (DE)
- Trabalhadores têm até segunda-feira para rejeitar duodécimos (DE)
"Questões de moral" - 4
E dizia ele, o dito senhor Karl Marx nos seus manuscritos de 1844, que
«...a antítese entre Moral e Economia Política é em si mesma apenas aparente; há uma
antítese e igualmente não há antítese. A Economia Política exprime à sua
própria maneira, as leis morais.
A ausência de exigências, como princípio da economia política, é atestada da
forma mais chocante em sua teoria da população. Há homens
em demasia. A própria existência do homem é puro luxo, e se o
trabalhador for "moralizado" , ele será económico ao procriar.
(Mill sugere louvor público aos que se mostrarem abstêmios nas relações sexuais,
e condenação pública aos que pequem contra a esterilidade do matrimónio; não é
essa a doutrina moral do ascetismo?) A produção de homens afigura-se uma
desgraça pública.
O significado da produção com relação aos ricos é revelado no que
tem para os pobres. No alto, sua manifestação é sempre requintada, disfarçada,
ambígua, uma aparência; nas camadas inferiores, ela é crua, franca, sem rodeios,
uma realidade. A necessidade áspera do trabalhador é fonte de muito
maior lucro do que a necessidade requintada do abastado. As moradias em
porões de Londres dão mais aos senhorios do que os palácios, i. é, elas
constituem maior riqueza no que toca ao senhorio e, assim, em termos
económicos, maior riqueza social.
Assim como a indústria se reflecte no refinamento das necessidades, também o
faz em sua rudeza, e na rudeza delas produzida artificialmente, cuja
verdadeira alma é a auto-estupefacção, a satisfação ilusória
das necessidades, uma civilização dentro da barbárie grosseira da
necessidade. As tavernas inglesas, são, portanto, representações simbólicas
da propriedade privada. Seu luxo desmascara a relação real do luxo
industrial e da riqueza com o homem. Elas são, pois, adequadamente, o único
divertimento dominical do povo, pelo menos tratado com brandura pela polícia
inglesa. »
E se, numa outra tradução se pode retirar, simplificando, que
«a moral da economia política é o ganho,
o trabalho e a poupança, a sobriedade…»,
a actividade económica (da economia política) veio tornando-se uma actividade de gestão de recursos para acrescer esses ganhos (para uns) à custa do trabalho e da poupança, da austeridade (para outros).
Mas... gestão de que recursos? Dos directos?, dos que a natureza faculta e os seres humanos colhem e transformam incessantemente para satisfação das suas necessidades materiais, sejam elas "refinadas" ou "rudes"?
... a ver vamos.
OUTRA INFORMAÇÃO - Novos planos dos EUA para desestabilizar governo cubano
O "programa de democracia para Cuba" promovido pelo governo americano é uma “atividade operacional” que requer “continua discrição” sob vários "planos de transição" que Washington considera em seus esforços contra o regime do presidente Raúl Castro, segundo documento oficiais estadunidenses divulgados nesta segunda-feira (21) no National Security Archive.
Por David Brooks*, no La Jornada
Os escritos oficiais divulgados nesta segunda foram
apresentados diante de um tribunal como parte de um processo judicial promovido
por Alan Gross, um funcionário do governo estadunidense preso em Cuba em 2009
por tentar transferir, de maneira clandestina, equipamentos de comunicação para
Cuba. Gross e sua esposa Judy entraram com uma ação no ano passado contra a
Agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento Internacional (Usaid) e o
Desenvolpment Alternatives Inc (DAI), este último foi seu empregador quando foi
preso na ilha e é um dos principais aliados da Usaid, acusando-os de não ter
conseguido prepara-lo, treiná-lo e supervisioná-lo adequadamente sobre os
perigos das atividades para as quais foi enviado para a ilha.
Os textos foram apresentados diante do tribunal pela DAI na
semana passada. Um deles, marcado como "confidencial", revela que uma reunião
entre o DAI e a Usaid, em agosto de 2008, funcionários do "Programa para a
Democracia em Cuba" e Planos de Contingência relatam à empresa que "a Usaid não
está informando aos cubanos como ou porque eles precisam de uma transição
democrática, mas que a agência quer fornecer a tecnologia e os meios para
provocar a faísca que poderia beneficiar a população", e que o programa tinha a
intenção de “estabelecer uma base de onde os cubanos poderiam ‘desenvolver
visões alternativas do futuro”.
No mesmo documento mostra que “o governo
dos Estados Unidos tem entre cinco e sete diferentes planos de transição” para
Cuba e que o programa não contempla a redação de outro. Acrescenta que "não é um
projeto de análise, mas uma atividade operacional".
De acordo com outro
documento, a convocatória da Usaid para propostas de empreiteiros para o
programa em Cuba, datado em 2008, diz que o “objetivo principal do governo dos
Estados Unidos é acelerar a transição pacifica (em Cuba) para uma sociedade
democrática e orientada ao mercado, para prestar assistência humanitária e apoio
à sociedade civil. Desenvolver e, se for permitido pelas circunstâncias legais,
ativar planos para lançar uma plataforma programática de resposta rápida que
atenda aos interesses da Usaid para tomar e coordenar uma presença programada na
ilha".
Os documentos divulgados pelo National Segurity Archive, uma
organização independente de investigação dedicada a dar transparência às
atividades da política exterior do governo americano, também incluem comunicados
entre a Usaid e a DAI sobre os programas e propostas de Gross para transportar
computadores, telefones celulares e sistemas de comunicação via satélite com
para ilha.
Nos escritos figura o testemunho de um executivo da DAI
diante do tribunal em torno a denuncia civil dos Gross, no qual afirma que os
funcionários da Usaid "enfatizaram" que o programa em Cuba tinha "riscos",
particularmente "em termos de construção da rede necessária de promotores da
democracia e dos direitos humanos em Cuba". (Os documentos podem ser vistos no
site do National Security Archive: www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB411/ ).
Peter Kornbluh, analista da National Segurity Archive encarregado do
programa sobre Cuba, entre outros, comentou que durante uma reunião que manteve
com Gross em novembro de 2012, em Cuba, o americano insistiu em que “minhas
metas não são as mesmas que as do programa que me enviou", e pediu ao governo de
Barack Obama para negociar e resolver seu caso com as autoridades cubanas, entre
outras questões bilaterais.
Kornbluh considerou que a decisão do DAI de
apresentar esses documentos diante de um tribunal tem um tom chantagista contra
o governo americano. Em sua solicitação diante do tribunal para que o caso seja
descartado, a empresa afirma que "está profundamente preocupada porque o
desenvolvimento da história, neste caso, todo o conteúdo, poderá criar riscos
significativos para os interesses de segurança nacional, política externa e
direitos humanos do governo dos EUA”. Ou seja, segundo Kornbluh, trata-se de um
aviso ao governo de que se ele não intensificar seus esforços para liberar
Gross, o caso legal poderia revelar ainda mais detalhes dos programas de
intervenção americana na ilha.
Para o advogado José Pertierra,
especialista em assuntos jurídicos e políticos na relação Estados Unidos – Cuba
e envolvido na questão jurídica dos cinco (cubanos presos nos Estados Unidos,
que realizavam atividades antiterroristas para Havana na Flórida), "esses
documentos confirmam que a coisa toda é parte de um plano para desestabilizar
Cuba clandestinamente" e, ao mesmo tempo, verificar que "Gross é culpado do que
é acusado”.
Em entrevista ao La Jornada, Pertierra disse que este é
apenas o início de uma série de documentos que virão à luz pública demonstrando
que "isso não é simplesmente para fortalecer uma pequena comunidade judaica em
Cuba, mas para estabelecer uma rede alternativa de dissidentes operado em torno
dos interesses dos EUA". O advogado sublinhou que "isso é ilegal em Cuba e em
todos os países do mundo, nenhum governo soberano aceita que uma potência
estrangeira esteja envolvida em atividades domésticas, cujo objetivo é promover
a mudança de regime."
Pertierra concluiu que "oxalá, por rações
humanitárias, liberem Gross. Como, por razões humanitárias, os Estados Unidos
libere os Cinco. Claro que os dois casos não são os mesmos. O que é argumentado
aqui está certo: “o programa de Gross pretende desestabilizar Cuba; os cinco não
eram para desestabilizar os Estados Unidos, mas estavam trabalhando para
prevenir atos de terrorismo contra Cuba lançados e patrocinados pelos Estados
Unidos”.
David Brooks é jornalista mexicano correspondente do La
Jornada nos Estados Unidos
(Tradução: Leo Ramires, do Portal
Vermelho
em vermelho)
domingo, janeiro 27, 2013
A manifestação dos professores - informação complementar
Aqui, pelo anónimosecxxi, verificou-se tardiamenete que a informação deixada
sobre a grande manifestação dos professores ficara incompleta e, até, possibilitando eventuais leituras ambíguas.
É que, aqui, foi dito que ".... nem os porcos impediram...", e para quem não tenha estado lá, ou não tenha visto a televisão à noite poderia pensar que se estava a escrever em sentido figurado e que "os porcos" seriam alguns agentes contra-manifestações ou pró-manifestações outras que não aquela que foi (e tão grande foi) que tivessem procurado perturbá-la.
É que, aqui, foi dito que ".... nem os porcos impediram...", e para quem não tenha estado lá, ou não tenha visto a televisão à noite poderia pensar que se estava a escrever em sentido figurado e que "os porcos" seriam alguns agentes contra-manifestações ou pró-manifestações outras que não aquela que foi (e tão grande foi) que tivessem procurado perturbá-la.
Não. Aqueles porcos a que aqui se fazia referência eram literalmente porcos, suínos bácoros, recos. Eram uns pobres animais que vinham (eventualmente) para
um matadouro e que tiveram um acidente, espalhando-se às centenas (os muitos que
sobreviveram) pela A1, criando um caos no trânsito que, com alguma estranheza, se
prolongou até à noite.
Disso fomos testemunhas no nosso regresso a casa, já passava das 21 horas, e vimos a reportagem já em casa, instalados no sofá da televisão, com mais "tempo de antena" que a manifestação dos professores, como hoje de manhã a "primeira" do DN...
Disso fomos testemunhas no nosso regresso a casa, já passava das 21 horas, e vimos a reportagem já em casa, instalados no sofá da televisão, com mais "tempo de antena" que a manifestação dos professores, como hoje de manhã a "primeira" do DN...
sábado, janeiro 26, 2013
Uma grande manifestação dos professores!
Fui a Lisboa por duas razões. Uma muito pessoal e aniversariante.
Mas a de ter estado, professor reformado, nesta manifestação, teria sido suficiente. Ter-me-ia dado, de novo, a grande satisfação de ter sido mais um. Activamente solidário. Em luta.
... nem os porcos impediram
que esta fosse uma grande manifestação!
A luta continuaRÁ!
"Questões de moral " - 3
Tendo-me servido de Manuscritos de 1844 do jovem Marx - não para enfileirar com aqueles marxólogos que, para diminuirem a influência de Marx o seccionam em vez de procurarem encontrar a unidade dialéctica de um pensamento que não termina com a sua morte física, em 1883, mas por ter, então, 25/26 anos -, guardo, como trampolim para estas questões (de moral) a frase de que a economia política, "se bem que se dê o ar de procurar a bem-aventurança terrestre, é na realidade uma ciência moral, a mais moral das ciências".
No entanto, assim será numa asserção de "moral" diversa da que é do senso comum, que tem uma valoração... moral, ética. Até porque, como também escrevia Marx, com muita ironia, se perguntassem à Economia (da família da Política) se as suas regras de comportamento se adequavam a esse senso comum da moral, ela mandaria os interpelantes irem falar disso com as "primas", a dona Moral e a dona Religião, que ela, a Economia tinha as suas próprias regras e "essas coisas" de valorações morais eram de outras jurisdições.
Claro que as ditas "primas" corroborariam, solidárias, mostrando-se, aliás, muito disponíveis para atenuar os efeitos eventualmente perversos (moralmente...) das leis da Economia, com as suas "boas acções", a caridadezinha que lhes serve de razão de ser enquanto amparo para os desfavorecidos da Economia, ou os "vencidos da vida" que não tertúlia de escritores e intelectuais.
No entanto, há nestas formulações muitos equívocos. O primeiro - porque é o que salta para as teclas... - é que, ao falar-se de Economia (da família, ou ramo, da Política), se pode, sobretudo nos tempos de hoje, esquecer, ou intencionalmente confundir, a Economia Política com a Finança Pública que, ainda que irmãs entre si, não são gémeas e deveriam complementar-se e não substituir-se. Acresce que a Economia Política, se de alguma mana é gémea, é da Economia da Empresa, e tanto que os amadores (e beneficiários) de confusões até as querem tratadas da mesma maneira, quando são muito diferentes, e o macro-objecto da Economia Política nunca pode ser assimilado, ou mesmo assemelhado, aos micro-objectos da mana Economia da Empresa.
Por outro lado, em nome do ramo (ou da ascendência da Política), há que dizer que a Economia tem a sua moral, falando mesmo Marx, em traduções fieis, da economia política da moral. Ou seja, há uma moral da Economia Política, e esta tem uma moral que é a sua. Como definiram os seus teóricos clássicos e os neo que os continuaram. De que Marx fez a crítica, que os que se querem marxistas têm a obrigação de continuar.
Ah!, e não vale endossar para as "primas" responsabilidades que são suas, da Economia e das relações de forças sociais em que se concretiza.
Mas estas serão questões (de moral) a tratar em reflexões próximas.
Por outro lado, em nome do ramo (ou da ascendência da Política), há que dizer que a Economia tem a sua moral, falando mesmo Marx, em traduções fieis, da economia política da moral. Ou seja, há uma moral da Economia Política, e esta tem uma moral que é a sua. Como definiram os seus teóricos clássicos e os neo que os continuaram. De que Marx fez a crítica, que os que se querem marxistas têm a obrigação de continuar.
Ah!, e não vale endossar para as "primas" responsabilidades que são suas, da Economia e das relações de forças sociais em que se concretiza.
Mas estas serão questões (de moral) a tratar em reflexões próximas.
sexta-feira, janeiro 25, 2013
Uma coisa que ouvi...
... na televisão, enquanto almoçava num restaurante:
"... se bem que isto seja deles é o nosso trabalho que está aqui!"
Levantei a cabeça do prato e das notas com que vou acompanhando as refeições que faço só.
Uma cara de mulher, de trabalhadora. Que sabia o que dizia!
O tema era as destruições feitas pelo mau tempo em algumas instalações industriais.
Uma notícia e uma pergunta - Reestruturação hospitalar no Oeste
Uma notícia e uma pergunta a merecer resposta:
na sexta-feira
Parlamento vota reestruturação hospitalar no Oeste
por Agência Lusa, publicado por Helder Robalo
A Assembleia da República tem agendada para sexta-feira a votação de dois
projetos de resolução e a discussão de uma petição contra a reorganização de
serviços hospitalares na região Oeste e o fim de valências hospitalares em
Alcobaça.
A petição foi entregue em abril pelos Utentes de Saúde dos
Concelhos de Alcobaça e Nazaré, que exigem a manutenção dos serviços do
hospital de Alcobaça, nomeadamente a sua urgência básica. Os mais de nove mil
subscritores alertam para o aumento do risco de vida para doentes de Acidentes
Vasculares Celebrais, enfarte do miocárdio e politraumatizados e das despesas
de deslocações para irem a consultas e exames. Os peticionários referem que
"está em causa a manutenção do Serviço Nacional de Saúde" para 72 mil
habitantes, a qual pode abrir caminho ao setor privado da saúde. Se Alcobaça
deixar de ter a urgência básica, os utentes querem passar a estar referenciados
pelo Hospital de Santo André, em Leria, que fica a 20 minutos de distância. O
Partido Socialista apresentou, em outubro, um projeto de resolução a recomendar
ao Governo a suspensão da reorganização dos cuidados hospitalares na região. No
documento, os deputados Odete João, João Paulo Pedrosa, Basílio Horta, Carlos
Zorrinho, Marcos Perestrello, Nuno André Figueiredo e Acácio Pinto afirmaram
que a reestruturação proposta para o Oeste "assenta exclusivamente em
critérios contabilísticos e financeiros, sem salvaguardar o direito à
saúde" e sem conhecer os impactos para a população. Os socialistas
recomendam ao Governo que inicie um período de discussão pública, de modo a
adequar as respostas às necessidades e anseios das populações. Um outro projeto
de resolução deu entrada este mês na Assembleia da República e é subscrita
pelos deputados do Bloco de Esquerda João Semedo, Pedro Filipe Soares, Helena
Pinto, Cecília Honório, Catarina Martins, Mariana Aiveca, Luís Fazenda e Ana
Drago. No documento, os bloquistas defendem a manutenção das valências do
hospital de Alcobaça e a referenciação dos seus utentes pelo hospital de
Leiria, bem como a manutenção do hospital de Alcobaça no Serviço Nacional de
Saúde. Para o Bloco de Esquerda, os 15,9 milhões de euros da poupança estimada
pelo Ministério da Saúde com esta reestruturação "prejudica muito as
populações, que se verão afastadas do acesso a diversos serviços de saúde
fundamentais e de proximidade".
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PORQUE RAZÃO ASSUMIRAM OS DEPUTADOS DO PS POSIÇÃO CONTRÁRIA QUANDO DA ANÁLISE DA REESTRUTURAÇÃO DO
Centro Hospitalar do Médio Tejo,
QUE TÃO PREJUDICIAL TEM SIDO PARA AS POPULAÇÕES?
publicado por usmt
Entrevista a Arménio Carlos na antena 1
«O secretário-geral da CGTP considera que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) “não é feito ingenuamente, nem é um relatório técnico, como alguns querem fazer crer”.
Arménio Carlos acusa o governo de decidir o corte de 4 mil milhões de euros sem dialogar com os parceiros sociais, fragilizando o diálogo social e pondo em causa o “funcionamento da democracia”.
Há um ano na liderança da central sindical, Arménio Carlos afirma que Cavaco Silva tem que credibilizar o exercício da Presidência da República, porque a Constituição não pode estar ao serviço dos credores. O sindicalista refere ainda que, na reunião que teve com o chefe de Estado, Cavaco Silva lembrou mais uma vez que a Constituição não está suspensa.
Nesta entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Arménio Carlos é questionado se sente um alívio pela saída de João Proença da liderança da UGT e responde que “isso não é relevante”. Arménio Carlos explica que nunca foi apresentado ao futuro líder da UGT e recusa fazer juízos de valor em relação a Carlos Silva, porque uma coisa é o que ele diz e outra é o que fará.»
"O PR e a Constituição?
Se não está suspensa
é para cumprir..."
Excelente (como o resto)!
Ilhas de um arquipélago
Um ser humano é uma ilha.
E cada vez mais o pode ser,.ilha e isolado das outras ilhas que são os outros, em razão de se sentir isolado por cortado das vias de comunicação que são produto do trabalho de todos, e de que alguns, como classe social, se apropriaram. E gerem ao serviço dos seus interesses.
Mas, sendo ilhas, somos arquipélagos. Cada vez mais. Porque temos essas vias de comunicação que para nós produzimos - as estradas, os barcos, os aviões, o domínio das "ondas", marítimas e aéreas. E, quando nos faltam estas vias, ficamos isolados, ilhas ausentes de arquipélagos. Perdidos, esquecidos do que fomos. Das velas, dos candeeiros de petróleo... dos "tam-tans" e sinais de fumo que são as raízes da "net" e de coisas dessas.
Porque a comunicação se nos tornou imprescindível. Para que, ilhas, sejamos arquipélagos. Não para que, ilhas, mais ilha nos sintamos. Quase em desespero.
Olá!, VIVAM.
Dar a volta!
À ilha?
Não!,
ao arquipélago.
ao arquipélago.
quinta-feira, janeiro 24, 2013
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