À distância, visto por quem lá estava, houve uns espectadores que desceram uns degraus da bancada e, ouvido por quem lá estava, bateram violentamente no tecto do "banco" com as mãos e o que tinham à mão, gritando coisas - inaudíveis... mas decerto amabilidades - para quem, em baixo e por essa divisória protegido - mas não do barulho -, sentado no dito banco (vi)via intensamente o que se passava no recinto onde se jogava renhidamente.
E mais viu quem lá estava.
Viu a gente que estava debaixo das palmadas de uns e do guarda-chuva de uma senhora, estes em exercícios de percussão no tecto de plástico transparente, levantar-se e gesticular e trocar impressões - decerto amavelmente, embora em tom algo elevado e dissonante... - com quem por cima de si estava e lhes viera ofertar concerto e "missa cantada".
E viu também, com estes que a terra há-de comer, dois senhores polícias, um de cada lado da divisória do batuque, a testemunharem o barulhento evento.
Ainda viu, quem também se levantou do seu distante lugar para melhor ver, o senhor árbitro vir lá do outro lado do recinto e mostrar um cartão vermelho que, por sinalética para a mesa, se ficou a saber ter sido para o nº 7 do JO.
Houve quem fotografasse, embora não tivesse meios técnicos para gravar, e assim se comprova que os cívicos fardados nada fizeram para além de testemunharem e de moderarem o que - parecia! - serem ânimos por demais, ou demasiado, agitados.
E o jogo prosseguiu com outras vergonhas finais por parte do mesmo senhor do apito que não viu uma bola entrar e sair da baliza do JO mas que, para compensar, viu - mas só ele viu...- um penalti a favor do SCM, e ainda puxou de outro cartão de vermelha côr para "compensar" outro atleta do JO, este sem cadastro como parece que se pretende que seja o caso do tal nº 7, Gonçalo Favinha de seu nome, que, se palavrões disse, não chegaram audíveis onde quem lá estava, e tudo procurava perceber, revoltado ficou... embora calmo se tivesse mantido.
Chega assim?
2 comentários:
Existem pessoas que contestam o que recebem, por ser relativamente baixo. Dentro destas pessoas, existem aquelas que exercem profissões de risco elevado, e que, na minha opinião, merecem aquilo que exigem.
Agora, aquilo que 'eu também' vi,leva-me a perder um pouco dessa consideração... Só falta dizerem que, fardados, fazem greve...
Obrigado, Nuno, por mais este testemunho... que, aliás, lhe pedi oportunamente por tão próximo estar do que eu só ao longe vi.
Na minha interpretação, a partir do que vi e de quem quis ouvir, os senhores guardas podiam e deviam, se tivessem actuado profissionalmente, evitado o incidente.
E nem cartão amarelo levaram...
Mas não entremos no aspecto das remuneração que se recebem e que serão ou não merecidas, e em questões sindicais porque maus profissionais há em todas as profissões e, como diz o outro, não é uma andorinha, ou duas, que fazem ou desfazem a primavera.
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