E este título do Ruben Fonseca (que escritor admirável!) não me sai da cabeça:
Há um partido político português que adoptou como símbolo a foice e o martelo. Desde a sua fundação, em 1921.

por omissão apesar de tantas lembranças?, ou será, talvez, sabe-se lá, a capela da Conceição?
E para quando a implosão dos Castelos, com honras de presidente a dar ao embolo?
Ao menos, façam réplicas em cera para o museu de Fátima, numa secção a abrir chamada exemplares de arte não-sacra ou amostras do profano destruído.



Para se ter a ideia da importância do prémio que acaba de ser atribuido ao escritor Luandino Vieira, que nasceu na Lagoa do Furadouro embora se considere angolano, mais do que o seu montante (100 mil euros), deve referir-se quem o recebeu, dos escritores em língua portuguesa, desde que foi instituído, em 1989:Miguel Torga, João Cabral de Melo Neto, José Craveirinha, Virgílio Ferreira, Rachel Queiroz, Jorge Amado, José Saramago, Eduardo Lourenço, Pepetela, António Cândido, Sophia de Mello Breyner Andersen, Autran Dourado, Eugénio de Andrade, Maria Velho da Costa, Ruben Fonseca, Agustina Bessa Luís e Lygia Fagundes Telles.

O “Palito” adiou o caloroso “bom dia”, sorriu e, com ar de homem calmo e controlado, abriu a boca:
Não que o pai fosse avesso a leituras. Tinha “outra” cultura. Lia pouco.
O gajo finge-se irritado mas, no fundo, eu rio nos meus bigodes... e ele nas suas barbas.
Até porque gosto de ver estas contas da Som da Tinta.
Não vá isto pôr em causa a minha requintada paparoca e outras mordomias a que estou habituado...

capa de Tomaz Xavier de Figueiredo,
em que tive o pudor de meter o meu nome...
O PRIMEIRO LIVRO
Quando levantou o telefone, mal ouviu o ansiado já chegou saltou porta fora, gritando à atónita secretária não demoro nada.
O carro arrancou numa chiadeira e não teve acidentes no curto trajecto porque deus põe a mãozinha não apenas por debaixo do menino e do borracho.
Na Rua do Mundo, deixou o carro onde calhou e subiu a quatro-e-quatro os degraus do nº67.
Ao manusear o livro, ao cheirar a tinta ainda fresca, ao ler o seu nome pela primeira vez numa capa, sentiu grande emoção.
Maior, só quando, meses depois, ajudou a nascer o primeiro filho.






...mas tinhamos de trazer uma "graça" para o Mounti.
