domingo, novembro 09, 2008

Apeteceu-me escrever isto:

Enquanto aqui trabalho, estou a ouvir(-me) na comunic, e apeteceu-me corrigir e acrescentar umas coisas ao que disse.
Fica esta ideia:
O novo Presidente da República dos Estados Unidos foi eleito criando muitas ilusões em muita gente, e até euforias. Há que lutar para que não as frustre todas. Que haja mesmo algumas mudanças, mesmo que não se possam esperar rupturas... a partir desta eleição.
E lembrei-me de que, nos anos 80, houve muitas ilusões num homem, relativamente a mudanças que eram urgentes na URSS, e se transformaram em rupturas, obrigando a dois passos atrás na História.
E se acontecesse o contrário? Ora aqui está uma ilusão que é só minha!...
E não resisti a vir escrevê-la.

10 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, ainda à pouco ouvi um camarada dizer que chorou quando viu algumas imagens lá dos States a propósito da eleição do Obama. É um facto que o homem tem intelegência e joga bem com as ideias e as palavras: yes we can; we can believe in; I´m asking you to believe in yours. Não sei falar inglês, mas entendo o que aquelas frases indicam quanto mais não seja pelas imagens emocionadas dos presentes. Por isso quer-me parecer que também nós aqui em Portugal podemos dizer para derrotar esta política de direita, yes we can. Km 110, B M A

Anónimo disse...

a realidade é por vezes dura, mas arrastar a visão de uma irrealidade será torná-la mais dura ainda, como também defendo que os processos de ilusão/desilusão são um retrocesso à alerta de consciências, também tenho confrontado as vozes de ilusão, não é fácil, mas tenho tentado fazê-lo com calma e algum malabarismo...e a maior parte das pessoas até pensa e no fundo também duvida. pois o exemplo que dás é claríssimo! seria bom que de facto acontecesse o contrário...

Anónimo disse...

Eu sabia que apesar de tudo lhe ia apetecer escrever isto,mesmo que a nota do seu partido já tivesse posto um catálogo e arrumado numa prateleira,que deve ser grande,o homem que os americanos elegeram para seu presidente Barack Obama.Tal como aconteceu com muita gente eu tambem chorei no dia da aclamação no congresso democrata do candidato,onde vi delegados homens e mulheres negros,gente simples e modesta da minha idade e mais velhos do que eu,que já conto 63 anos,com as lágrimas correndo pelo rosto,felizes pela dignidade resgatada.Á volta desta candidatura foi criado um grande movimento de apoiantes e simpatizantes,uma mobilização de vontades sobretudo dos jovens,mas tambem dos imigrantes hispanicos,dos reformados,das mulheres,das minorias.Como eu acredito que os povos em movimento é que fazem mudar as sociedades,para mim esta candidatura teve esse mérito.

Sérgio Ribeiro disse...

Que não haja confusões! Estou totalmente de acordo com a nota de imprensa do meu Partido. Tanto a subscrevo que a transcrevi.
O que me levou a escrever o que escrevi tem a ver com a ilusão de mudanças que que adiam rupturas que são necessárias e que não se podem esperar de Obama; e, no sinal contrário, com mudanças que eram necessárias e que, por várias razões, incluindo traições, se transformaram em rupturas indesejáveis, na minha perspectiva de Humanidade. Que, se virmos bem, andará muito próxima de quem espera de Obama o que ele até já afirmou que não fará.
Porque... isso sim, há tudo a esperar dos povos em movimento! Sem qualquer quebra na luta, que as ilusões podem provocar

Olaio disse...

Curiosamente já me tinha passado essa idéia pela cabeça... esperemos que não fique por ai.

Anónimo disse...

Será mesmo uma ilusão, caro camarada. E se o não fosse?!... Nos EUA não há problema nenhum em assassinar presidentes indesejáveis bem como os assassinos dos assassinos. Que bom seria que eu estivesse enganado!...

Anónimo disse...

Como é que os EU vão sair da crise, se forem honestos para o resto do mundo?
Abraço

Justine disse...

Não era desengraçado que tal acontecesse!!

Fernando Samuel disse...

O grande capital que financiou a campanha do Obama (e a do McCain...) não brinca em serviço...



Abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Agradecendo a todos terem dado alguma atenção ao "devaneio", apenas acrescentaria, ao que tão pertinentemente observou o Fernando Samuel, que, "não brincando em serviço", alguns dos que apoiaram com milhões de milhões as campanhas foram à falência e outros "nacionalizados". Não é interessante?
O complexo industrial-militar é que o grande risco para a Humanidade!