terça-feira, janeiro 20, 2009

O dia de hoje

Pronto! Também vou escrever umas palavras. Que hoje é dia de palavras. Como se as palavras fossem o que as palavras deveriam ser.
Hoje é um dia de grandiloquentes palavras. De grandiloquências. No culminar de dias cheios de palavras. Não de palavras vazias, não, mas de palavras esvaziadas. Em outra língua que não a nossa, para a nossa língua tra(du)zidas.
Pois que seja assim. Ou que assim seja!
Usemos, pois, as palavras. Hope igual a esperança, change como se fosse mudança, we can o mesmo (e depois!) de sim, é possível!
Mas não esqueçamos as outras palavras. Também nossas. Algumas só nossas. E mal ditas por outros. As palavras que ficarão - ah!, disso estou certo... se é que não é a única certeza que tenho?! - depois das palavras em Obamoda, em uso e abuso. Em USA e abUSA.

5 comentários:

Justine disse...

Excelente, acertado e acerado jogo de palavras!

Maria disse...

Não vi a "coisa". Preferi o eurosport... mas fatalmente ao ouvir as notícias (que raio de vício) dou de caras com... ele mesmo.
Vamos ver quanto tempo dura a obamoda.

Anónimo disse...

O dia de hoje é um dia histórico para os americanos,que o digam os que lutaram e lutam pelos direitos civicos.E afinal não passou assim tanto tempo desde que o pai de Obama não podia frequentar um restaurante de brancos até ao dia que o filho tomou posse como Presidente dos EUA."Eu tive um sonho",e o sonho comanda a vida

Sérgio Ribeiro disse...

... o que me parece absolutamente fundamental ter presente, ou de que é vital tomar consciência, é que aquilo que a comentadora Patrícia é verdade e tem de ser sublinhado, mas não é menos fundamental e vital TER DE acrescentar
... apesar de
e
assim é porque muito se lutou e muitas vítimas ficaram pelo caminho
e
não nos podemos deixar iludir
e a luta tem de continuar - e talvez mais difícil - para evitar que as reais conquistas da luta (pela Humanidade mais humana ou menos desumana) não sejam armas pereversamente utilizadas pelos interesses que de tudo foram capazes para as procurar evitar, e que contra mais avanços continuam a usar toda a sua força não recuando perante a violência, a guerra, o que for.

miguel disse...

um bom punhado de futuros desiludidos... 5 milhões só em Washington DC a ouvir o homem em directo... É um povo mal-tratado, coitado, esse o americano.