segunda-feira, setembro 07, 2009

Reflexões lentas e curtas, e sob influência... da Festa e de outras coisas e conversas

O outro momento na Festa que aqui me traz a balanço foi o "belo e estraordinário comício". E que belo e extraordinário comício foi aquele, camarada Jerónimo!

Não meto nestas reflexões a noite de ópera. Só vivido. Que ambiente! Apenas diria que nas horas que ali, na noite de sexta-feira, se viveram estiveram pedacinhos de futuro, da sociedade por que lutamos de que falou Jerónimo de Sousa.
O discurso do secretário-geral do PCP foi um discurso de luta, aguerrido, cheio de força, estimulado e estimulador. E não me venham com confrontos com a postura da véspera no debate televisivo com Sócrates, ou até com Louçã. Não mudou o discurso face aos contextos e às audiências. Foi o mesmo discurso adequado ao tempo e às circunstância em que foi dito. Foram faces de um mesmo discurso. Quem quiser comprová-lo veja e leia uma e outra das faces.
Há uma frase que retive e que, agora, fui procurar e reler com um particular gozo. Reproduzo-a:

"... não seremos governo a qualquer preço, por meros arranjos e acordos artificiais a pensar mais nas postas e nas pastas que na política a concretizar e à margem dos compromissos assumidos com o povo e com as forças sociais que aspiram, lutam e votam pela mudança e ruptura com a política de direita."

Discurso perfeito? Há disso?!
A meu critério, teria gostado, por exemplo, de um pouco mais de autárquicas, mesmo que tivesse de ser com o sacrifício de um pouco menos de legislativas. São duas eleições e uma campanha, e no que o discurso teve de campanha, como inevitavelmente tinha de ter, as eleições para as autárquicas teriam ficado algo desvalorizadas. E aí, nessas eleições, somos e temos poder! Que nem sempre saberemos fazer valer na luta que é só uma. E que continua. Contínua!

4 comentários:

Fernando Samuel disse...

Olha que os jornais não dizem nada disso... portanto, a acreditar neles, tu não estiveste na Festa...

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Na verdade, às vezes teríamos de nos beliscar para acreditar que estamos vivos e a ver as coisas com os nossos olhinhos. É que aquilo que nos dão como informação é de tal maneira desinformação, deformado, deformativo, formatado!...
De qualquer modo, valha-nos o calo que vamos tendo e os testetunhos de tantos que somos. Cá por mim, testemunharei, onde for preciso, que tu estiveste lá e sei que farás o mesmo relativamente a mim!
E somos tantos a dizermo-nos isso e a dizê~lo a todos os outros, aos que não foram lá!

Abraços

Maria disse...

Excelente post!
A Festa devia durar mais um dia. Ou dois. Para termos mais um pouquinho de tempo para vermos tudo e para os abraços que ficaram por dar...

Graciete Rietsch disse...

Estou de acordo com o comentário anterior. 3 dias é pouco muito pouco. Por isso eu estou tão cansada. Viva a FESTA.