sexta-feira, janeiro 17, 2014

Mas o que é isto?.. é "isto"!

Chefe de gabinete de Miguel Macedo
demite-se por causa de contrato
com ARS de Lisboa

Alexandra Campos – no Público de hoje
                                                                   
A divulgação do contrato firmado pela Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo com uma empresa para serviços de consultoria e assessoria da reforma hospitalar da região, por ajuste directo e no valor de 74 mil euros, já teve consequências.
Criada pelo ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Miguel Oliveira, a empresa POP Saúde — Planeamento, Organização e Prestação de Cuidados de Saúde, tem como sócia a sua mulher, Rita Abreu Lima, que era chefe do gabinete do ministro da Administração Interna desde 2011.
Rita Abreu Lima decidiu pedir a demissão do cargo, alegando que não teve qualquer influência nem fez “diligências para a celebração do contrato” e que “a criação da empresa não teve por fim esta específica contratação de serviços”adiantou o jornal i. O pedido de demissão foi aceite pelo ministro Miguel Macedo.
Depois de ter passado por vários ministérios, Rita Abreu Lima chegou a ser responsável pelo departamento de recursos humanos do INEM, entre o final de 2006 e 2008.
Nessa altura, o presidente do INEM era o actual responsável pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro.
O acordo entre a ARS e a sociedade de Miguel Oliveira e Rita Lima foi célere, com o procedimento a ser autorizado no dia 2 de Janeiro por Cunha Ribeiro, o contrato assinado a 10 e o ex-presidente do INEM a dar início às suas funções esta terça-feira.
A POP-Saúde foi criada no dia 3 de Janeiro.
Cunha Ribeiro alega que Miguel Oliveira é a pessoa indicada para o cargo, pela experiência e formação que possui. Ao PÚBLICO disse ainda que o valor de 30 euros à hora que o médico recebe é o adequado para a tarefa que vai desempenhar — o acompanhamento da reorganização da urgência metropolitana e da reforma hospitalar na Grande Lisboa.

Esta contratação acontece depois de a ARS ter nas mãos os resultados de um estudo sobre a reforma da rede hospitalar feito pela consultora Antares Consulting e que custou 90 mil euros.

É isto, 
é um istmo, 
é uma ponta (das muitas do iceberg)
Até pode ser tudo perfeitamente legal, 
dentro das regras.
Mas é, evidentemente, 
promíscuo, 
ilegítimo, 
compadrio
 é... "isto"!

3 comentários:

O Puma disse...

O que mais preocupa

é a canalha ter sido eleita

Olinda disse...

Ê sô lodo!A apetencia que esta gente tem para tratar das suas vidinhas,deixaria qualquer delinquente envergonhado.E sabemos que nao sao casos isolados.

Um beijo

Graciete Rietsch disse...

Tudo caminhando no mesmo sentido.

Um beijo.