quarta-feira, março 04, 2015

Escandaloso

O modo como a comunicação social tratou o Encontro Nacional do PCP de sábado passado foi verdadeiramente um escândalo.
O 3º partido do espectro político (não em nº de deputados... mas assim já foi e voltará a ser!) já estará calejado para tratamentos discriminatórios, que resultam da sua natureza de classe e da sua coerente postura, mas desta vez (pareceu-me...) que se abusou.
Nem valerá a pena gastar muita cera com tal facto - para além da sua denúncia - e abundar nas razões que o teriam justificado (muito assunto "relevante" entre os PS/PSD esuas "misérias", proximidade de eleições, grupos e grupinhos a formarem-se à volta de indivi dualidades). Mas já necessário é procurar compensar o ensurdecedor silêncio com alguma divulgação.


No próprio dia 28 de Fevereiro, Expresso num canto de página par, titulava (sem referência ao Encontro)
  

Ora a resolução do Encontro não refere esse "pedido de saída do euro" questão que, aliás, o PCP tem tratado com toda a seriedade que merece, a partir da posição clara - desde sempre! - de que mau foi Portugal entrar para a UEM e adoptar o euro, e que melhor seria que lá não estivesse... mas também com enormes cautelas quanto a afirmações peremptórias, acautelando e minorando as consequências de uma necessária saída para libertar o país da subalternidade, da dependência e do atraso (intervenção de João Ferreira), para o que o euro foi instrumento e a subordinação ao BCE/UEM contexto.
O que a resolução (http://www.pcp.pt/resolucao-do-encontro-nacional-do-pcp-nao-ao-declinio-nacional-solucoes-para-pais) explicita é que se está em pleno em "Uma campanha de expressão e dimensão nacionais, que leve em conta a intervenção junto de camadas e sectores prioritários, que privilegie o conjunto de questões presentes nas preocupações e nas aspirações populares, que contribua para esclarecer e expor as causas e origens da situação económica e social que atinge o País e a vida de milhões de portugueses, que potencie o percurso de intervenção corajosa e consequente do PCP e da CDU em defesa dos interesses e direitos do povo, que desfaça equívocos sobre a forma de votar na CDU ‒ Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV". E a resolução sublinha que essa campanha se faz "Numa situação internacional complexa, em que se cruzam os perigos decorrentes da acção do imperialismo e das forças que se lhe associam em cada País com afirmações de vontade soberana dos trabalhadores e dos povos..." (... o melhor é ler toda a resolução, que nem é muito longa!)
E que cada um, como parte indispensável da luta de todos, se esclareça e exponha (e expondo ou divulgando se esclareça) as causas e as origens  da situação económica e social que atinge o País e a vida de milhões de portugueses. Só assim se romperá este cerco de silêncios e de informações controladas e manipuladoras.  

3 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

É isso mesmo!
Escandaloso!

Olinda disse...

Pois,em ano de eleicoes,a coisa piora!

Bjo

Olinda disse...

Pois,em ano de eleicoes,a coisa piora!

Bjo