Breves “auxiliares de memória”
para compensarem a invasão “informativa”
com que se apagam factos e manipula a História
1-BREXIT
· Quando, em 1951 (CECA) e em 1957
(CEE e CEEA),
plenipotenciários de 6 Estados europeus (Bélgica,
França, Holanda, Itália, Luxemburgo e República Federal da Alemanha) assinaram
os tratados que os tornavam estados-membros das “comunidades”, a formalização
democrática exigiu a ratificação soberana dos povos, directa ou por seus
representantes eleitos.
· Quando, em 1972, as “comunidades”
se alargaram
a 9 (Dinamarca, Reino Unido, República da Irlanda) assim
foi também e só não passaram a 10 porque, na Noruega, os noruegueses não
ratificaram o acordado entre os negociadores
· Quando, em 1976, se alargaram
a 10 (Grécia) e,
em 1986, a 12
(Espanha e Portugal) repetiu-se o procedimento formalmente democrático
· Com 12 Estados-membros, o
Acto Único, enquanto
preparação de um novo tratado (Maastrich – com os objectivos
mercado único e coesão económica e social), de novo houve ratificação, embora
com várias declarações anexas
· Com o Tratado de Maastrich,
começaram a pôr-se em
causa as
ratificações, apesar das campanhas de “informação”
o os dinamarqueses não
ratificaram “à primeira”
o e, com os britânicos, impuseram
a novidade do
“opting out”
(ficar de fora em algumas áreas)
· Em 1992, pela segunda vez,
os noruegueses recusaram
a adesão de novo negociada
· Os suecos recusaram a moeda
única, aderindo
ao “opting out”
· A “Constituição Europeia” seria
o passo seguinte
o após
ratificação pelo parlamento da Eslovénia e da Grécia e da sua ratificação, por
via de referendo em Espanha, em 2005, os referendos em França e na Holanda não a ratificaram,
o que provocou uma reavaliação do processo de ratificação de tratados através
de referendos que iria culminar com a adopção do Tratado de Lisboa (2007), procurando evitar-se a via
referendária
o no entanto, não foi
conseguido impedir a exigência de referendo na Irlanda (República da), o que alterou
o calendário previsto de
ratificação pelos Estados-membros em 2008
o os irlandeses não ratificaram, mas essa decisão
foi “revertida” num segundo referendo realizado
em 2009.
Quando os referendos começaram a dar resultados
não desejados pelos interesses da classe dominante, não obstante toda a máquina
de propaganda e manipulação, ou se acaba com eles ou se arranjam artes e manhas
para que se repitam até “reverterem” a vontade expressa pelos eleitores, ou
seja, pelo povo. Isto é… que é democracia!
A(s) história(s) é(são), por
vezes, escabrosa(s).
(H)aja memória. Veja-se o
actual “folhetim” do BREXIT!
1 comentário:
Com ou sem Brexit,a UE prosseguirá a sua política neoliberal ,com todas as contradições existentes.Cada vez mais questionada pelos povos europeus,a UE cavará a sua própria sepultura,e não haverá desinformação que a sustente.Bjo
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