domingo, junho 30, 2019
quinta-feira, junho 27, 2019
Como se faz "in(de)formação"!
Estou a trabalhar, ao computador, e recebo uma notificação do DN:
PCP veta Marisa Matias para líder de grupo parlamentar europeu
PCP veta Marisa Matias para líder de grupo parlamentar europeu
Ainda com reminiscências vivas (vividas) do funcionamento das instâncias do PE, logo me pareceu desinformação.
Não surpreendido, claro!
Mais tarde, outra notificação me informou:
NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DOS DEPUTADOS DO PCP AO PE
Sobre o processo de constituição do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL)
para a presente legislatura do Parlamento Europeu
Como tem sido prática no início de cada legislatura, está a decorrer no seio do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) do Parlamento Europeu o debate sobre a sua constituição e organização interna, ainda não concluído.
Neste âmbito, está em discussão a reafirmação dos princípios de funcionamento do Grupo Confederal GUE/NGL que, constituído ao longo de várias décadas, tem na tomada de decisão por consenso e no respeito pela soberania de decisão e independência política de cada uma das suas delegações princípios basilares, essenciais à continuidade do próprio Grupo.
Está também em discussão, no estrito respeito pelos referidos princípios de funcionamento do Grupo, uma proposta de regimento interno, assim como a composição dos órgãos do Grupo, nomeadamente a sua Presidência, Vice-Presidências, Secretariado-geral e eventuais responsabilidades do Grupo ao nível do Parlamento Europeu.
Neste processo de auscultação e debate – no qual participam as 19 delegações de 13 países que constituem o Grupo – foram apresentadas diferentes propostas. Porém, nenhuma das propostas relativas à Presidência do Grupo reuniu o consenso necessário.
Uma dessas propostas, relativa à Presidência do Grupo, veiculada por alguns órgãos de comunicação social em Portugal, demonstrou não ser consensual, como foi manifestado por várias forças políticas, de diferentes países. Ao contrário do que alguns querem fazer crer, é esta, e não outra, a razão que conduziu a que essa e outras propostas não tenham preenchido esta condição essencial no quadro da aplicação dos princípios do Grupo.
Tendo em vista facilitar o processo negocial que decorre, o Bureau do Grupo decidiu nomear uma presidência colectiva, com carácter interino, integrada pelo Partido Comunista Português, pela Aliança Vermelha e Verde (Dinamarca), pelo Bloco de Esquerda e pela A Esquerda (Alemanha), assumindo esta última força política o papel de “presidente em exercício” do Grupo e a sua representação formal junto do Parlamento Europeu.
O PCP continuará a intervir neste processo procurando contribuir para uma solução consensual, no quadro do respeito pelos princípios fundamentais de funcionamento do Grupo GUE/NGL – como a sua natureza confederal; a tomada de decisões por consenso; a igualdade entre as suas delegações e o respeito pelas suas diferenças; ou ainda a sua autonomia e identidade própria e distintiva face a outros grupos políticos do Parlamento Europeu e outras estruturas ou espaços de cooperação.
Naturalmente, o PCP não aceitará a violação destes princípios ou um qualquer posicionamento ou decisão que seja imposta contra esses mesmos princípios.
Como se tem verificado até agora, é na base do respeito mútuo e da cooperação construtiva que se têm de encontrar soluções que melhor sirvam a intervenção distintiva do Grupo e não com a introdução de elementos de descaracterização política ou de ambições sectárias de protagonismo.
terça-feira, junho 25, 2019
I’m not… nem conservador nem inglês… but
No pressuposto de que somos
uma cambada de ignorantes e estúpidos, às vezes excedem-se!
Antes de mais, uma
“declaração de interesses”: apesar de todos os descontos que se lhe possa fazer
pela imagem que ele dá, e dele me dão, não tenho qualquer sim/empatia por Boris
Johnson, pela sua postura e discurso. Ponto final, parágrafo.
Dito isto, acho esta “peça”
exemplar, por excessiva, de uma comunicação manipuladora e desvirtuadora da
informação que antecede actos eleitorais. No caso (de que o
DN é apenas mais um veículo), com a intenção de fundo de conseguir anular, não
importa quais os meios, o resultado claro de um referendo, cujo voto foi
favorável à saída do Reino Unido da U.E., não da Europa!... pois, fora ou
dentro da U.E. somos todos europeus... ou os noruegueses e os suíços e outros
não são europeus?, isto para não falar do chamado Eurogrupo que é um grupo mais
pequeno dentro de um grupo maior?
Assim, com concertadas
encenações, se abrem as portas aos perigosos nacionalismos e nacionalistas, ao
fascismo.
Logo no cabeçalho, o epíteto de "cobarde" colado a um de dois candidatos que passaram por sucessivos crivos, sem se saber quem assim o etiqueta embora colocado entre aspas o que
pressupunha autoria identificável. Depois, ainda no lide, outra etiqueta, a de “brexiteer”, e que “surgiu” (!) como favorito à sucessão de May.
No começo do artigo, a
explicação da “cobardia” porque, estando “debaixo de fogo”, se recusou a
comentar o que teria sido divulgado por um jornal (The Guardian): uma discussão
entre ele e a namorada que, pelas suas proporções, teria levado vizinhos a
chamar a polícia que, vinda ao local, “falou com os ocupantes do apartamento que
disseram que estava tudo bem”. Mais tarde, numa entrevista na televisão, o chamado “brexiteer” recusou comentar o caso,
se acaso caso o foi, dizendo (isto ouvi eu!) que
estava ali para responder a outras questões.
A seguir ao comentar
sibilino “como se isto não chegasse” (!), o segundo parágrafo do artigo é
dedicado às “eventuais ligações a Steve Bannon”, a partir do mesmo jornal,
segundo o qual este director de campanha e estratega de Trump “terá dado conselhos
a Boris Johnson”. O que Boris Johnson nega ter acontecido, ao que foi contraposta a “revelação”
de um vídeo em que Bannon diz tê-lo aconselhado e ter trocado mensagens tendo nas mãos (como prova?) um jornal em
que Boris voltara a escrever como colunista depois de sair do governo
britânico.
Depois, entra na “peça” “o
segundo maior financiador” do partido (magnata dos táxis) a exigir que Boris
Johnson se explique, que esclareça “o que de facto se passou entre ele e a namorada”!
Desta situação resultaria… a
queda nas sondagens, ilustrada por uma misturada entre dados relativos a
primeiro-ministro, em que entram todos os eleitores como universo e os dados relativos
à votação para a liderança dos conservadores, em que só estes contam e é a que está em causa, onde Boris Johnson mantêm vantagem relativamente confortável.
Para terminar como começa, o
artigo recorda o calendário eleitoral e enfatiza a possível ausência do Boris
no próximo debate noutra estação de televisão.
Boris Johnson recusa debate com Jeremy Hunt:
"Está a ser um cobarde"
Sky
News anuncia que debate entre os dois finalistas na corrida à liderança
conservadora foi cancelado. Financiador dos Tories exige explicações de Boris
Johnson, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e brexiteer radical que surgiu,
até agora, como favorito à sucessão de Theresa May
24 Junho 2019 — 13:25
Boris Johnson, de
55 anos, está debaixo de fogo depois de o The Guardian ter divulgado o conteúdo de uma discussão entre ele e a namorada,
Carrie Symonds, no apartamento desta, em Londres. Depois de a polícia ter sido
chamada ao apartamento nas primeiras horas da madrugada de sexta-feira, quando
os vizinhos se queixaram de gritos e objetos a partir, Boris Johnson recusou
comentar o caso. A polícia falou com os ocupantes do apartamento que
disseram que estava tudo bem.
Como se isso não
fosse suficiente, Boris depara-se agora com revelações sobre as suas eventuais
ligações a Steve Bannon. mais uma vez feitas pelo mesmo media. O antigo diretor
de campanha e estratega do presidente norte-americano, Donald Trump, terá dado
conselhos a Boris Johnson em relação ao discurso que ele fez no Parlamento
pouco tempo depois de se ter demitido em julho de 2018 da chefia da diplomacia
britânica, em desacordo com a forma como a primeira-ministra, Theresa May,
estava a negociar o Brexit. No passado, Boris Johnson negou que isso tenha
acontecido.
O jornal britânico The Observer (a edição de domingo do The Guardian) revelou um vídeo
filmado a 16 de junho de 2018, em Londres, para um documentário sobre Bannon
intitulado The Brink. No vídeo este fala
dos conselhos que deu a Boris Johnson para o discurso que ele daria naquela
tarde. "Tenho estado a falar com ele durante todo fim de semana sobre este
discurso", diz Bannon à realizadora Alison Klayman, que lhe pergunta se
eles têm falado ao telefone: "Andamos para trás e para a frente através de
mensagens, é mais fácil", responde. Nas mãos tem o The Daily
Telegraph, o jornal para o qual Boris tinha voltado naquele dia
a escrever como colunista após deixar o governo britânico.
Esta segunda-feira
o The Guardian anunciou que John Griffin,
o segundo maior financiador dos Tories, exigiu que Boris Johnson se explique. O
magnata dos táxis, que doou 4 milhões de libras para os conservadores nos
últimos anos, considera que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros britânico
deve esclarecer o que de facto se passou entre ele e a namorada naquele
apartamento londrino.
"Merecemos
uma explicação acerca dessa discussão e ele deve lidar com isto de forma
apropriada. Não pode assumir que vamos continuar a apoiá-lo sem sequer dar
nenhuma explicação. É provável que vá ser primeiro-ministro e a maioria dos
membros querem apoiá-lo. Mas se uma pessoa não fez nada de errado, deve
dizê-lo", declarou Griffin, citado por aquele jornal britânico.
Boris Johnson
começou, entretanto, a cair nas sondagens. Um estudo de opinião divulgado neste
domingo pelo Mail on Sunday revela o
impacto das notícias sobre a chamada da polícia à casa que Boris Johnson
partilha com a namorada, Carrie Symonds, em Londres. Na quinta-feira, antes de
o The Guardian revelar o caso, ele era
apontado por 36% dos eleitores como o melhor primeiro-ministro face a 28% do
adversário na corrida, Jeremy Hunt. Entre os eleitores conservadores (são os
militantes do partido que vão fazer a escolha), Johnson surgia com 55% das intenções
de voto face a 28% de Hunt.
Contudo, na
sondagem posterior, feita no sábado, entre todos os eleitores, o atual chefe da
diplomacia ultrapassa o antecessor: Johnson é considerado o melhor
primeiro-ministro por 29% dos inquiridos, com Hunt a chegar aos 32%. Entre os
eleitores conservadores, Johnson também dá um tombo, mas continua à frente de
Hunt, com 45% face a 34%.
Apesar de este
frente-a-frente na Sky News não se realizar, marcado está já, para julho, um
outro debate entre Boris Johnson e Jeremy Hunt na ITV News, numa altura em que
os boletins de voto já terão sido enviados pelo correio para os militantes do
Partido Conservador. Falta ver se a esse o Boris comparece ou não. O sucessor
de Theresa May no N.º 10 de Downing Street deverá ser conhecido a 22 de julho e
a sucessão acontecer a 23 de julho. À sua espera, o novo chefe do governo
britânico terá o explosivo dossiê do Brexit, o qual terá que acontecer até 31
de outubro.
segunda-feira, junho 24, 2019
"ESTAR PERMANENTEMENTE EM GUARDA"...
- Edição
Nº2377 - 19-6-2019
Ver,
ouvir e depois
Com a «redefinição de conteúdos» a que o
«Jornal do Fundão» procedeu recentemente, foi extinta a área de crítica de
televisão que aquele jornal mantinha há cerca de quarenta
anos. Em consequência, a crítica de TV, que em tempos teve muita leitura na
imprensa portuguesa e um consequente impacto na consciencialização dos
telespectadores perante a carga televisiva que diariamente recebem, ficou
reduzida aos notáveis textos de Bernardo de Brito e Cunha na edição em papel do
«Jornal de Sintra» e a esta magra coluna. Se nos lembrarmos de que a televisão
é um meio de comunicação social com uma «tiragem» de milhões distribuída ao
domicílio e que entra pelos olhos e ouvidos de cada cidadão, isto é, com um
incomparável poder de penetração, ficamos com alguma ideia acerca da sua
relevância social, política, cultural, e apercebemo-nos de que uma reflexão
acerca dos seus conteúdos é como o direito/dever de defesa mínimo que cabe a
cada cidadão. É essa reflexão que cabe à crítica fazer, no elementar direito de
opinião, e também suscitar no telepúblico como fundamental atitude de
autodefesa. Perante o televisor não basta ver e ouvir: é preciso confrontar os
conteúdos televisivos com outras fontes, lembrar quem escolheu aquelas
mensagens e não quaisquer outras, e porquê. A crítica de televisão pode ajudar.
Em guarda
A crítica de televisão pode ajudar, e
decerto por isso não tem tido uma existência fácil ao longo das décadas em que
vem acompanhando a quotidiana convivência dos cidadãos com a TV. A coisa chegou
ao ponto de, no tempo sombrio do fascismo, os mais impactantes textos de
crítica de televisão, os de Mário Castrim no «Diário de Lisboa», terem sido
terminantemente proibidos e o seu regresso só se ter verificado na sequência de
uma verdadeira pressão popular. Esse tempo passou, hoje a imprensa respira
melhor (mas nem sempre tão fundo quanto se supõe e quanto seria necessário),
mas a crítica de TV continua escassa e débil. Como se não fosse necessária,
isto é, como se uma reflexão acerca dos conteúdos que nos são diariamente
injectados não fosse indispensável. E aqui caberá uma espécie de advertência:
em verdade, na televisão tudo é informação, sem exclusão dos enredos das
telenovelas e das notícias aparentemente anódinas. Sem exclusão dos bons
momentos de TV, toda a televisão tem lastro, digamos assim. Pelo que é preciso
estar como que permanentemente em guarda. Para nosso bem. E também talvez para
bem dela.
Correia da Fonseca
E é oportuno lembrar,
entre tantos textos de mais de meio século de intervenção de Correia da
Fonseca, o que ela escreveu em 2000, na abertura do livro que integrava crónicas suas publicadas
no âmbito da colaboração no Diário do Alentejo:
domingo, junho 23, 2019
sábado, junho 22, 2019
Os pequenos prazeres...
... de um sábado que proporcionou esta leitura. Inteligente e culta. E este trabalhinho de "corte e costura" para a tornar acessível.
Só que, como se poderia tirar a moral (!) do escrito: essa coisa a que JPP chama esquisitamente chama alteridade de política, essa diferença no principal, nas causas, não é no acessório, no dito entre esquerda e direita! É entre classes! Cuja luta é a História.
sexta-feira, junho 21, 2019
A falta de pessoal nos serviços públicos
O QUE FAZ FALTA!
COMO RESOLVER?
COMO AVISAR A MALTA?
COMO AVISAR A MALTA?
Etiquetas:
35 horas,
Rita Rato,
serviços públicos
EUA-IRÃO ... mais algumas perguntas
... AFINAL, O DRONE NÃO TINHA TRIPULANTE
(quem è que descobriu isto, quem foi?)
... AFINAL, QUEM É QUE COMETE "ERROS"?
... QUEM É QUE NÃO O DEIXA COMETER O "ERRO" FINAL?
(até quando?
... e agora?... que irá acontecer?
A televisão, do alto da prateleira onde a colocaram, atira-me para a mesa do restaurante onde janto:
IRÃO ABATEU DRONE MILITAR DOS EUA
Tento ouvir o que dizem, mas o ruído em volta não deixa. Não é notícia que interesse, que faça suspender uma garfada ou cale uma risada... E no entanto...
E, no entanto..., rabisco na toalha de papel:
perigo para a Humanidade
com esta escalada de tensão EUA-Irão
- havia um acordo
- que lado o rompeu?
- porquê?, para quê?
- a quebra do acordo teve alguns apoios?
- (... além de Israel)
- E AGORA?
que vontade de ir de mesa em mesa com este papelucho!
quarta-feira, junho 19, 2019
PARTILHANDO...
de as palavras são armas... como merece:
Eles, os mesmos de sempre!
(imagem escolhida: mulheres e um bebé, claro!)
Andrés Manuel López Obrador (AMLO) foi eleito Presidente do México por mais de 30 milhões de eleitores. Nestes primeiros seis meses de governo '4T' (quarta transformação) o seu governo, a uma velocidade nunca alcançada, proporcionou aos mais humildes, estudantes e ao proletariado rural e fabril direitos e condições jamais conseguidas.
Motivo para que “Organizações, intelectuais e ativistas de todo o mundo denunciem a alarmante militarização em territórios zapatistas”.
Entre as personalidades internacionais que assinaram o documento, encontram-se três portugueses sempre muito alarmados quando alguém como AMLO, afirma que no México o neoliberalismo acabou por ter dado provas dos seus malefícios.
Para que conste as personalidades lusas, são estas e assim designadas:Boaventura De Souza Santos, Francisco Louçã (Economista, miembro del Consejo de Estado, Portugal), Jorge Costa (diputado del Bloco de Esquerda en el parlamento de Portugal)
Tão preocupados quando o povo se liberta!
A virtual idade das moedas virtuais
A propósito de uma nota lida no “curto” de hoje
(…) Mark Zuckerberg não é um dos mais de 150 nomes na lista de participantes do Fórum do Banco Central Europeu que hoje termina em Sintra. Há governadores de bancos centrais, economistas famosos, jovens promessas da academia e até responsáveis políticos como o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Todos juntos para, num ambiente informal, refletirem durante três dias sobre um grande tema que, este ano, são os 20 anos da União Económica e Monetária. Mas nenhum deles é o fundador do Facebook que, coincidência ou não,decidiu transformar-se ontem numa espécie de banqueiro central da era digital com o lançamento da Libra.
Enquanto em Sintra, Mario
Draghi animava os mercados ao sinalizar que pode voltar a carregar
no acelerador e regressar ao programa de compra de dívida, Zuckerberg apresentava a sua nova moeda digital
nos EUA. Já se conhecia a intenção do gigante tecnológico mas
só agora foram revelados os detalhes da nova ‘moeda’ (…)
fui rever matéria (que, aliás, está sempre presente por esta minha
fixação da importância crucial da desmaterialização da moeda… desde Agosto de
1971!).
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Duas notas do arquivo:
20.12.2017
O mundo anda louco com o disparo da bitcoin mas, na verdade, não é
a única criptomoeda do mercado. Há muitas e todas podem ganhar com a febre que
se tem vivido. O Wall Street Journal lançava mesmo a questão: que moeda digital será a próxima bitcoin?
Avante,14.12.17
Século VII – Bolha das túlipas
Século VII – Bolha das túlipas
As famosas tulipas holandesas, um dos símbolos do país, estão na
origem do que ficou conhecido como «tulipomania», um estranho fenómeno que
parecia impensável na sociedade conservadora protestante de uma Holanda em
plena expansão económica. Tudo terá começado nos finais do século XVI quando o
botânico Carolus Clusius plantou no seu jardim bulbos de túlipas que trouxera
de Constantinopla (actual Istambul, na Turquia) para fins medicinais. A beleza
da então rara flor atraiu a atenção e a cobiça. O roubo e venda de bulbos que
se seguiu deu início a um lucrativo negócio que afectou todo o país. Todos
queriam ter acesso às túlipas; como a procura excedia a oferta, começou a
especulação. Sendo o período de floração sazonal, os especuladores contornaram
o problema passando a vender «contratos de tulipas» através dos quais os
compradores se comprometiam a comprar determinada tulipa na época própria. Tal
como as plantas, os contratos passaram a ser negociados, originando o primeiro
mercado de derivados do mundo. Até ao dia em que os compromissos não foram
respeita os e a crise da túlipas rebentou: foi a primeira bolha do mercado
financeiro. A depressão económica provocada durou vários anos. A bolsa, como se
sabe, sobreviveu.
©
REUTERS/ Dado Ruvic/Illustration
Quando e por que
bitcoin colapsará?
07:38 20.12.2017URL curta
Desde o
início de 2017, o preço do bitcoin cresceu 1.800%. Entretanto, vários
especialistas do mundo financeiro preveem o fim da era dessa criptomoeda.
Dmitry Golubovsky, analista da empresa financeira Kalita-Finance, não está
de acordo que essa moeda virtual seja o início de um novo sistema financeiro
que substituirá o existente, e observa "uma
tendência completamente diferente".
"Tomam a tecnologia de cadeia de blocos, eliminam o componente de
mineração e a divisa criptográfica e aplicam-no como uma nova tecnologia
informática", explicou o especialista em entrevista ao portal ridus.ru.
Deste modo, a tecnologia "blockchain" será aceita pelas
instituições financeiras clássicas de maneira incondicional, opinou
Golubovsky.
Com sua legalização, esta criptomoeda perderá o anonimato e
as transações descontroladas – as qualidades básicas que a
popularizaram – e a lenda de que o bitcoin substituirá os mercados financeiros
existentes chegarão ao seu fim, afirmou o analista.
O diretor do departamento de investimentos da empresa IC Piter Trust,
Mikhail Altynov, expressou uma posição idêntica. Para ele, o fiasco das teorias
financeiras é observado devido ao comportamento irracional dos investidores no
mercado ligado a traços psicológicos e de caráter.
No caso do bitcoin, suas circunstâncias são somadas ao fato de que a moeda
digital não possui nenhum valor razoável, escala de preços nem valor
intrínseco. "Pode ter qualquer
cotação, porque é um fenômeno que não tem ponto de referência algum",
situação que se dá no contexto de
"clara obsessão massiva que está aumentando", disse o analista.
Para Altynov, "prever o preço do bitcoin é como determinar quem
elegerá júri do concurso de beleza em um manicómio: uma tarefa
impossível".
Anteriormente, especialistas falaram sobre o colapso da moeda digital –
bitcoin. Em abril de 2016, o diretor-geral do serviço de transferência
internacional TransferWise, Taavet Hinrikus, declarou que a moeda "estaria
morta" no segundo trimestre deste ano.
A revista Forbes, por sua vez, já constatou o fim da criptomoeda duas vezes:
em 2011 e 2015. "O preço do bitcoin chegou ao seu máximo, é pouco provável
que comece a crescer novamente. Na verdade, não passa de uma pirâmide
financeira complexa", informou a revista há dois anos.
Hoje em dia, ninguém se arriscou a prever a data exata do colapso do
bitcoin, embora o cepticismo quanto às suas perspectivas ainda seja bastante
considerável.
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12.02.2018
George Soros:
“O Bitcoin é uma bolha mantida pelos ditadores”
O legendário trader de moedas e titã de fundo
de hedge, o filantropo George Soros, conversou no World
Economic Forum 2018 em Davos, na Suíça. No final de suas
observações, uma pessoa no público perguntou sobre o que ele pensava sobre as
criptomoedas em geral e o Bitcoin em
particular.
Um moderador do evento
perguntou ao Sr. Soros, “Alguem
disse que você é um especulador de moedas. O que você acha das criptomoedas? O
bitcoin é uma bolha e você tem uma posição em criptomoedas?”
O Sr. Soros sorriu e
respondeu: “Bem”, ele riu enquanto coçava a cabeça momentaneamente, “a
criptomoeda é um nome incorreto, e é uma bolha típica que sempre se baseia em
algum tipo de mal-entendido”.
Sua especulação de moeda
não é como a maioria. Os movimentos monetários do Sr. Soros condenaram as
economias inteiras. Basta perguntar ao Banco da Inglaterra. Ou a maior parte da
Ásia em um momento ou outro. Moeda? Você pode dizer que ele sabe um pouco, sim.
Balbuciando para colecionar
seu próximo pensamento, o Sr. Soros esclarece:
“Bitcoin não é uma moeda.
Uma moeda é suposto ser uma loja estável de valor. E uma moeda que pode flutuar
em 25% em um dia não pode ser usada, por exemplo, para pagar salários, porque
os salários (não) podem diminuir 25%
por cento em um dia. Então, é uma especulação baseada em um mal-entendido”,
ressaltou.
Bitcoin para
evasão fiscal
Se ele realmente entende a
tecnologia e não unicamente porque sua volatilidade existe pode ser um erro que
está além do escopo da reportagem atual. Mas ele está preparando sua linha de
pensamento:
“Há também uma tecnologia
Blockchain muito inovadora que pode ser usada para fins positivos ou
negativos”, disse ele quase como uma
reflexão tardia.
“Atualmente o Bitcoin é
usado principalmente para evasão de impostos e para as pessoas nos governos em
ditaduras para construir um nicho no exterior. Recentemente, agora, houve uma
conferência em que, em vez de discutir as condições na Rússia, eles discutiam
principalmente o bitcoin, porque isso era o que os governantes estavam
interessados”, explicou Soros, incrédulo.
Na verdade, os líderes
mundiais têm falado bastante sobre criptomoedas nas últimas semanas, e o
assunto está dominando grande parte da imprensa financeira
terça-feira, junho 18, 2019
A arma(dilha)... e confirmação
... e no seguimento do que "postei" há pouco:
O que confirmo (seria
preciso?) com o Público de hoje, em que o dito Blanchard afirma que “as regras do euro podiam ser as certas antes,
agora não são”… e quando é que temos força para (na nossa abordagem) dizer:
&-----&-----&
Quando as taxas de juro eram altas acrescreram a armadilhada dívida,
agora que as taxas baixaram não seria a altura de negociar o que resultou de um
excesso ou exorbitância?
&-----&-----&
É tudo uma questão de correlação de forças porque o que está no âmago
das decisões que acabam por prevalecer é a manutenção dos mecanismos de
exploração.
Etiquetas:
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divida,
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