sábado, março 14, 2020

Sobrevivência e Todos

Neste estado (de estádios com espectadores ausentes ou fechados a sete chaves para ninguém entrar), pois (dizia eu...) neste estado em que estamos (estamos em que estado?, a que estado chegámos!?) os governos viram-se obrigados a serem executivos e não só executores. E, mais coisa menos coisa..., os governos da governança global e cada vez mais financeirizada e neoliberal tiveram de puxar pelos desdoirados galões. Mais ou menos e cada um à sua maneira, apesar da OMS, OCDE, Davos,UE., OTAN e etc.
Aqui em Portugal, o governo que temos por sorte (é  maneira de dizer) arregaçou as mangas e procurou afinar o verbo. Usou duas palavras-chave: sobrevivência e todos. Como se fossem inquestionáveis e convincentes. E fechassem (ou abrissem) todas as portas.
Mas não são!
À minha conta ou cont(a que é m)inha saltam dúvidas e questões.
Resumo. Por agora: 
Sobrevivência... de quem?, de quais? do sistema?
Todos... são mesmo todos?... é que há todo o mundo e ninguém, já lá dizia o Mestre Gil.

Temos de estar, TODOS, muito atentos. Por uma questão de SOBREVIVÊNCIA. De todos e nenhuns. 

3 comentários:

João Baranda disse...

Olá Sérgio
Pensar coletivamente, certo ... mas não se esqueça de se proteger a si, também ... pouco contacto com os seus netos ... e filhos.
E combatendo os açambarcamentos, egoísmos ou sofreguidões ... (como Saramago tão bem retratou no "Ensaio sobre a Cegueira").
E amanhã lá estarei no nosso vilipendiado SNS (nas Caldas) a tentar ajudar ... embora sinta que faz falta uma forte voz de comando e disciplina das "tropas".
Um abraço amigo
João Baranda

Justine disse...

Excelente texto, com chamadas de atenção para as coisas mesmo importantes!

Sérgio Ribeiro disse...

Obrigado, Justine!
Meu Caro Baranda. Que bom reencontrá-lo por aqui!
E obrigado pelos conselhos!
Estou de acordo consigo. Este é (pode ser) um momento de necessária (sempre!) reflexão. De "pedir contas" às opções societais que privilegiam o indivíduo, a economia do lucro, que preterem (ou até agridem) o colectivo, o social.
Voz de comando? Certo... mas chamar-lhe-ia direcção única e indiscutiva, cumprindo decisões discutidas, democráticas, obrigando todos a respeitá-las. EM CONSCIÊNCIA. mesmo os que, em desacordo, tivessem expresso a sua posição e não tivessem tido vencimento.

Desculpe a prosa longa, mas estou em el(o)ucubrações.
Forte abraço