quinta-feira, julho 15, 2021

Ainda (e sempre!) CUBA, SIM!

  - Nº 2485 (2021/07/15)


Cuba defenderá a sua soberania 
face a intentos desestabilizadores

Internacional

O presidente Miguel Díaz-Canel reafirmou a determinação de Cuba de defender o seu direito à soberania e independência face aos intentos desestabilizadores promovidos a partir dos Estados Unidos da América.

O chefe do Estado de Cuba denunciou o incremento de uma campanha através das redes sociais, que pretende criar matrizes de opinião com o fim de desacreditar os esforços que faz a Revolução Cubana para garantir a saúde e a vida do povo. Numa conferência de imprensa, na segunda-feira, 12, Díaz-Canel referiu-se aos protestos realizados na véspera por grupos de pessoas em algumas cidades do país com os quais, disse, se pretende justificar a necessidade de uma «intervenção humanitária» estrangeira.

Disse que Cuba necessita de solidariedade, que jamais recusou, e da suspensão imediata das 243 medidas de reforço do bloqueio implementadas pelo ex-presidente Trump e mantidas pela administração de Joe Biden. Instou o presidente norte-americano a escutar o clamor mundial e a pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba desde há seis décadas.

Noutra intervenção, essa no domingo, 11, em Havana, para partilhar com o povo informações sobre as provocações orquestradas por elementos contra-revolucionários, organizados e financiados a partir dos EUA com propósitos desestabilizadores, o também primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba considerou que «aos EUA tem perturbado muito, durante 60 anos, o exemplo da Revolução Cubana».

Evocou a complexa situação económica provocada pelo bloqueio, agravada pelo recrudescimento das medidas coercivas visando asfixiar a economia do país. Tais medidas restritivas cortaram as principais fontes de divisas – o turismo, as viagens de cubanos e americanos à ilha, as remessas dos emigrantes. Tudo isto acrescido do plano de desacreditação das brigadas médicas cubanas, já que através dessa colaboração o país obtém também o ingresso de divisas.

Esta situação, explicou, provocou falhas no abastecimento de alimentos, medicamentos, matérias-primas e consumíveis para poder desenvolver o processo económico e produtivo.

 

Defender a Revolução

No meio destas condições muito difíceis, chegou a pandemia de COVID-19, que afectou não só Cuba mas também os EUA e outros países economicamente mais poderosos. Estes, apesar das suas riquezas, «têm indicadores em relação ao enfrentamento da pandemia que mostram, em muitos casos, piores resultados que os de Cuba».

Foi com enormes dificuldades que Cuba enfrentou a pandemia, «partilhando entre todos o pouco que temos». E, mesmo assim, conseguindo criar cinco candidatos vacinais, um deles já reconhecido como vacina, «a primeira vacina da América Latina contra a COVID-19», evidenciou Díaz-Canel, lembrando que Cuba já está a vacinar a sua população, num processo que demora algum tempo.

No momento em que, tal como outros países, Cuba enfrenta um pico epidémico – de que sairá mais cedo do que tarde –, os que «sempre apoiaram o bloqueio, os que serviram como mercenários, lacaios do império yankee,«de maneira muito cobarde, subtil, oportunista, muito perversa» começam a aparecer com doutrinas de «intervenção humanitária», de «corredor humanitário», para promover a ideia de que o Governo cubano não é capaz de sair desta situação, como se estivessem interessados no bem-estar e na saúde do povo», e, manipulando as dificuldades, procuram organizar manifestações e distúrbios, denunciou o presidente.

Díaz-Canel enfatizou que «em Cuba as ruas são dos revolucionários» e que o Estado, o Governo revolucionário, guiado pelo Partido, têm toda a vontade política para discutir, para argumentar e para participar com o povo na solução dos problemas, mas «reconhecendo qual a verdadeira causa dos nossos problemas, sem nos deixarmos confundir».

Por isso, convocou todos os revolucionários do país, todos os comunistas, «a sair às ruas em qualquer lugar onde haja essas provocações, hoje, a partir de agora e em todos os dias». E reafirmou: «Os revolucionários e, na primeira linha, os comunistas, defendemos a Revolução acima de tudo. E, com essa convicção, estamos já nas ruas, não vamos permitir que ninguém manipule a situação, nem que ninguém possa defender um plano que não seja cubano, que não seja de bem-estar para os cubanos e que seja anexionista. Para isso convocamos os revolucionários, os comunistas de Cuba».


PCP apela à solidariedade
com a Revolução Cubana

O Partido Comunista Português expressou a sua solidariedade com Cuba, o Governo e o povo cubanos que, enfrentando uma situação exigente e complexa inseparável da intensificação da acção de ingerência e de agressão do imperialismo, se empenha de forma determinada no combate à epidemia, na defesa da sua soberania e independência e dos seus legítimos direitos, incluindo ao desenvolvimento.

Numa nota divulgada pelo seu Gabinete de Imprensa, no dia 12, o PCP valoriza os esforços e os avanços alcançados por Cuba no combate à epidemia no seu País e na solidariedade que prestou e presta a outros países e povos no âmbito da saúde pública, incluindo face à pandemia.

O PCP condena veementemente a política da actual administração norte-americana que não só insiste na continuidade do criminoso bloqueio económico, financeiro e comercial, com carácter extraterritorial, imposto há mais de 60 anos pelos EUA contra Cuba e o povo cubano, como mantém as medidas de cruel recrudescimento deste bloqueio implementadas pela Administração Trump, particularmente durante o período da pandemia, visando impedir o acesso a bens essenciais, como medicamentos e alimentos, assim como o desenvolvimento económico deste país caribenho.

O PCP denuncia a hipocrisia daqueles que, expressando uma enganadora preocupação com o povo cubano, ocultam deliberadamente a política de ingerência e de agressão dos EUA – incluindo a existência do bloqueio e os seus efeitos – que atenta violentamente contra a soberania e a independência de Cuba e os direitos do seu povo.

Denunciando e repudiando as acções de desestabilização e provocação que os EUA promovem, instrumentalizando cinicamente as nefastas consequências do bloqueio pelo qual são responsáveis, o PCP salienta o exemplo de coragem e dignidade de Cuba e do povo cubano e apela à solidariedade com a Revolução Cubana e à exigência do fim do bloqueio dos EUA contra Cuba, como foi reiterado pela Assembleia Geral das Nações Unidas no passado mês de Junho.

1 comentário:

Olinda disse...

Os yanquis conhecem muito mal o povo cubano.Já deveriam ter aprendido ao longo de mais de meio século que o povo de Cuba não se rende,que a insígnia "Pátria o Muerte"é para cumprir.Milhões de pessoas no mundo estão solidários com Cuba soberana.Bjo