O
reciclado e omnipresente PdaR, para fim do ano, escolheu o tema da imigração…
veio ele falar de solidariedade,
denunciar as condições que levam a essa migração e da necessidade de melhorar
as condições deshumanas em que estão a ser acolhidos (e explorados) os imigrantes?
Qual quê?… veio referir a "juventude" que os imigrantes trouxeram ao nosso espectro demográfico
e sublinhar, explícita e subliminarmente, a contribuição que vieram dar ao “mercado
do trabalho”, isto é, a ajuda a diminuir a pressão e a luta dos trabalhadores
portugueses por melhores salários e combate à precariedade, com a consequência
de tornar o país, ainda mais, dos ricos.
&-----&-----&
Depois,
virado o número do ano, entrado em 2022, o PdaR veio falar (muito fala ele…), trazer
a mensagem de Ano Novo, e não encontrou melhor que lançar a palavra-chave de “virar
a página”, que só pode descodificar-se como mudança de maioria
parlamentar e de estratégia governamental; outra não pode ser a leitura de tal
frase, como decorre de currículo de quem a adopta e não pode esconder a filiação partidária e de
postura no xadrez político; "virar a página” do esforço de
recuperação das consequências de uma troika que tem de ser lembrada e não apagada ou "páginas rasgadas e/ou esquecidas", colocar um fim nas estratégias
marcadas por uma decisiva importância de forças políticas com a primordial
finalidade de melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das populações?
Sem comentários:
Enviar um comentário