- Nº 2510 (2022/01/6)
Um alto responsável venezuelano, Elvis Amoroso, denunciou recentemente perante a Organização das Nações Unidas (ONU) o roubo dos activos do seu país no exterior por parte dos governos de alguns países, nomeadamente da Europa e América do Norte.
Durante o debate da 9.ª conferência dos Estados partes da Convenção das Nações Unidas contra a corrupção, que se desenrolou em meados de Dezembro em Sharm El-Sheikh, no Egipto, o representante da Venezuela denunciou o que chamou «uma rede de corrupção desenhada por governos no mundo». Afirmou que «há milhões de dólares em ouro e dinheiro depositados em bancos europeus que não se puderam utilizar».
Contra a Venezuela, disse, aplica-se uma nova modalidade de corrupção, a triangulação, a qual é desenhada e apoiada por alguns Estados que procuram apoderar-se de empresas e recursos que legalmente pertencem ao país sul-americano.
«Os governos dos Estados Unidos da América e da Colômbia reconheceram e apoiaram um ex-deputado que se autoproclamou como presidente interino numa praça, com o único propósito de arrebatar e apoderar-se de empresas importantes que a nossa pátria tem no exterior», como são a corporação petrolífera Citgo (nos EUA) e a petroquímica Monómeros (na Colômbia), explicou.
Recordou que o ouro depositado no Banco de Inglaterra e o dinheiro que ascende a mais de um milhão de dólares em bancos portugueses, foram roubados, facto sem precedentes a nível mundial.
Acrescentou que os corruptos e responsáveis desses saques, acusados de acordo com distintas leis da Venezuela, refugiam-se na Colômbia e nos EUA, aonde vivem como magnatas.
Isto, alertou, não pode continuar a acontecer e a Convenção da ONU contra a corrupção deve alertar todos os seus membros para acabar, de uma vez por todas, com esse tipo de acções, para evitar que outros países em desenvolvimento sofram pilhagens semelhantes.
O presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes da Venezuela têm denunciado em muitas ocasiões o roubo de activos financeiros do país, no valor de milhões de dólares, pelos EUA e seus títeres, dificultando ou impedindo o acesso do povo venezuelano a vacinas, medicamentos, alimentos e outros bens de primeira necessidade.
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