segunda-feira, agosto 15, 2022

Reflexões lentas - OSCE, ONU?!... para quê se há a NATO!

Há, decerto, quem não concorde com alguns comentários. Nem Avelãs Nunes alguma vez se terá distraído da sua posição de sempre de recusa do pensamento único. A começar, evidentemente, por não pretender que os seus comentários únicos sejam e esgotem a interpretação dos factos, e que as citações, em que abunda, façam o pleno do que os factos motivam. O que ninguém, com um mínimo de seriedade intelectual, pode deixar de reconhecer (e de agradecer) é o incomparável contributo de Avelãs Nunes para a informação fundamentada da actualidade que se vai vivendo.

O anexo sobre a guerra na Ucrânia, que se sentiu obrigado a juntar a A integração europeia-um projecto imperialista (que estava no prelo), com redacção terminada a 15.05.2022, é o seu mais recente texto[1].

Trata-se de um verdadeiro repositório, ou arquivo devidamente organizado, de posições múltiplas e variadas sobre o que tanto se falou e fala, se fez informação caudalosa e pouco esclarecedora (não era esse o objectivo de tal “informação”…). O trabalho  de Avelãs Nunes é indispensável para o conhecimento do processo, e não se pode (nem deve) tratar em resumos e recensões. É, como trabalho de arquivo, para guardar para consultas oportunas e à mão...de semear informação verdadeira.

Não se quer mais que anotar a publicação. e chamar a atenção para a sua oportunidade e deixar um exemplo, resultante da nossa leitura. Do nosso estudo a partir do texto.

Refere Avelãs Numes, a terminar o seu apêndice (de 48 bem recheadas páginas em tipo de letra não generoso para o leitor), a Acta de Helsínquia, de 1975, documento imprescindível[2] em qualquer abordagem da temática das relações internacionais. Refere-a escrevendo que, nessa acta, se trata de reconhecer que “o direito de um país à segurança não pode pôr em causa o direito de outro à segurança”.

Sublinhe-se que essa acta não se ficou por ser um documento. Lembre-se que dela nasceu uma organização, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)[3].

Como simples nota, nos acordos de Minsk, de 2014 (acertados entre a Rússia, a Ucrânia, a França e a Alemanha), houve a última referência a intervenção activa da OSCE, cuja execução foi, depois, boicotada (como lembra Avelãs Nunes) pelo governo ‘nacionalista’ da Kiev (creio que com o aval, se não mesmo com o estímulo dos Estados Unidos)".

Para quê a OSCE (e Acta de Helsínquia… e, também, a ONU) se há a NATO para regular, perdão, impor as regras e as guerras?


[1] - se é que o é, e não há, já, outros textos de Avelãs Nunes à espera de oportunidade para o labor que nem a idade nem tempo de férias lhe concedem folga.

[2]  -  ou que o deveria ser…

[3] - que é a maior organização regional de segurança do mundo, abrangendo todos os Estados europeus, a Federação Russa, os países da Ásia Central, a Mongólia, os Estados Unidos da América e o Canadá, num total de 57 membros, existindo ainda 13 “parceiros para a cooperação” da Ásia e do Mediterrâneo[3]. Portugal participou no processo de formação da organização desde a sua primeira reunião, tendo sido um dos 35 signatários da Acta Final de Helsínquia (1 de agosto de 1975) que estabelece os princípios que deveriam reger as relações entre os Estados participantes..

 

4 comentários:

Justine disse...

Excelente artigo, esclarecedor e apelando à procura de informação!

Maria João Brito de Sousa disse...

Muito bom artigo: excelente pergunta!

Abç

mensagensnanett disse...

Já são vários séculos a roubar/saquear riquezas de povos autóctones.
A guerra por procuração Russia - Ucrânia é mais do mesmo.
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DEVOLUÇÃO DE RIQUEZAS ROUBADAS:
1- em vez de ameaças de estrangulamento económico (a quem não está interessado em vender as suas riquezas a multinacionais ocidentais);
2- em vez de andarem a usar riqueza roubada para investir em novos saques (ex: mandarem armas e dinheiro para os mercenários de Zelensky)...
devolvam é riquezas roubadas!!!
SIM:
- existem muitos muitos povos autóctones que reivindicam a liberdade de explorar as suas riquezas naturais através de empresas autóctones... e que foram impedidos de ter essa liberdade devido às SABOTAGENS SOCIOLÓGICAS PROMOVIDAS PELO CIDADÃO DE ROMA EUROPEU: sim, durante décadas o cidadão de Roma europeu fabricou, focos de tensão (Iraque, Líbia, etc etc), situações de caos (guerras, revoluções, golpes, manipulação de campanhas eleitorais) em várias regiões do planeta... para que... exactamente, inevitavelmente, fatalmente, exista o mesmo resultado final: no caos... a exploração de riquezas deve ficar na posse de multinacionais Ocidentais.
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Os boys da 'guerra por procuração' (vulgo mercenários de Zelensky) ao serviço do cidadão de Roma europeu:
--> para além de usarem milícias neonazis para silenciar aqueles que defendem negociações de paz...
--> também bombardeiam os seus próprios soldados: eliminação de testemunhas de crimes de guerra cometidos por Kiev.
-> mais, bombardeiam uma central nuclear controlada pelos russos: procurando provocar uma reação translocada dos russos: que seria condenada mundialmente.
-> e mais, usam civis como escudos humanos [até a normalmente anti-russa Amnistia Internacional não teve outra alternativa senão reconhecer isto].
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Toda a gente sabe:
-> OS BOYS E GIRLS DO CIDADANISMO DE ROMA EUROPEU ESTÃO A INVESTIR NO SAQUE DA RUSSIA: um território imenso com apenas 140 milhões de habitantes.
--->>> armas da NATO para a Ucrânia e sansões económicas à Russia: o cidadão de Roma Ocidental espera, assim, colocar a Russia ao nível do tempo de Ieltsin: um caos... e multinacionais ocidentais a fazer compras no caos.
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Um foco de tensão criado pelos gurus da NATO em conluio com os mercenários de Zelensky:
- a ameaça de, via Ucrânia, estrangular a economia russa, leia-se: cortar o acesso da Russia ao oceano Atlântico.
[nota: depressa inventaram um pretexto para bloquear o transporte doméstico de mercadorias Russia <-> Kaliningrado]
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Separatismo Identitário (separatismo-50-50), sim, óbvio:
-->> na origem da nacionalidade esteve o Ideal de Liberdade Identitário:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
--->>> NÃO, não foi o cidadanismo de Roma (imbuído de um ódio tiques-dos-impérios): ódio à existência de povos autóctones dotados da liberdade de ter o seu espaço e prosperar ao seu ritmo (terem as suas empresas autóctones, etc).
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--->>> Os Identitários reivindicam o Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade.
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com

Olinda disse...

No cenário actual que estamos vivendo,o contributo de Avelãs Nunes para o seu esclarecimento é muito importante.Bjo