Não sabem o que hão-de fazer... a não ser explorar e especular

da Rádio Renascença:

«A Zona Euro decidiu fechar os olhos à derrapagem orçamental anunciada pela Grécia para este ano, mas adiou, novamente, a decisão sobre a libertação da nova tranche de ajuda financeira de que Atenas está à espera.

O argumento utilizado para tolerar o desrespeito da meta do défice orçamental para 2011 ano foi o de que o pouco tempo que falta para o fim do ano inviabiliza medidas de uma amplitude suficiente para a correcção da trajectória do défice helénico.

Olli Rehn, o comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e monetários, diz que Atenas terá que redobrar os esforços para 2012, sem no entanto exigir medidas adicionais.

“É muito difícil efectuar uma correcção muito grande do défice orçamental em apenas dois meses e meio que tenha um impacto forte no conjunto do ano, por isso o essencial é que a Grécia cumpra ou ultrapasse a sua meta do défice orçamental para 2012 e, ao mesmo tempo, tem de melhorar o desempenho este ano. A Grécia está a fazer ambas as coisas e eu diria que as medidas gregas vão claramente na direcção certa e no sentido de cumprir as condições exigidas.”

A Zona Euro parece ter aceite a ideia de que, neste momento, a aplicação de medidas de austeridade na Grécia atingiu o seu limite e que a ruptura financeira do país seria prejudicial para todos. Uma nova forma de encarar a crise da dívida que ainda pode vir a ser útil a Portugal.

Esta tolerância não deve ser confundida com simpatia. O Eurogrupo adiou a decisão sobre a libertação da nova tranche de apoio à Grécia, que estava marcada para dia 13. Não há nova data, mas espera-se que a “luz verde” possa ser dada no decorrer do mês de Outubro». (Daniel do Rosário)

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