Na sua declaração sobre a reunião do CC do PCP, ainda a decorrer, Jerónimo de Sousa referiu-se, entre outros assuntos da vida de Portugual e dos portugueses, aos incêndios.
"O Comité Central do PCP analisou a dramática situação vivida por inúmeras regiões e povoações causada pelos incêndios florestais dos últimos meses, repetindo-se neste ano de 2005, o que de há anos a esta parte, e muito particularmente a partir de 2000, vem flagelando o País, com perdas de vidas humanas e bens e com custos ambientais e materiais gigantescos.
Esta brutal realidade que os portugueses estão a viver é o desmentido da afirmação do «estamos preparados para todas as eventualidades» do primeiro-ministro em inícios de Maio, que revelava já claramente a subestimação da dimensão do problema que depois prosseguiu na avaliação dos meios necessários, apesar dos alertas da sua exiguidade, feitos inclusive pelo PCP.
O Comité Central do PCP declara a sua mais veemente oposição a qualquer tentativa de absolvição dos responsáveis políticos e partidários, ou seja a «despolitização» da tragédia que mais uma vez atingiu o País, bem como denuncia a fraude da responsabilização da pequena propriedade florestal, para ilibar as políticas agro-florestais de direita de sucessivos governos.
O Comité Central do PCP reafirma que continuará a intervir e tudo fará, para que se tomem as medidas necessárias para pôr fim ao flagelo, como fez recentemente na Assembleia da República e no Parlamento Europeu e no imediato reclama do Governo o conjunto de medidas para resposta urgente às populações que ficaram sem casa nem bens, na reposição do potencial produtivo de explorações agrícolas, instalações industriais e comerciais, com indemnizações adequadas e a declaração do estado de calamidade pública em todas as freguesias e concelhos onde a dimensão da catástrofe o exigir."
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