Curioso…
Também foi com saudade que a vimos partir,
no seu voo elegante e rápido,
a juntar-se à família que parecia esperá-la,
toda reunida nos fios da luz e do telefone,
no seu voo elegante e rápido,
a juntar-se à família que parecia esperá-la,
toda reunida nos fios da luz e do telefone,
seus locais de repouso e de encontro,
e de onde partem, em grupo organizado,
depois de ensaios que ficamos presos a observar.
e de onde partem, em grupo organizado,
depois de ensaios que ficamos presos a observar.
Para regressarem no próximo verão.
Cá as esperamos, amigas.
Talvez uma se recorde da aventura que viveu este ano.
Talvez uma se recorde da aventura que viveu este ano.
Nós aqui a deixamos registada para não a esquecer.
Fim
Fim
6 comentários:
Interessante a foto, e a possível simbologia.
As outras andorinhas, pousadas nos fios, parecem notas de música, numa pauta virtual, em que cantando anunciam à recém chegada companheira, a promessa de novas Primaveras...
Um abraço.
Skywatcher
... e depois partem, para depois voltarem... é o voo das aves (leu o livro do José Casanova?)
Um abraço
Voltei aqui hoje, para saber como tinha acabado a história da andorinha; e fiquei a saber de outras histórias e, se tivesse tempo, poderia contar a história de dois gatinhos aos quais salvei a vida e que vivem comigo, um deles já há mais de dez anos. Ou do pequeno mocho com uma asa ferida que eu e o meu pai encontrámos, em noite de Natal; mais curiosa ainda, aquela que ontem me foi contada: uma gata que caiu de um 3º andar, na AV. Infante Santo, em Lisboa, já de noite. E que se escondeu num carro, cujo condutor, ao ir no dia seguinte para o trabalho, estranhava um som que parecia um miado...Ao chegar ao destino, abriu o capot e encontrou a gata, ferida da queda (mas a origem dos ferimentos, ele não a sabia). Levou-a ao veterinário, onde foi radiografada e tratada e depois levou-a para casa dele. Entretanto, a "dona" da gata sofria, por não saber o que teria sucedido ao animal. Três dias depois da queda, o condutor do carro comentava no café o que lhe tinha acontecido; a porteira do prédio da "dona" da gata estava, casualmente, a tomar café no mesmo estabelecimento e, ouvindo o que ele estava a contar, fez-lhe algumas perguntas e chegou à conclusão de que a gata era a mesma que a senhora do 3º andar do prédio do qual era porteira tanto procurava, há três dias! Conheci, ontei, a gata e respectiva"dona"; ambas estão felizes e de boa saúde. História com final feliz e que merecia ser contada com mais tempo; desculpar-me-ão a escrita apressada e porventura algum erro, mas não tenho tempo de rever o que escrevi.
Vamos, felizmente, constatando que, em "contraponto" à crescente insensibilidade, da qual vamos sendo, penosamente, testemunhas, existem os que se deixam "tocar" pelos outros que sofrem e não hesitam em agir, no sentido de minorar ou dar término a esse sofrimento.
Deixo-vos, com os olhos toldados por umas lágrimas de furtiva emoção, o meu abraço.
mg
Uma história bem bonita...
Obrigado, mg (romeiro, romeiro,quem és tu?), pela contribuição para fazer este canto mais vivo, com mais vida e emoção.
Essa história - e tantas outras - têm de ser contadas.
Até já!
Que bela história (. Em jeito de agradecimento transcrevo aqui algumas linhas de um livro de Hugo Santos (duas histórias de amor):
"Não esqueci. Chegaste com nuvens de pássaros no olhar - que mais poderia senão deixá-los pousar sobre os meus? E agora, cegado d`asas, que vamos nós fazer meu amor? Que vamos nós fazer com todas as palavras que ainda não dissemos?"
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