domingo, novembro 20, 2005

A minha (não)"utopia" do dia

Hoje sai uma (não)"utopia" para este dia em que ouço a chuva a bater nas claraboias:

Que a saúde não me falte e que a morte nunca deixe de cumprir a sua obrigação!

(estou a ler As Intermitências da Morte, do José Saramago)

6 comentários:

Anónimo disse...

A primeira oração, concordo plenamente.
É uma pretensão justa!
Não te há-de faltar saúde!
Nem para os teus entes queridos!

Quanto à 2ª!!!!!
Não gostei! Claro que não!
Deixa isso para o conto do Saramago.
Lembra-se de cada história!

(Gostei do livro. Levanta vários problemas muito actuais e questionáveis para os dias de hoje! Mas “esta morte” apaixona-se pelo violoncelista!”)

Um bj,

GR

JOAQUIM CASTILHO disse...

Não te preocupes com a morte que as "utopias " do Saramago não são para cumprir.Continua a viver a vida com o mesmo entusiasmo que sempre tiveste, que a morte não deixara de cumprir o seu papel e nunca votará em branco!

um abraço

QUIM

Sérgio Ribeiro disse...

Boa, Quim!
Obrigado por teres participado nesta brincadeira... muito séria!
Um abraço.
Um beijo para ti, GR

Unknown disse...

Espero que a dita senhora só descubra o teu endereço quando eu já for muito velhinho. Além do mais, utopia seria ela jamais se recordar das pessoas que acreditam que um mundo novo é possível. É que temos tanta coisa para fazer...
Mas pensando bem, talvez a utopia se esteja já realizando, sobretudo se pensarmos que a morte só acontece quando triunfa o esquecimento.
Lénine e Álvaro mortos? Marx e Neruda? Guevara e Dimitrov?

Unknown disse...

E já agora, um grande abraço Sérgio. Porque, entre outras coisas, a amizade também faz bem à saúde.

Sérgio Ribeiro disse...

Pois é, Pedro...
os grandes temas e a nossa sobrevivência no que vem dos de antes e procuramos que fique para os de depois. Com a infinitesimal importância de cada um e a sua insubstituibilidade.
Mas atenção!, na (não)"utopia" do dia de hoje não era a mim que me referia, e a morte veio para a liça em resultado da conversa de ontem, no lançamento do livro de poemas editado pela Som da Tinta, de um médico que escreve sobre o sofrimento dos seres humanos que, para ele, não passaram a ser utentes ou - menos ainda! - clientes, conversa que, de passo em passo, de Miguéis em Saramago, andou muito à volta da morte.
E também a amizade, claro!, a amizade como terapêutica para tantos males... mas também, quando acontecem certas coisas, o estado de saúde periclitante por causa de quem e por quem se julgava haver e merecer amizade, cuja nunca pode ser incondicional.
Um grande abraço