quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Com a devida vénia...

Matrimónia. Aqui, neste tugúrio, ninguém conhece a Teresa ou a Helena. Também ninguém está interessado em conhecê-las. É quanto basta saber que elas querem casar e que há um pormenor qualquer que parece estorvar tal intento. Tudo o resto é sem porquê relevante. Porque a Teresa e a Helena, como qualquer outra mulher ou outro homem, deveriam devem poder casar, conquanto que de modo voluntário e consentido. E devem poder casar com o singelo cerimonial folclórico de qualquer matrimónio. Sem que os daqui, terceiros, alheios ao assunto, ciosos do seu recato e avessos a festejos sacramentais camuflados ou não de civilidade, tenham que ser informados que alguém, seja quem for, pretende casar ou não sei quê. Administração ou instituição que não logra tal reserva, taqueapariu! Segismundo.

(de Albergue dos danados)

Segismundo!, juntamos a nossa à tua voz.

5 comentários:

Anónimo disse...

Eu junto a minha à vossa voz.
Abaixo o preconceito.

Anónimo disse...

Conheci um casal de homossexuais (amorosos), tendo vivido juntos mais de uma dezena de anos.
Um deles faleceu num desastre. Como a casa estava no nome do que faleceu, os bens foram para a família e o outro companheiro ficou sem nada!
Se fossem casados nada tinha sucedido! Para além de outras regalias que os heterossexuais usufruem!
Somos um país de falsos
preconceitos!

GR

Anónimo disse...

Apesar de entender que o casamento, de papel passado, tem pouco ou nenhum significado no que ao Amor diz respeito,penso que cada um deve ser livre se o quer fazer.
Mas que este País ainda tem muitos preconceitos, é um facto inquestionável, e as uniões de facto, mesmo entre heterosexuais ainda são criticadas!!!Mas casamentos de "fachada", como tantos há, são plenamente aceites, são os tais preconceitos.

Anónimo disse...

não pretendo ser inconveniente, mas isso de juntar vozes soa ao hino do cds/pp, não soa?, ou é impressão minha?

Sérgio Ribeiro disse...

Sem qualquer menos-prezo (bem pelo contrário!) pelas outras "vozes", respondo
à maria: pois é... de facto é isso: há os "de facto" (hetero ou homo, quero lá saber... é com eles/elas) e os "de fachada";
e ao segis: muito antes, quase meio século antes de haver cds's e pp's, já o Lopes Graça, o nosso vizinho tomarenses que este ano faria 100 anos, criava as "heroicas" apelando a que se juntassem vozes à sua e, creio, do Zé Gomes Ferreira (ou era do Carlos Oliveira?, não importa...)
Abraços