No "outro tempo", no fascismo, assinalávamos o 7 de Novembro de muitas e imaginosas maneiras.
Por exemplo, em jantar festivo num restaurante, comemorando barulhentamente a efeméride, que também era a do casamento de camaradas que, nessa mesma data, fazia anos, tinham "dado o nó", estando ele preso em Peniche.
Havia, claro, pides em mesas perto, vigilantes, atentos e perplexos, sem saber que pôr nos relatórios sobre os discursos mais que ambíguos (codificados !?) e de grande gozo, falando de coisas muito sérias no meio de dichotes sobre um dia de casamento em que o noivo dormiu na mesma cela com o padrinho e a noiva dormiu, em casa, com a madrinha. Mas tomaram nota, claro, do nome dos convivas. Bem vivos!
Era a repressão e era a resistência.
Hoje, é o olvido, ou a deturpação, ou a mentira sobre a grande e vitoriosa revolução de 1917, assentes no falsear dos factos e na sua caricatura. Caricatura que de nós fazem para nos atacarem, não a nós e ao que somos mas à caricatura que de nós fazem.
Mas de uma coisa podem estar certos: não esquecemos e comemoramos, e comemoraremos, o 7 de Novembro como uma das mais importantes datas da História da Humanidade. A História o confirmará.
3 comentários:
Devo dizer-te que fui comemorar o 7 de Novembro vendo o Chico Buarque no Coliseu.
E quantos estavam lá.... a reviver e de certeza a comemorar!
Um abraço
Chico Buarque, melhor não há!
Desanima um pouco, terem feito coisas em momentos difíceis, termos continuado após A Revolução e agora, tão poucos o fazem!
Apatia? Comodismo? Esquecimento, jamais!
GR
Revolução de Outubro! Em Novembro, 7! Sempre!
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