segunda-feira, novembro 27, 2006

Já que está aberto...

... o mesmo caderno, e nesta página que não perdeu a oportunidade que teria há um mês:

No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de dia e sol a nascer,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de vento e areia a correr,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de mar e ondas a bater
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
de de livro e tempo para ler,
o Tarrafal da nossa memória
a não esquecer
No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal da nossa memória,
que foi o passado que fomos
para construir o futuro que seremos
No Tarrafal desta minha manhã,
o Tarrafal, o País, o Mundo,
que temos o dever
de ajudar a fazer.
Cabo Verde, 01.02.1981

1 comentário:

Anónimo disse...

É urgente essa tua memória que é também nossa, para que não volte acontecer!

Lindíssimo poema.

GR