segunda-feira, abril 23, 2007

Dia do Livro ou "Da grande utilidade de um prazer interdito"

Hoje, Dia Mundial do Livro, tirei da estante este livrinho, Aux Livres, Citoyens!, da editora Le Temps des Cerises, publicado em 1993, e que é uma preciosidade. Traduz-se como o autor, Jean-Michel Leterrier, introduz a sua obra, de 60 páginas, que bem ilustram o sub-título, De la Grande Utilité d'un Plaisir Interdit:

"Se o mundo do trabalho é o mais vezes evocado por aqueles que não o frequentam a não ser de muito longe, a leitura usufrui de um privilégio contrário. Os que mais escrevem ou comentam a crise da leitura são naturalmente aqueles que mais escrevem e lêem."

1 comentário:

GR disse...

No nosso país a edição de novos livros é elevada, apesar de sempre se ter ouvido falar da “crise da leitura”. Contudo, verificamos que muitas editoras “são obrigadas” a saldar livros (de autores consagrados) que se encontram em stock, por preços simbólicos (2€).
É sabido também que nosso país se lê pouco. As razões apresentadas para além de tantas outras são:
- preço dos livros
- falta de hábitos de leitura
Quanto ao preço do livro - para mim é uma razão duvidosa, ou seja: há dinheiro para muitos jovens, irem a um concerto de Rock, cinema, jantares, discotecas, compra de roupas de marca, vários telemóveis, tendo todo o direito de poderem gastar o dinheiro como acharem melhor, (estamos a falar de quantias que poderão ir no mínimo, aos 100€), penso que se muitos não adquirem livros, não é por causa do dinheiro!
Falta de hábito – já admito! Onde começa o hábito de leitura, se em casa não há livros?
Nas escolas!
Aqui sim, reside o cerne da questão. Desde tenra idade as crianças não têm contacto com livros. Vão crescendo desconhecendo a magia da leitura de livros, porque jornais desportivos e revistas fúteis, não dispensam.
Considero que se existe, como sempre existiu “a crise da leitura” ao Ministério da Educação, (muito em particular) se deve.

Viva o Dia Mundial do Livro!

GR