quarta-feira, abril 08, 2009

As ideias que ficam ou o que fica das ideias e dos factos

Duas ou três… ideias e factos:

Da “mensagem” da campanha do PS para as “europeias” fica, ou pretende-se que fique:

  • que há um homem a eleger (aquele!?);
  • que "ele" e “eles” - aquele(s) "nós" - são “os europeus” (os “outros” serão o quê?);
  • que, para começar, há um candidato (quem?) a opor a Durão Barroso (misturando-se, e não por ignorância, eleições com o que não são eleições mas arranjos, equilíbrios, compromissos, prebendas por bons serviços "açoreanos").
Da reunião do Grupo Parlamentar do PCP, de outras intervenções, e do seu tratamento mediático, pode ficar:
  • que há duas crises (a nacional, que já havia e é culpa do PS, agora, como o é do PSD e do PS e dos governos desde 1976, e a internacional);
  • que a crise não é só uma, que é de hoje, conjuntural, e não da organização socio-económica, que o visível e irrecusável não é senão as explosões periódicas de maior ou menor gravidade, com consequências sociais consoante as políticas nacionais (a crise é do capitalismo, em Portugal com reflexos de maior gravidade económica e social pelo modo como os governos, desde 1976, se demitiram, contra-revolucionária e obedientemente, da defesa da independência e da soberania nacionais);
  • que, para o PE, há Ilda Figueiredo a eleger (quando a Ilda está eleita, e há que lutar para que mais dois ou três da lista CDU o sejam… para irem para lá – e cá! – trabalhar em representação dos portugueses).
Da situação da União(?) Europeia e no País, a partir de dados do Eurostat, publicos desde ontem, sobre o 4º trimestre de 2008, fica:
  • que a “crise”, antes europeiamente negada, está instalada na UE (-1,5% de “crescimento" do PIB no 4º trimestre, depois de -0,1% no 2ºT e de -0,3% no 3ºT);
  • que é mais quantitativamente significativa nos Estados-membros que estão no euro (UE15) que na UE27 (-0,3% no 2ºT, -0,3% no 2ºT e -1,6% no 4ºT);
  • que neste último trimestre se confirmou, e agravou no 4ºT, a desconvergência – o contrário da convergência prometida enfaticamente – de Portugal em relação ao espaço em que fomos integrados há quase um quarto de século (0,2% no 2ºT, -0,2% no 3ºT e -1,6% no 4ºT).

(obrigado, Cantigueiro)

2 comentários:

samuel disse...

Boa exposição... já que quem estiver limitado ao que dizem os media, é, à partida, enganado e desinformado.

(Sempre ao dispor!) :-)))

Abraço

GR disse...

Muito bem feita esta exposição, um post a dois (parabéns Samuel).

Quanto ao "nó" da 1ª foto, até desatino.

GR