Nos últimos dias têm acontecido coisas que levam a declarações na
comunicação social. A necessidade de responder rapidamente à avalanche de perguntas
(ou de uma só pergunta feita a várias vozes) não desculpa algumas frases, antes
revelam – decerto inadvertidamente, talvez premeditadamente – um claro
posicionamento ideológico.
·
As eleições gregas e Passos Coelho: o programa dos escolhidos pelos
eleitores gregos “contos de crianças”
·
As provas para os professores e a frase do ministro Nuno Crato ("não faz sentido
que um professor dê 20 erros ortográficos numa frase"), que
só “faz sentido” enquanto intenção de vexar publicamente uma profissão que
deveria ser acarinhada e prestigiada!
A este respeito, reproduz-se, do Manifesto do Partido Comunista, de
1848:
A burguesia desempenhou na história um papel altamente
revolucionário.
A burguesia, lá onde chegou à dominação, destruiu
todas as relações feudais, patriarcais, idílicas. Rasgou sem misericórdia todos
os variegados laços feudais que prendiam o homem aos seus superiores naturais e
não deixou outro laço entre homem e homem que não o do interesse nu, o do
insensível "pagamento a pronto". Afogou o frémito sagrado da
exaltação pia, do entusiasmo cavalheiresco, da melancolia pequeno-burguesa, na
água gelada do cálculo egoísta. Resolveu a dignidade pessoal no valor de troca,
e no lugar das inúmeras liberdades bem adquiridas e certificadas pôs a
liberdade única, sem
escrúpulos, de comércio. Numa palavra, no lugar da exploração
encoberta com ilusões políticas e religiosas, pôs a exploração seca, directa,
despudorada, aberta.
A burguesia despiu da sua aparência sagrada todas as
actividades até aqui veneráveis e consideradas com pia reverência. Transformou
o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência em trabalhadores
assalariados pagos por ela.
Acrescentar-se-ia, hoje, passados 167 anos, que o “mercado” (o capitalismo
financeiro trasnacional) está a (re)vestir profissões que exigem a maior respeitabilidade,
ligadas à Educação, à Saúde, à Justiça, com roupagens sujas e lamacentas,
sem qualquer escrúpulo ou reservas de
linguagem.
4 comentários:
Actualissimo...
Abraço
Querem a Grécia
fósforo da palha
A classe dominante,julga-se acima dos demais,nao enxerga a sua prôpria idiotice!
Um beijo
Com tanta verdade evidente como é possível não ver o que evidentemente é mentira!?
Boa malha! Bom abraço!
Enviar um comentário