quinta-feira, janeiro 29, 2015

Frases “assassinas”… que deveriam ser “suicidas”.

Nos últimos dias têm acontecido coisas que levam a declarações na comunicação social. A necessidade de responder rapidamente à avalanche de perguntas (ou de uma só pergunta feita a várias vozes) não desculpa algumas frases, antes revelam – decerto inadvertidamente, talvez premeditadamente – um claro posicionamento ideológico.
·         As eleições gregas e Passos Coelho: o programa dos escolhidos pelos eleitores gregos “contos de crianças”
·         As provas para os professores e a frase do ministro Nuno Crato ("não faz sentido que um professor dê 20 erros ortográficos numa frase"), que só “faz sentido” enquanto intenção de vexar publicamente uma profissão que deveria ser acarinhada e prestigiada!
A este respeito, reproduz-se, do Manifesto do Partido Comunista, de 1848:
A burguesia desempenhou na história um papel altamente revolucionário.
A burguesia, lá onde chegou à dominação, destruiu todas as relações feudais, patriarcais, idílicas. Rasgou sem misericórdia todos os variegados laços feudais que prendiam o homem aos seus superiores naturais e não deixou outro laço entre homem e homem que não o do interesse nu, o do insensível "pagamento a pronto". Afogou o frémito sagrado da exaltação pia, do entusiasmo cavalheiresco, da melancolia pequeno-burguesa, na água gelada do cálculo egoísta. Resolveu a dignidade pessoal no valor de troca, e no lugar das inúmeras liberdades bem adquiridas e certificadas pôs a liberdade única, sem escrúpulos, de comércio. Numa palavra, no lugar da exploração encoberta com ilusões políticas e religiosas, pôs a exploração seca, directa, despudorada, aberta.
A burguesia despiu da sua aparência sagrada todas as actividades até aqui veneráveis e consideradas com pia reverência. Transformou o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência em trabalhadores assalariados pagos por ela.

Acrescentar-se-ia, hoje, passados 167 anos, que o “mercado” (o capitalismo financeiro trasnacional) está a (re)vestir profissões que exigem a maior respeitabilidade, ligadas à Educação, à Saúde, à Justiça, com roupagens sujas e lamacentas, sem  qualquer escrúpulo ou reservas de linguagem.  

4 comentários:

José Rodrigues disse...

Actualissimo...



Abraço

O Puma disse...

Querem a Grécia

fósforo da palha

Olinda disse...

A classe dominante,julga-se acima dos demais,nao enxerga a sua prôpria idiotice!

Um beijo

Pata Negra disse...

Com tanta verdade evidente como é possível não ver o que evidentemente é mentira!?
Boa malha! Bom abraço!