NUM “CARREFOUR”
DA HISTÓRIA
A História vai-se fazendo. Inexoravelmente. E passa por
sucessivos cruzamentos e entroncamentos de caminhos.
Face aos que nos calha
viver, paramos à procura de adivinhar qual deles será o caminho que vai ser seguido.
Por vezes, perplexos. Nunca indiferentes e passivos ou obedientes.
Parece que a França recuperou protagonismo. Ou somos nós – ou os
franceses e nós… – que não sabemos ser senão protagonistas. Desenhando “cartoons”,
sendo assassinados por os termos desenhado, num bárbaro atentado. E fazendo
disso o fulcro da História que está a ser vivida. E escrita. Com uma reacção contra ódio de violência bárbara com alvo, uma reacção de
“olho por olho, dente por dente”, de ódio e violência dirigida a todos os alvos e com necessidade de mostrar que acertou em alguns.
Neste sábado de manhã, a minha ressaca da “bebedeira”
informativa questiona-me se, na manifestação de domingo, de amanhã, de todos os
franceses (e nossa, que nos convocam, imperativamente, a sermos todos Charlie),
a madame Le Pen tem ou não lugar, e se o vai ter como “força democrática”, se o vai ter por se
impor como representante de “la grandeur de La France" (da "grandeza" xenófoba, racista,
fascista… porque outras tem).
Um arrepio me percorre a espinha, que quero vertical. E sofro
uma ausência, a de um Partido Comunista Francês, que tanto foi para a minha
formação, e que desapareceu do mapa, de todos os mapas. E que tanta falta faz! À França, à Europa, ao Mundo. A nós. Ou (sei
lá…) só a mim.
5 comentários:
Não é informação, mas espetáculo de grande risco.
Belos são os mares desgrenhados
Das primeiras reacções lidas, é a de Pierre Laurent, secretário nacional do Partido Comunista Francês, que apelou a, citando o DN de 8-1: «uma reacção determinada de todas as forças nacionais» em defesa da «liberdade da República». Recordou, profundamente emocionado, que conhecia pessoalmente algumas das vítimas. É também ele jornalista.g
Eu não estou a gostar do que se está a passar em França, antes, durante e depois do atentado terrorista. Tenho de pensar um pouco mais, quando houver calma...e as tuas reflexões ajudam!
Ajudam sim
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