sábado, janeiro 10, 2015

Reflexões lentas - NUM "CARREFOUR" DA HISTÓRIA

NUM “CARREFOUR” DA HISTÓRIA

A História vai-se fazendo. Inexoravelmente. E passa por sucessivos cruzamentos e entroncamentos de caminhos. 
Face aos que nos calha viver, paramos à procura de adivinhar qual deles será o caminho que vai ser seguido. Por vezes, perplexos. Nunca indiferentes e passivos ou obedientes.

Parece que a França recuperou protagonismo. Ou somos nós – ou os franceses e nós… – que não sabemos ser senão protagonistas. Desenhando “cartoons”, sendo assassinados por os termos desenhado, num bárbaro atentado. E fazendo disso o fulcro da História que está a ser vivida. E escrita. Com uma reacção contra ódio de violência bárbara com alvo, uma reacção de “olho por olho, dente por dente”, de ódio e violência dirigida a todos os alvos e com necessidade de mostrar que acertou em alguns.

Neste sábado de manhã, a minha ressaca da “bebedeira” informativa questiona-me se, na manifestação de domingo, de amanhã, de todos os franceses (e nossa, que nos convocam, imperativamente, a sermos todos Charlie), a madame Le Pen tem ou não lugar, e se o vai ter como “força democrática”, se o vai ter por se impor como representante de “la grandeur de La France" (da "grandeza" xenófoba, racista, fascista… porque outras tem).

Um arrepio me percorre a espinha, que quero vertical. E sofro uma ausência, a de um Partido Comunista Francês, que tanto foi para a minha formação, e que desapareceu do mapa, de todos os mapas. E que tanta falta faz!  À França, à Europa, ao Mundo. A nós. Ou (sei lá…) só a mim.

5 comentários:

cid simoes disse...

Não é informação, mas espetáculo de grande risco.

Mar Arável disse...

Belos são os mares desgrenhados

Anónimo disse...

Das primeiras reacções lidas, é a de Pierre Laurent, secretário nacional do Partido Comunista Francês, que apelou a, citando o DN de 8-1: «uma reacção determinada de todas as forças nacionais» em defesa da «liberdade da República». Recordou, profundamente emocionado, que conhecia pessoalmente algumas das vítimas. É também ele jornalista.g

Justine disse...

Eu não estou a gostar do que se está a passar em França, antes, durante e depois do atentado terrorista. Tenho de pensar um pouco mais, quando houver calma...e as tuas reflexões ajudam!

eu disse...

Ajudam sim