Ao transcrever o capítulo do livro de Ribeiro Cardoso no "post" anterior, tropeçámos neste pedaço das páginas 425-6, que relemos e também nos parece muito oportuno:
Marcelo,
madeirense também (1997)
Pelo
segundo ano consecutivo, Jardim teve a companhia do líder nacional do partido,
Marcelo Rebelo de Sousa, que levou consigo Manuela Ferreira Leite, Nuno Morais
Sarmento, José Luís Arnaut e Carlos Horta e Costa. Todos se misturaram
alegremente com os dirigentes regionais do PSD, como Jaime Ramos e Carlos
Machadinho. Escreveu Mário Ramires:
«Na
hora das intervenções políticas, “e o Marco Paulo é logo a seguir aos discursos”
– como não se cansava de repetir o animador de serviço –, “autonomia total foi
a palavra de ordem do 1º orador, João Ramos (claro!). O homem prometia voltar a
reclamar “um país, dois sistemas” para Portugal e a Madeira, qual China com
Hong-Kong e Macau,
[…]
Jardim subiu ao palco. […] Botou discurso: contra o “poder socialista de Lisboa”,
contra o “regime corporativista tal como era no tempo de Salazar”, contra
aqueles que “têm rótulos de socialistas e estão feitos com os grandes
capitalistas”.
[…]
Precisamos agora de Marcelo Rebelo de Sousa para acabar com essa pouca vergonha.
[…] Marcelo retribuiu-lhe o mimo: “Alberto João Jardim conta com o meu apoio político
e pessoal agora e sempre.”
Marcelo
falou de autonomia e da “vitória” na revisão constitucional, com o fim de “todos
os poderes políticos importantes” dos ministros da República, e quebrou os
últimos “muros” quando qual Kennedy berlinense, disse: “Na vossa companhia,
sinto-me um madeirense também.” Seguiu-se Marco Paulo.» («Jardim
nas nuvens», Mário Ramires, Expresso, 02-08-97)
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