sábado, janeiro 02, 2016

«Precisamos agora de Marcelo Rebelo de Sousa...» AJJ, em 1997

Ao transcrever o capítulo do livro de Ribeiro Cardoso no "post" anterior, tropeçámos neste pedaço das páginas 425-6, que relemos e também nos parece muito oportuno:






Marcelo, madeirense também (1997)

Pelo segundo ano consecutivo, Jardim teve a companhia do líder nacional do partido, Marcelo Rebelo de Sousa, que levou consigo Manuela Ferreira Leite, Nuno Morais Sarmento, José Luís Arnaut e Carlos Horta e Costa. Todos se misturaram alegremente com os dirigentes regionais do PSD, como Jaime Ramos e Carlos Machadinho. Escreveu Mário Ramires:
«Na hora das intervenções políticas, “e o Marco Paulo é logo a seguir aos discursos” – como não se cansava de repetir o animador de serviço –, “autonomia total foi a palavra de ordem do 1º orador, João Ramos (claro!). O homem prometia voltar a reclamar “um país, dois sistemas” para Portugal e a Madeira, qual China com Hong-Kong e Macau,
[…] Jardim subiu ao palco. […] Botou discurso: contra o “poder socialista de Lisboa”, contra o “regime corporativista tal como era no tempo de Salazar”, contra aqueles que “têm rótulos de socialistas e estão feitos com os grandes capitalistas”.
[…] Precisamos agora de Marcelo Rebelo de Sousa para acabar com essa pouca vergonha. […] Marcelo retribuiu-lhe o mimo: “Alberto João Jardim conta com o meu apoio político e pessoal agora e sempre.”

Marcelo falou de autonomia e da “vitória” na revisão constitucional, com o fim de “todos os poderes políticos importantes” dos ministros da República, e quebrou os últimos “muros” quando qual Kennedy berlinense, disse: “Na vossa companhia, sinto-me um madeirense também.” Seguiu-se Marco Paulo.» («Jardim nas nuvens», Mário Ramires, Expresso, 02-08-97)

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