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Edição Nº2196 - 30-12-2015
Confiança em Leiria e em Beja
Candidatura aberta a todos
os democratas
os democratas
Na segunda-feira, 28, Edgar Silva regressou ao
distrito de Leiria, tendo visitado os concelhos de Caldas da Rainha, Bombarral e
Alcobaça. No dia anterior, participou num almoço em Aljustrel e num encontro em
Castro Verde, no distrito de Beja.
Edgar Silva, candidato às Presidência da República
deslocou-se, na segunda-feira à tarde, à Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Caldas da Rainha, à porta de cujas instalações
era aguardado por um grupo de apoiantes da candidatura e alguns dirigentes da
associação.
No auditório, o candidato reuniu-se com o presidente e
vice-presidente da associação, e com o comandante da corporação, tendo exaltado
o papel dos Bombeiros Voluntários pelo «serviço determinante que prestam às
populações» e pelo seu «inestimável impacto social». Em simultâneo, denunciou o
facto de a protecção das vidas, a prestação de socorro e cuidados de saúde
passarem para segundo plano, quando cerca de 4 mil milhões de euros são postos
ao serviço dos interesses do grande capital.
Para uma candidatura que
privilegia o contacto com as populações, o encontro serviu para aprofundar o
conhecimento da realidade nacional, tendo sido abordadas questões relacionadas
com os apoios, equipamentos, valências e investimentos da instituição. O
encontro culminou com uma visita às instalações e com o candidato a reafirmar o
compromisso de, «em todos os espaços, intervir no sentido de salvaguardar o
interesse público, consagrado na Constituição da República Portuguesa» (CRP),
acrescentando que «já chega de agir contra o povo, à revelia da
CRP».
Valores de
Abril
No Bombarral, Edgar Silva foi recebido
com entusiasmo por cerca de uma centena de apoiantes, reunidos no Sport Clube
Bombarralense. Ao Cozido à Portuguesa seguiu-se o momento de intervenção
política, com o candidato a afirmar que esta é «uma candidatura assente nos
valores de Abril, assente na CRP – ela é a nossa base programática». Esta é «uma
candidatura ao lado do povo e dos trabalhadores do nosso País», disse, antes de
rematar: «Esta é a candidatura apoiada pelo Partido Comunista Português, mas
aberta a todos os democratas, homens e mulheres com sede de
justiça».
A Constituição e o papel do
PR
Edgar Silva foi recebido no auditório do Cine-Teatro de
Alcobaça ao som da dupla Carlos Vicente e Tozé Oliveira. Ali,
teve lugar um debate sobre a CRP e o papel do Presidente da República (PR), que
se prolongou pela noite dentro e no decorrer do qual o candidato destacou que «o
PR deve assumir-se como o mais fiel opositor a qualquer medida que ponha em
causa os interesses do povo e os valores da CRP».
Para além de responder ao
conjunto de questões levantadas pela plateia, Edgar Silva partilhou com os
presentes algumas das experiências dos últimos dois meses no terreno, aquilo que
definiu como «uma reflexão conjunta». Neste contexto, afirmou: «temos percorrido
o País de lés a lés e não nos cruzámos com vivalma», numa referência clara às
restantes candidaturas à Presidência da República. E prosseguiu tecendo críticas
ao candidato da direita: «Marcelo Rebelo de Sousa parece querer desvincular-se
do facto de ser o candidato da direita, como se não tivesse sido presidente do
PSD, deputado e autarca daquele partido. Tenta fazer crer aos portugueses que é
o mais crítico dos críticos a Cavaco Silva, quando, na verdade, sempre foi o seu
fiel escudeiro», disse.
Houve ainda espaço para uma breve caracterização das
restantes candidaturas e para levar o público atento ao mais caloroso aplauso,
quando afirmou: «a minha candidatura é despudoradamente patriótica e de
esquerda».
Banif: um crime
contra Portugal
A questão do Banif centrou as acções de campanha de
Edgar Silva, este domingo, 27, no distrito de Beja. «Estamos perante um crime
económico que está a lesar o Estado português, e que está a lesar as mulheres e
os homens de Portugal que vivem da força do seu trabalho. Trata-se de um crime
económico que tem responsáveis», afirmou o candidato apoiado pelo PCP, que
acrescentou que «só através de um controlo público da banca e das regras de
funcionamento se consegue garantir que, em primeiro lugar, os interesses
económicos sirvam o interesse nacional».
Em Aljustrel, perante cerca de 200
pessoas, num almoço que teve lugar no salão dos Bombeiros, o candidato comentou
as decisões do actual Governo sobre a questão do Banif, referindo que a sua
candidatura à Presidência da República, «vinculada aos valores de Abril,
vinculada à CRP, foi a única a demarcar-se destas políticas». «Nós, na defesa do
povo e dos trabalhadores de Portugal, dissemos claramente: estamos perante um
crime económico. Um crime contra Portugal. Um crime que atenta contra os
interesses soberanos da independência e contra os direitos do povo e dos
trabalhadores, um crime que atenta contra o superior interesse nacional, contra
o interesse público e contra o bem público».
Em Castro Verde, no Café Sétima Arte,
onde decorreu um encontro mais informal com apoiantes da candidatura, Edgar
Silva referiu que «em relação a este desregrado funcionamento da banca, a CRP é
clara: é o poder político que controla o poder económico e não o contrário.
Portugal não tem de estar ao sabor dos agiotas, Portugal não tem de estar nas
mãos dos especuladores ao serviço dos interesses dos grandes banqueiros,
enquanto lhes serve a ganância. Portugal tem de ser um País independente e
soberano, e não subjugado aos grandes especuladores».
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