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O
outro mail, do ..., chamando-me a atenção para um “post” Porque mentes
tu, Edgar?, num blog r/c esquerdo, que é… nauseabundo.
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Porque
pega num episódio uma sem importância de maior, e faz dele um caso… “pulítico”.
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Reconstitua-se: num debate mais ou menos equilibrado
– embora com alguma latente tensão –, Marisa Matias começou por ilustrar
diferenças em relação à candidatura do Edgar, habilidosamente (ardilosamente…)
colando-o à aprovação do orçamento rectificativo, o que levou Edgar a, com
urbanidade mas com contida irritação, a esclarecer a sua posição.
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À
luz da Constituição, Edgar explicou que, com a maioria concreta (PS/PSD,
evidentemente casuística) da AdaR que aprovara o documento, o que PdaR teria a fazer
seria devolver o documento – o que corresponderia a uma rejeição política – e,
no caso da mesma maioria se manter apesar dessa sua rejeição, ao PdaR só lhe
restaria 1) rejeitá-lo, o que implicaria 1.i) a dissolução da
Assembleia da República ou 1.ii) a sua própria demissão, ou 2) aprová-lo
institucionalmente, apesar da sua posição política negativa e declaração, e apenas por se
tratar de uma emergência.
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Tudo
estudado, no caso presente do orçamento rectificativo optaria pela aceitação "à segunda", o que seria discutível… mas
justificado.
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Passado
o primeiro incidente, este, em que se confrontou uma posição demagógica e sem
base na Constituição e aplicação concreta enquanto putativa/o PdaR e uma posição de
um outro candidato a cumprir e a fazer cumprir a CdaRP, o debate continuou sem que a
tensão tivesse naturalmente diminuído, mas mantendo-se cordato.
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Até
que o moderador pôs a questão (daquele dia…) dos ensaios nucleares na Coreia do
Norte… ao Edgar, claro, a que ele respondeu, claramente, dizendo que, sempre no
respeito da Constituição, o PdaR deveria defender a paz e o desarmamento e condenar o seu contrário – como ensaios nucleares – viesse de onde viesse e, embora
esta seja a minha “crónica”, referiu os E.U.A., o Irão, a Coreia do Norte.
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Resposta dada? Qual o quê, como canta (tão bem, e
sempre oportuno) o Xico!
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O
que, inopinadamente (?!), para o que o moderador queria uma resposta, era se o Edgar achava se a
Coreia do Norte era uma democracia ou uma ditadura, e perguntou-o sic.
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Ao
que o Edgar respondeu que o PdaR – lugar a que se candidata – tem, enquanto tal,
de se relacionar com todos os Estados, independentemente da sua opinião pessoal
sobre a forma de organização de cada um deles, mas não deixou de dizer, de
passagem, que não achava que a Coreia do Norte privilegiasse a democracia.
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Marisa
Matias aproveitou a oportunidade para afirmar a sua opinião sobre a Coreia do
Norte, definitiva e decerto bem informada, à margem da questão inicial do
moderador (?), embora incluísse Israel entre os fautores de ensaios e amamento
nucleares, referência que Edgar não fizera e… veio por bem.
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Interveio
Edgar, sobre o tema, marcando a diferença sobre um voto de Marisa no Parlamento
Europeu, em que teria sido incoerente ao votar a favor uma resolução que abriria espaço, segundo legítimas interpretações, à ingerência e invasão da Líbia em
2011, a coberto da defesa dos direitos humanos.
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Que
foi ele fazer? Com alguma crispação, Marisa Matias disse que era mentira e mandou que se lessem as
actas, o que veio a desencadear um recrudescimento de campanha contra Edgar, que atingiu
raias do insulto (Porque mentes tu, Edgar?, por exemplo).
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Gostaria de ser capaz de acalmar as hostes: vistos
os actos e as actas,
- havia, numa proposta de resolução, um ponto 10 que, pela sua gravidade – por abrir as vias para a agressão militar –, alguns deputados, entre eles Marisa, pediram votação separada e votaram contra;
- não tendo sido rejeitado tal ponto, e ficando incluído no conjunto da resolução. Marisa votou-o positivamente,
- isto é, votou sim (+) o que, antes e em separado, votara não (–);
- terá tido as suas razões, como houve quem tivesse, por razões suas, considerado dever votar não (–) o conjunto em que se incluía o que antes votara não (–).
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Se
alguém mentiu, quem mentiu?
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