quinta-feira, janeiro 11, 2018

A propósito, ainda, de um pretexto e do virus

do quase-diário, na véspera de saída do avante!... e talvez oportuno:


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10.01.2018
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Trazia para a manhã, que alta vai, outro ponto para a agenda elaborada antes dos sucessivos adormeceres: o financiamento dos partidos e o (e no) famigerado programa prós e contras.

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Pouco haverá a acrescentar ao que já para aqui trouxe (com relevo para a contribuição do Correia da Fonseca-O pretexto e o vírus)… mas algo terá de ser ainda dito, e por nós, já que tanto se está a dizer.

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É que há mais que uma concepção de partido político, e a nossa, não o devemos esquecer, é a leninista (do que não temos de pedir desculpas ou licenças a ninguém...), tendo de se ter bem presente que, assim sendo (ou devendo assim ser para ser o que é indispensável que seja o nosso tipo de partido), é o partido da classe operária e de todos os trabalhadores, organização política de/para as massas.
Ora, como está em O PARTIDO com paredes de vidro,


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O que se diz não por Cunhal dixit mas porque, assim, Álvaro Cunhal nos ajuda a aprender/ensinar.

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E se o papel do partido é uma realidade distinta de classe e de massas tem de formar, com a classe e as massas um todo homogéneo e inseparável e nunca poderá apagar-se num outro todo de que também faz parte mas nunca homogéneo e inseparável.

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Bem pelo contrário, e em luta de contrários.

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Não se pode deixar que se confunda, e muito menos que nos deixemos confundir com partidos que são organizações de um “mercado político”, tal como definido em Jacques Généreux (Introdução à Política Económica), manualzinho por onde se ensinava economia política no meu ex-ISE quando regressei do Parlamento Europeu em 2000, como pensamento (ou concepção) único, e de onde fugi a sete pés…

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Os partidos seriam efémeras organizações que agrupariam a oferta nesse


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Por isso, poderá chamar-se também partido a organizações outras, correspondendo a outras concepções que não a nossa.

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E poderá haver áreas e interesses do Partido susceptíveis de coincidirem, episódica e transitoriamente com áreas e interesses de partidos em diferentes versões dessoutra concepção que tudo reduz a mercado.

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O não poderá (deverá) acontecer é que, dada a designação comum, se confundam organizações com naturezas e objectivos diferentes, sob pena de deixar de ser nosso o que nosso é indispensável que continue a ser.

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 Final da última declaração de um membro (José Capucho) do Secretariado do Comité Central:

6. O PCP é um Partido com identidade própria, não é nem será um departamento do Estado ou uma sucursal política dos grupos económicos e financeiros.


1 comentário:

Olinda disse...

Querem mercantilizar o PCP.Como não conseguem semeiam o confusionismo.Bjo