sexta-feira, fevereiro 01, 2019

FICÇÃO?!


O Big Chief do Império começou a reunião com os seus (CEOs) capangas da comunicação sucial por fazer o ponto da situação.
Sem grandes elogios ou encómios, congratulou-se com o cumprimento das suas ordens relativamente à situação na Venezuela e ao Brexit, insistiu na insistência e reforçou a necessidade de atenuar os desastres sírios e afegãos, e algumas inanidades a que não se pode fugir, derivadas das características de serventuários como Trump e Bolsonaro, deixando escapar o comentário “é o que temos para aqueles sítios…”.
Depois, o Führer deteve-se em outros casos que disse aparentemente menores mas que considerou serem engulhos, ou borbulhas a terem de serem espremidas. Referiu-se, em particular, a Portugal, mostrando-se preocupado com a persistência de uma resistência (sindical e partidária) que tem a mais perigosa das orientações, que é a base teórica marxista-leninista e sua expressão consciente de que a História é a luta de classes… durante os séculos e milénios em que estas subsistam.
O Boss decidiu, por isso, ordenar a ida à vida dos outros CEOs e promover uma imediata reunião de trabalho com os portuguesinhos presentes, habituais frequentadores bilderbergianos e discípulos sorosentos. O que, como não podia deixar de ser, se fez.
Para começar, o Patrão-mor mostrou o seu desagrado pelo modo como foi recuperada a palavra de ordem gerigonça, que perdeu carga pejorativa não obstante a recuperação que se verifica na obediência social-democrata nesse incómodo quadro (a propósito, elogiou as excelentes prestações do MNE português, a que chamou SS).
 Sua Excelência referiu como positivo o modo como a comunicação sucial tem tratado “aqueles gajos, brrr” (sua expressão), silenciando-os no que os pudesse valorizar pela sua acção a favor das massas (ele disse eleitores) e prestigiar junto dos cidadãos enquanto utentes dos serviços públicos (ele disse clientes). No entanto, considerou essa a faceta do apagamento, como a de negação da actividade, e sublinhou a necessidade de reforçar a faceta positiva, como a de ataque pela insinuação e calúnia sem olhar a meios, criando uma imagem que destrua e substitua a imagem do que são e como são “aqueles gajos, brrr”.
Aconselhou – isto é, deu ordens – no sentido de se continuar no caminho visionado das insinuações especulando sobre factos – casos como Fogaça e Festa do avante! – e no das calúnias mostrando serem iguais aos piores dos “nossos” (disse ele), usando como esTáVIsto e exemplificado, por exemplo, no recurso a La Fontaine “...e se não foste tu, foi o teu genro, ou foi o teu pai!”.   

Encerrou a sessão, e mandou-os trabalhar!

3 comentários:

Justine disse...

Gosto muito desta ficção!

O Puma disse...

Não é
ficção
Ainda doi

Olinda disse...

Coisas da arca do "velho",Muito bom!!!Bjo