O Big Chief do Império começou a reunião com os seus
(CEOs) capangas da comunicação sucial por fazer o ponto da situação.
Sem grandes elogios ou encómios, congratulou-se com
o cumprimento das suas ordens relativamente à situação na Venezuela e ao Brexit,
insistiu na insistência e reforçou a necessidade de atenuar os desastres sírios
e afegãos, e algumas inanidades a que não se pode fugir, derivadas das
características de serventuários como Trump e Bolsonaro, deixando escapar o
comentário “é o que temos para aqueles
sítios…”.
Depois, o Führer deteve-se em outros casos que disse
aparentemente menores mas que considerou serem engulhos, ou borbulhas a terem
de serem espremidas. Referiu-se, em particular, a Portugal, mostrando-se
preocupado com a persistência de uma resistência (sindical e partidária) que
tem a mais perigosa das orientações, que é a base teórica marxista-leninista e sua
expressão consciente de que a História é a luta de classes… durante os séculos
e milénios em que estas subsistam.
O Boss decidiu, por isso, ordenar a ida à vida dos
outros CEOs e promover uma imediata reunião de trabalho com os portuguesinhos
presentes, habituais frequentadores bilderbergianos e discípulos sorosentos. O
que, como não podia deixar de ser, se fez.
Para começar, o Patrão-mor mostrou o seu desagrado
pelo modo como foi recuperada a palavra de ordem gerigonça, que perdeu carga
pejorativa não obstante a recuperação que se verifica na obediência
social-democrata nesse incómodo quadro (a propósito, elogiou as excelentes
prestações do MNE português, a que chamou SS).
Sua
Excelência referiu como positivo o modo como a comunicação sucial tem tratado “aqueles gajos, brrr” (sua expressão),
silenciando-os no que os pudesse valorizar pela sua acção a favor das massas
(ele disse eleitores) e prestigiar junto dos cidadãos enquanto utentes dos
serviços públicos (ele disse clientes). No entanto, considerou essa a faceta do
apagamento, como a de negação da actividade, e sublinhou a necessidade de
reforçar a faceta positiva, como a de ataque pela insinuação e calúnia sem
olhar a meios, criando uma imagem que destrua e substitua a imagem do que são e
como são “aqueles gajos, brrr”.
Aconselhou – isto é, deu ordens – no sentido de se
continuar no caminho visionado das
insinuações especulando sobre factos – casos como Fogaça e Festa do avante! – e
no das calúnias mostrando serem iguais aos piores dos “nossos” (disse ele),
usando como esTáVIsto e exemplificado, por exemplo, no recurso a La Fontaine “...e se não foste tu, foi o teu genro, ou foi o
teu pai!”.
Encerrou a sessão, e mandou-os trabalhar!
3 comentários:
Gosto muito desta ficção!
Não é
ficção
Ainda doi
Coisas da arca do "velho",Muito bom!!!Bjo
Enviar um comentário